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Tragédia da Air France foi causada por combinação de problemas

O correspondente Andrei Netto explica o resultado do relatório final sobre o acidente com o voo Rio-Paris da Air France, que matou 228 pessoas. Pilotos foram induzidos ao erro, mas faltou treinamento

 

 

 

Fonte: O ESTADO DE S PAULO

Relatório Final: Voo AF 447 caiu após falhas técnicas e humanas.

Como divulgou o G1, automatismo e treinamento interferiram na queda. Piloto tomou atitude errada em tragédia que deixou 228 mortos em 2009.



  Jean-Paul Troadec, chefe do BEA (com o microfone), e Alain Bouillard, investigador do voo 447
(Foto: Benoit Tessier/Reuters)

 Uma combinação de erros humanos e falhas técnicas provocou o acidente do voo AF 447 da Air France, que deixou 228 mortos em junho de 2009 ao cair no Oceano Atlântico, segundo apontou o relatório final divulgado na manhã desta quinta-feira (5), em Paris, pelo BEA (Escritório de Investigação e Análises), órgão francês encarregado das investigações. O G1 divulgou algumas das conclusões da investigação no início de junho.

Os pilotos não entenderam que o avião havia entrado em situação de estol (perda de sustentação) e começado a cair por esse motivo, de acordo com o diretor do órgão, Jean Troadec. Ele afirmou ainda que, nos momentos finais, era praticamente impossível reverter a queda. "Não esperem que a gente aponte responsabilidades", disse.

O BEA divulgou uma sequência de fatores que contribuíram para a queda: primeiro, a incoerência nas informações de velocidade, devido ao congelamento dos sensores pitot, provocou a queda do piloto automático.

Em seguida, a tripulação não entendeu o que ocorria com o Airbus e tomou uma atitude errada, levando à queda da aeronave no Oceano Atlântico. Eles não haviam sido treinados para atuar nessa situação de perda de informações de velocidade e de pilotagem manual em alta altitude.

"Ações de comando desestabilizaram o avião, que entrou em uma queda anunciada", disse o o investigador do caso, Alain Boillard. "Essas ações bruscas e excessivas não são adequadas para um voo de alta altitude, sobretudo a ação de inclinação do bico da aeronave", acrescentou.

                                                       Recomendações

O BEA fez 25 recomendações para tentar evitar acidentes semelhantes, entre eles a melhoria no treinamento dos pilotos em momentos de crise e no simulador da Airbus, "para ficar mais realista".

Outra sugestão é para a Airbus "rever a lógica do sistema de controle da aeronave". Segundo o relatório, os pilotos não entenderam que o avião estava caindo porque estavam em uma forma de controle sem proteção contra perda de sustentação.

O BEA também recomendou mudanças no controle do tráfego aéreo brasileiro e na coordenação de resgate em caso de acidentes no Oceano Atlântico.

Os investigadores apontaram que o comandante do AF 447 deixou a cabine sem fazer uma divisão de tarefas entre os copilotos. "Não houve a definição de nenhuma estratégia sobre como atravessar a tempestade. Quando o comandante sai, os pilotos falam sobre o radar e decidem fazer uma leve inclinação na trajetória à esquerda (entrando mais para o núcleo da tempestade)", declarou.

                                                       Hipótese para o erro

O investigador divulgou pela primeira vez uma hipótese que poderia indicar o motivo do copiloto mais novo ter adotado uma atitude errada, elevando o bico do avião. "Ele poderia estar entendendo que estava em uma situação de alta velocidade, possivelmente por conta da questão aerodinâmica", disse Boillard. Ao elevar o bico do avião e ganhar altitude, o avião poderia diminuir a velocidade.

Dados da caixa-preta apontaram que o avião perdeu sustentação (estol) porque começou a subir e a velocidade diminuiu demais. A ação correta, em caso de perda de sustentação, seria descer para ganhar velocidade.

Segundo o relatório final, os pilotos podem ter ignorado o alarme de estol e não entendido que o avião caía por acreditarem que seriam sinais espúrios e que o Airbus estava em um modo de voo com proteção contra a perda de sustentação.

Para o BEA, eles podem ter se confundido ao entender que a excitação e o tremor que sentiam na cabine durante a perda de altitude (fenômeno chamado de buffet) ocorria porque o avião estava velocidade muito alta. A determinação do copiloto em colocar o bico do avião para cima teria ocorrido como objetivo diminuir a velocidade. O fenômeno é um dos primeiros que ocorre quando a aeronave atinge excesso de velocidade.


 Alain Bouillard, investigador do BEA apresenta relatório final sobre acidente do voo 447 (Foto: Benoit Tessier/Reuters)

O relatório foi divulgado primeiramente para os parentes de vítimas. Para o presidente da Associação de Parentes de Vítimas brasileiras do AF 447, Nelson Marinho, o relatório confirmou que os pilotos "não estavam aptos para entender e responder ao problema”. "Vemos o BEA fugindo da verdadeira causa do acidente. O automatismo foi a principal causa”. Ele lembra que, “naquela noite, o único voo que foi em frente na direção das nuvens foi o AF 447. Eles não souberam explicar o motivo”, diz.




Fontes: G1 - BEA - AFP

DCTA constata que não houve pane no motor do Air Tractor que caiu em Resende (RJ)

Investigações não apontariam falha de motor


Uma Comissão do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos da Aeronáutica (Cenipa), composta por quatro investigadores e dois oficiais do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio, reuniu-se durante todo o dia de hoje (27) na sede da instituição, no Aeroporto Santos Dumond, no Rio de Janeiro, para aprofundar as análises que estão sendo feitas sobre o acidente, ocorrido há um mês, com o monomotor agrícola Air Tractor adaptado para combate a incêndios florestais do Corpo de Bombeiros do Estado do rio de Janeiro, na Rua José Estevam da Motta, no bairro Santa Isabel, em Resende.

O acidente vitimou o piloto, major-bombeiro Jasper Sanderson, 34 anos, e o aspirante a oficial do Corpo de Bombeiros, Guilherme Augusto Neto, 28 anos.

De acordo com o presidente da Comissão de Investigação, Coronel Investigador da Cenipa, Antônio Augusto Walter de Almeida, a perícia realizada pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) de São José dos Campos, com peças da aeronave coletadas no dia seguinte ao acidente, constatou que não houve pane no motor, mas o investigador adianta que a constatação ainda não é conclusiva, e que duas peças serão enviadas para o Canadá para exames mais detalhados.


- Nos reunimos hoje para emitir o Relatório de Ação Inicial. Nesta etapa dos trabalhos nos baseamos em fatos e na coleta de informações para orientar as pesquisas e testes adicionais que serão utilizados, posteriormente, na fase de análises. - explicou Antônio acrescentando que o relatório final tem o prazo de até 12 meses para ser concluído.

Acidente completa um mês e rua ainda guarda vestígios da tragédia.

Passado um mês do acidente e os moradores do Condomínio Residencial Ricardo Tomás ainda convivem com a falta de luz na Rua José Estevam da Motta. No local onde o avião bateu foi colocado um novo poste, mas a lâmpada até o momento não foi instalada. A fachada do Bloco B, o mais atingido pelas chamas, foi lavada, mas ainda possui muitas marcas que relembram o acidente; esquadrias danificadas e fuligem são visíveis. No meio da rua um buraco feito com o impacto da aeronave no solo, e o cheiro de fumaça que ainda se mantém no ar, denunciam a tragédia.


Fonte: Diário do Vale e Notícias Sobre Aviação - Foto: Lúcia Pires

Juíza nega absolvição sumária de pilotos do Legacy e vê indícios de crime

No dia 11 de maio, a juíza intimou a defesa dos controladores de voo, também réus no processo, a comprovar e explicar a necessidade de produção de prova técnica.

Destroços do avião da Gol, que caiu em 2006 após bater no jato Legacy; 154 morreram

A juíza federal Vanessa Curti Perenha Gasques, que assumiu os processos criminais envolvendo os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paladino, do jato Legacy que se chocou com o Boeing que fazia o voo 1907 da Gol, em 2006, decidiu nesta terça-feira não proceder com a absolvição sumária dos pilotos.

Na decisão, a juíza afirma que "os elementos de convicção até aqui colecionados não permitem dizer que os fatos imputados [aos pilotos] não constituem crime. Pelo contrário, há indícios de autoria e materialidade".

A magistrada, substituta da 3ª Vara Federal de Mato Grosso, assumiu os processos que tramitam na Subseção da Justiça Federal de Sinop há duas semanas, com o licenciamento do juiz Murilo Mendes.

Este processo foi iniciado em 2009, após a conclusão de laudo do perito Roberto Peterka, que aponta conduta imprópria e negligência por parte dos pilotos.

A juíza determinou também a expedição de mandado de busca e apreensão dos equipamentos do Legacy, que estavam com o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) de Brasília e foram entregues ao representante da empresa dos pilotos.

Processo

O outro processo contra os pilotos tramita em Sinop desde maio de 2007. Em dezembro de 2008, o juiz Murilo Mendes absolveu os dois de algumas das condutas imputadas contra eles: negligência na adoção de procedimentos de emergência e eventual falha de comunicação com o Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e de Controle de Tráfego Aéreo).

O Ministério Público Federal recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região e a decisão foi anulada. Em janeiro, o processo voltou a ter seguimento.

No dia 11 de maio, a juíza intimou a defesa dos controladores de voo, também réus no processo, a comprovar e explicar a necessidade de produção de prova técnica. A defesa dos pilotos também foi intimada para explicar a importância de serem ouvidas as testemunhas arroladas que estão fora do país.

O pedido do assistente de acusação, Dante D'Aquino, de que fossem identificados os militares que dialogaram com os pilotos no dia do acidente, foi negado pela juíza. "Hoje, decorridos mais de três anos do acidente, seu atendimento revela-se improvável, além de não revelar, a meu ver, utilidade para esclarecimento do caso."

Acidente

O Boeing da Gol que fazia o voo 1907 ia de Manaus (AM) para o Rio, com previsão de fazer uma escala em Brasília (DF). Ao sobrevoar a região Norte do país, ele bateu no Legacy da empresa táxi aéreo americana ExcelAire.

Os destroços do Boeing caíram em uma mata fechada, a 200 km do município de Peixoto de Azevedo (MT). Mesmo avariado, o Legacy, que transportava sete pessoas, conseguiu pousar em segurança em uma base na serra do Cachimbo (PA).


Fonte: FOLHA/André Monteiro e Lívia Marra - Foto: Jorge Araújo/Folha Imagem

TCU aponta falhas nos órgãos de controle aéreo

TCU quer que cada orgão tenha sua função bem definida

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) em órgãos do sistema aéreo constatou falhas que podem comprometer a prevenção de desastres.

Desencadeada após o colapso nos aeroportos e os acidentes com aviões da Gol (2006) e da TAM (2007), a fiscalização mostrou que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à Aeronáutica, exercem tarefas idênticas na coleta de informações sobre a segurança dos voos e, não raro, desenvolvem os mesmos projetos, numa espécie de competição. Nesta quarta-feira, os ministros votaram acórdão para que o Ministério da Defesa defina os papéis de cada agente.

Conforme o relatório dos auditores, o "bate-cabeça" leva a situações insólitas: os prestadores de serviços à aviação civil decidem, segundo seus interesses, a quem reportar dados sobre acidentes, incidentes, ocorrências de solo, anormalidades e situações de perigo.

Os dois órgãos se sobrepõem nas ações contra o choque de pássaros com aviões, um dos principais fatores de risco. A Anac criou processo para recolher e avaliar relatos sobre as colisões, enquanto o Cenipa já tinha o seu Programa de Controle do Perigo Aviário no Brasil.

Documento destaca risco de acidentes no Galeão

Com base nas estatísticas, o TCU considera elevadas as chances de um acidente por esse motivo. Entre janeiro e outubro do ano passado, 540 aves bateram em aeronaves no país, sendo que 140 atingiram os motores. Só no Aeroporto do Galeão, houve 68 casos (mais de 10%), o que preocupa as empresas aéreas e os pilotos.

Reunida no terminal em março de 2009, a Comissão de Controle do Perigo Aviário no Brasil, ligada ao Cenipa, apontou o perigo iminente de uma ocorrência semelhante ao pouso de emergência de um avião A-320 no Rio Hudson, em Nova York, em janeiro do ano passado.

"Os dados estatísticos do Cenipa e as informações oriundas das duas maiores empresas de transporte aéreo do país - detentoras de mais de 80% do mercado nacional - não deixam dúvidas quanto à gravidade do risco de acidente, especialmente no aeroporto do Galeão", diz o relatório do TCU.

No Galeão, jatos da Gol colidiram 34 vezes com urubus e outras espécies entre janeiro e setembro do ano passado. No encontro, representante da empresa informou que setores da Gol estão sendo alertados sobre a proximidade de um acidente. A TAM estimou que os custos com o problema passariam de US$ 1,6 milhão, em 2008, para US$ 3,3 milhões, em 2009.

Pilotos relatam riscos por causa dos pássaros

Pilotos relatam que têm sido obrigados a manobrar em baixa altura para desviar dos animais. Em muitos os casos, eles tomam todas as cabeceiras. "Hoje em dia é comum a torre perguntar se é possível decolar, devido a bandos exatamente sobre o final da pista", escreveu um deles, em relatório enviado ao Cenipa, cobrando uma atitude urgente para melhorar a situação.

A auditoria do TCU concluiu que a participação da Anac na prevenção de acidentes pode ser seriamente limitada pelas atividades que ela mesma desenvolve. A agência coleta as informações sobre segurança de operadores da aviação civil, mas também os pune pelos problemas e irregularidades apontados. Como não há um sistema que garanta o sigilo da fonte, pilotos, operadores de voo e outros agentes se sentiriam intimidados.


- É como se eles estivessem jogando contra o próprio time - disse o ministro Benjamin Zymler, relator do caso no TCU.

No relatório, os auditores constataram que a Anac não tem divulgado os indicadores de eficiência das empresas aéreas. Não há transparência sobre cancelamentos e atrasos, o que serviria para orientar o consumidor na compra de passagens e forçaria melhorias no serviço.

- Isso criaria uma competição saudável entre as companhias - afirmou Zymler.

Além de sugerir que o Ministério da Defesa ajuste normas e defina as atividades da Anac e do Cenipa, os ministros recomendaram que a pasta adote medidas para evitar a punição de informantes e supervisione as ações para evitar acidentes provocados por pássaros. À agência, pediram que volte a publicar os índices e tome medidas para evitar atrasos e cancelamentos.

Fonte: O Globo/Fábio Fabrini

Voo 447: Antes de cair, avião iniciou meia-volta, confirma BEA

Iniciativa dos pilotos, que havia sido revelada pelo jornal Le Figaro, não poderá ser explicada sem que caixas-pretas sejam recuperadas

Se por um lado os trabalhos de busca estão perto de desvendar o local preciso da queda do voo AF-447, por outro um novo mistério está intrigando os investigadores franceses. Antes de atingir o mar, o Airbus A-330 deu meia-volta e iniciou um trajeto de retorno ao Brasil, contrariando a rota prevista.

A informação foi confirmada pelo Escritório de Investigação e Análise para a Aviação Civil (BEA), mas só poderá ser explicada se e quando as caixas-pretas forem recuperadas.

O desvio na trajetória foi confirmado pelo local em que os sinais emitidos pelas balizas presas às caixas-pretas foram captados por sonares da Marinha da França. A região se localiza fora da rota habitual dos voos transatlânticos que ligam o Brasil à Europa.

Segundo Alain Brouillard, diretor de investigações do BEA, o dado indica que, entre a emissão da última mensagem automática de localização pelo avião e o seu desaparecimento, houve em torno de cinco minutos de voo que não estava programado. "Se a localização dos destroços for de fato a região indicada pelos sinais sonoros, será absolutamente certo que o avião fez meia-volta", afirmou Jean-Paul Troadec, diretor do birô. "Por que razão? Não sabemos."

Conforme Brouillard, apenas a leitura dos dados das caixas-pretas poderão revelar o motivo pelo qual a tripulação decidiu-se pelo retorno ao Brasil. Uma hipótese, porém, foi cogitada pelo diretor de investigações: "Frente a condições meteorológicas adversas na mesma região, outros aviões também fazem alterações de rota".

França espera localizar caixas-pretas de avião da Air France até quarta

Parte importante do mistério sobre a queda do voo Air France 447, que realizava o trajeto Rio de Janeiro-Paris em 31 de maio de 2009, está perto de ser desvendado. O Escritório de Investigação e Análise para a Aviação Civil (BEA) da França anunciou neste domingo, 9, em Bourget, nas imediações de Paris, que espera localizar até esta quarta-feira os destroços do Airbus A-330, desaparecido no Atlântico. Robôs-submarinos vasculham um quadrilátero de 200 km² no qual o avião teria afundado, depois de ter iniciado uma rota de retorno ao Brasil instantes antes da queda.

O provável ponto do fundo do mar em que os restos do aparelho estariam foi anunciado pela Marinha da França na última quinta-feira, em Paris. Graças a um software inovador desenvolvido pela empresa de alta tecnologia Thales, sinais captados pelos sonares que realizaram a primeira fase das buscas, entre 10 de junho e 10 de julho de 2009, puderam ser decriptados. Segundo o diretor do BEA, o engenheiro Jean-Paul Troadec, os "bips" captados são "muito similares" aos emitidos por caixas-pretas. "O sinal foi localizado, mas com os meios de análise da época não tínhamos como identificar o sinal específico", afirmou Troadec. "Estamos convencidos de que os sinais sonoros correspondem bem aos emitidos por balizas acústicas de um avião."

A região tem 200 km², situa-se ao sudoeste da área de buscas delimitada por especialistas europeus e norte-americanos em dezembro de 2009 e é caracterizada por uma profundidade que varia entre 2,6 mil metros e 4,6 mil metros. "É um relevo muito difícil, acidentado, com algumas chapadas que são relativamente mais fáceis de serem vasculhadas", esclareceu o engenheiro. Até ontem, cerca de 65% da área já havia sido varrida pelo navio Seabed Worker, que realiza as buscas.

A exploração do quadrilátero no Atlântico tornou-se prioridade absoluta das equipes de busca e uma nova etapa de verificação não está descartada, caso a atual não seja bem-sucedida. "Nossa prioridade é explorar profundamente essa região. Não localizamos os destroços. Temos boas razões para acreditar que os destroços estão lá, mas ainda não temos a confirmação", alertou Troadec.

Além do uso de sonares, as equipes se valem de robôs-submarinos que fazem mergulhos em grandes profundidades para verificar as informações colhidas. Câmeras também são usadas, mas a visibilidade no fundo do mar é de apenas 10 metros, o que dificulta os trabalhos.

Em favor das buscas conta o fato de na região não há correntes marítimas, o que favorece a hipótese de que os destroços estejam reunidos no fundo do mar. "Não temos todos os resultados das buscas porque os submarinos ficam por 20 horas no fundo do mar. É somente quando eles sobem à superfície que recuperamos os dados colhidos. Agora os submarinos estão vasculhando toda a parte leste do retângulo e, quando voltarem, teremos todos os dados", confirmou Troadec. "É possível que amanhã tenhamos resultados."

Segundo informou ao Estado Alain Brouillard, diretor de investigações do BEA, apenas 20% das informações coletadas nos últimos cinco dias puderam ser analisadas pelos experts. "Estamos otimistas. Os sinais sonoros são o fato mais importante desde a localização dos corpos e pedaços da aeronave", afirmou. Brouillard adverte, porém, que em alguns acidentes aéreos as caixas-pretas acabam ejetadas pelo impacto.

Investigação

A eventual localização dos restos do Airbus, entretanto, não significa que haja um prazo para seu resgate do fundo do mar.

As caixas-pretas terão primeiro de ser encontradas em meio às peças do avião. Além disso, nada assegura que seus dados serão legíveis depois de um ano sob o desgaste provocado pela água salgada. "Quero adverti-los para a elaboração de cenários e hipóteses prematuras. Antes de mais nada, porque ainda não localizamos os destroços", disse Troadec. "E mesmo que venhamos a encontrá-los na zona de pesquisa atual, nada garante que poderemos concluir o que aconteceu no acidente. O BEA continuará muito prudente."

Fonte: O ESTADO/Andrei Netto

Reconstituição virtual do milagroso pouso no Rio Hudson

Animação baseada em dados atualmente disponíveis referentes ao pouso de emergência do jato da US Airways no Rio Hudson, que fazia o voo 1549, em 15 de janeiro de 2009

Imagens de satélite, com modelos de elevação de terreno e técnicas de mapeamento GIS, foram empregadas para criar um modelo realista do terreno contendo recursos 3D para visualização das edificações.

De todas as gravações de aúdio existentes, somente foram utilizadas duas, no caso, gravações da torre do Aeroporto La Guardia e do TRACON Departure da área de Nova York. Dados de radar e dados das cxcaixas-pretas foram utilizados para a reconstituição das etapas do voo.

Flight 1549 3D Reconstruction, Hudson River Ditching Jan 15, 2009

Outra versao do vídeo

Flight 1549 Alternate Audio, Multi-Perspective Composite Animation

Os pássaros visualizados no radar

Detail View: Birds on Radar intersecting Flight 1549

Fontes: Exosphere3D - Youtube
Tradução: BGA/Jack

Erro de pilotagem causou o acidente do avião da Kenya Airways em 2007

Um erro de pilotagem provocou o acidente de um avião comercial da companhia Kenya Airways quando decolava de Douala (Camarões) em 5 de maio de 2007, que causou 114 vítimas, segundo as conclusões de um inquérito, tornado público(quarta-feira, 28) em Nairobi. Leia AQUI

Relatório vê problemas de manutenção no acidente da Air France

Investigadores judiciais acreditam em falha técnica na aeronave acidentada

Os especialistas judiciais que analisam o acidente com o avião da Air France em 1º de junho entre Rio de Janeiro e Paris, no Atlântico, que causou a morte de todos os 228 ocupantes, consideram que falhas na manutenção da aeronave podem ter causado o acidente.

Neste sábado, o jornal francês "Libération" trouxe novos elementos do relatório judicial, no entanto nada que determine de forma conclusiva o que levou o Airbus A330 da companhia francesa a cair no oceano Atlântico. A versão definitiva será apresentada em dezembro.

Conforme a publicação, a novidade do relatório é a falha nas sondas de medição de velocidade da aeronave que poderia estar "vinculada ao passado" desde a última revisão de manutenção, o que outros estudos já haviam demonstrado.

Isso significa que as sondas Pitot do fabricante Thales poderiam ter sido cobertas rapidamente por uma camada de gelo que as tenha deixado inutilizadas, o que "teria gerado uma série de panes que levaram a deterioração das condições de condução da aeronave" simplesmente pela falta de limpeza periódica.

Se confirmada essa tese, estaria aberta uma discussão para questionar as regras fixadas pelo fabricante aeronáutico Airbus, que estabelece que os medidores de velocidade devem receber manutenção a cada 21 meses.

Em todo caso, os peritos judiciais sublinham no relatório que não acreditam nem que as citadas sondas, tampouco as condições meteorológicas durante o voo (o avião atravessou uma zona com grande concentração de nuvens cúmulos-nimbos na altura do Equador), expliquem de forma unilateral as causas do acidente.

Por isso, concluem que "é necessária a busca de outras provas", o que sugere que os juízes não vão apontar culpados para os fatos.

Estas revelações chegam um dia depois de o organismo oficial francês encarregado da investigação, o Escritório de Investigações e Análises da Aviação Civil francesa (BEA) dar por encerrada neste fim de semana a terceira fase de buscas pelas caixas-pretas, que desde o começo do mês estavam sendo feitas por dois navios, o Seabed Worker e o Anne Candies.

As duas embarcações que realizaram varrições no fundo do mar com sonares e submarinos em uma área de 3 mil quilômetros quadrados devem voltar ao porto de Recife para uma escala técnica.

O secretário de Transportes francês, Dominique Bussereau, insistiu ontem ao BEA que faça uma quarta operação de buscas pelas caixas-pretas, e seu departamento assegurou que tanto a Airbus quanto a Air France estão dispostos a financiar os esforços.


Fonte: Efe - UOL Notícias

Problemas com formação de gelo nos Rolls-Royce Trent

EASA preocupada com os problemas dos motores Trent

O órgão regulatório europeu identificou outro potencial incidente de congelamento de motores, envolvendo um A330 com motores Rolls-Royce, e já recomendou medidas de precaução focadas em melhorar a não formação de gelo nos motores.

Durante a decolagem, o motor direito do A330 (cuja empresa não foi revelada) sofreu uma perda temporária de potência, disparando um alarme de "estol do motor", que logo desapareceu.

As investigações mostraram que o fluxo de combustível para o motor estava restringida, mas também descobriu-se que o motor esquerdo sofreu queda similar, logo a seguir. A falha no esquerdo não foi suficientemente grande para disparar os alarmes e só foi detectada na análise posterior.



No momento do acontecido, os pilotos seguiram o procedimento padrão e, poucos instantes depois os motores já operavam normalmente, seguindo o vôo como planejado.

E daí? Pois bem, a EASA acredita que a interrupção parcial do fluxo de combustível foi causada pela formação de gelo; e esse tipo de acontecimento está brilhando nos radares do órgão desde o incidente com um 777 da British Airways, em janeiro de 2008, que perdeu os dois motores e fez um pouso forçado em Heathrow.

Problemas com gelo nos motores Trent também são suspeitos de uma perda de motor de um 777 da Delta e uma arremetida de um A330 da Etihad Airways.

Fonte:  AEROBLOG - JetSite - Photo by: BBN (Ilustrativa).

Investigação à aliança entre British Airways, Iberia e American Airlines quase concluída

A investigação à aliança transatlântica entre a British Airways, a American Airlines e a espanhola Iberia deve estar perto de uma conclusão.

As companhias aéreas ofereceram-se para tornar disponíveis slots de descolagem e aterragem nos aeroportos de Heathrow e Gatwick em Londres e/ou no aeroporto John F. Kennedy em Nova Iorque, de forma a facilitar a entrada de concorrentes nas rotas para Nova Iorque, Boston, Dallas e Miami.

As autoridades da concorrência europeias abriram uma investigação em Abril passado alertando que um acordo de cooperação nos voos entre os Estados Unidos e a Europa poderia "prejudicar os consumidores nas rotas transatlânticas". As companhias alegavam que o acordo poderia ajudar a ultrapassar os aumentos do preço do petróleo e a falta de procura para estas rotas.

Fonte: Opção Turismo

Novas buscas por destroços do voo 447 da Air France são adiadas, diz França


Adidamento é motivado por causas técnicas e administrativas, diz escritório. Queda de Airbus no Atlântico deixou 228 mortos em junho do ano passado.

As buscas pelos destroços do avião da Air France que fazia o voo 447, cujo acidente no Oceano Atlântico deixou 228 mortos em 1º de junho do ano passado, foram adiadas por razões técnicas e administrativas, anunciou na quinta-feira (11) o Escritório de Investigações e Análises (BEA).

O organismo francês, encarregado do inquérito administrativo sobre a catástrofe, ainda não desvendou as causas precisas do desastre.

Essa terceira fase de pesquisas no mar, que o BEA esperava que começasse antes do mês de março, deverá permitir a coleta de novos destroços e das "caixas-pretas" do Airbus A330.

"As dificuldades administrativas e técnicas na partida dos Estados Unidos associadas às condições meteorológicas desfavoráveis atrasaram a chegada do (navio norueguês) Anne Candies ao porto do Recife, onde deverá encontrar o (navio norte-americano) Seabed Worker, antes de se equipar para chegar à região de buscas dos destroços do A330. Dessa forma, o início das operações de buscas no mar foi adiado", escreveu o BEA em um curto comunicado.

A porta-voz do BEA não estava disponível de imediato para precisar o teor das "dificuldades".

O organismo não especificou quando as buscas poderão ser retomadas, mas "divulgará uma informação complementar na segunda, 15 de março".

A região que os navios de pesquisas deverão explorar é de cerca de 1.500 quilômetros quadrados. Situada na costa brasileira, ela é dez vezes menor que a pesquisada em junho, após o acidente.

O voo AF 447, que seguia do Rio de Janeiro para Paris, caiu no Atlântico depois de decolar dia 31 de maio. O avião entrou em uma zona de turbulência, matando 228 pessoas. As caixas-pretas com os registros de voo continuam desaparecidas, e apenas pequenas partes dos destroços do Airbus A330 foram encontradas.

Fontes: G1 - Reuters

Incidente prontifica investigadores a pedirem mais clareza sobre limites de vento cruzado



Um incidente ocorrido com um Airbus A320 da Lufthansa no dia 1 de Março de 2008 prontificou os investigadores alemães que analisaram o caso a pedirem maior clareza por parte da fabricante do avião e das companhias aéreas a respeito de limites de vento cruzado (crosswind), informou a ATI.

O evento que motivou os investigadores aconteceu no aeroporto de Hamburgo, quando o avião da companhia aérea aproximando-se para o pouso tocou a ponta da asa esquerda no solo após ser pego por uma rajada de vento cruzado.

Durante a investigação, descobriu-se que a primeira informação obtida pelos pilotos do A320 indicava ventos cruzados de 28 nós com rajadas de 37 nós como sendo a condição imperante no momento. Tais números estavam, apesar de próximos, dentro dos valores de “vento cruzado máximo demonstrado” presentes no manual do avião, que são de 33 nós com rajadas de até 38 nós.

Os pilotos optaram então por prosseguir com o pouso. Entretanto, já na aproximação final, foram informados de uma mudança que elevou a velocidade das rajadas de vento cruzado para 47 nós.

Neste momento, segundo os investigadores, seria razoável optar por uma arremetida. Mas isto não ocorreu e, ao se aproximar da pista, o avião acabou sendo pego por uma dessas rajadas e tocou a ponta da asa no chão.

As investigações focaram-se então em um ponto considerado importante: a forma como os pilotos interpretam o “vento cruzado máximo demonstrado”.

Após serem conduzidas entrevistas com 81 pilotos de cinco companhias aéreas a respeito do assunto, descobriu-se que para a metade os referidos valores presentes no manual eram observados como um limite a ser repeitado, enquanto para a outra metade eram vistos como um guia, como valores de referência mas não um limite imposto.

Os investigadores chegaram à conclusão de que os termos usados nos manuais tanto pela fabricante quanto pela companhia aérea (no caso a Lufthansa mas também se aplica a outras) não são suficientemente claros a respeito do seu propósito.

Por este motivo, entre as 12 recomendações feitas no relatório final sobre o incidente está a revisão sobre a forma como a Airbus passa as informações de vento cruzado em seus manuais operacionais, recomendação que se estende às companhias aéreas dizendo que elas devem impor limites claros quanto ao referido assunto em seus manuais operacionais.

Fonte: Portal CR -

EUA investigam controlador suspeito de deixar criança no comando de voos

Criança teria ficado uma hora controlando decolagens em Nova York. Autoridade aeronáutica dos EUA considera o episódio 'inaceitável'.

A Administração Federal de Aviação (FAA), autoridade aeronáutica dos Estados Unidos, admite ter iniciado uma investigação de um controlador de voo, suspeito de ter deixado uma criança coordenar o tráfego aéreo do aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova York, o mais movimentado do país em quantidade de passageiros, durante aproximadamente uma hora.

“Durante o decorrer da investigação, o funcionário envolvido no incidente está afastado do controle de voo. Esse comportamento é inaceitável e não demonstra o nível de profissionalismo que se espera de todos os funcionários da FAA”, afirmou a agência em um comunicado.

O incidente teria ocorrido em fevereiro, durante uma semana de feriado escolar de Nova York.

A investigação tem ocorrido através de gravações de áudio, postadas em um site de controladores de voo. A voz da criança pode ser percebida em cinco ocasiões de decolagem. Em uma das conversas, ela é percebida dizendo: “Jet Blue 171, autorização para decolar”. O piloto responde, rindo: “Decolagem em íncio, Jet Blue 171. Você fez um ótimo trabalho”.



Em seguida, percebe-se que a criança está sendo supervisionada, já que uma voz adulta aparece em seguida rindo: “É isto o que acontece pessoal, quando as crianças não vão para a escola”.

Em outra passagem, após outra decolagem, desta vez de um avião da Aeroméxico, a criança diz: “Adios, amigo”. O piloto responde gentilmente.

A FAA afirma que a torre de controle é um local de alta segurança, destinada a controladores de vôo, equipe de supervisores e funcionários do aeroporto, que precisam de permissão para estar lá. Crianças são autorizadas para visitas, mas precisam de autorização da FAA.

O sindicato de controladores de voo também condenou a atitude do funcionário.

Fontes: G1 - TV Globo - Agências

PF aponta superfaturamento de R$ 1 bi em obras de aeroportos

Relatório diz que esquema de fraudes em licitações foi feito pela cúpula da Infraero na gestão Carlos Wilson

SÃO PAULO - A Polícia Federal apontou superfaturamento de R$ 991,8 milhões nas obras de dez aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) - Corumbá, Congonhas, Guarulhos, Brasília, Goiânia, Cuiabá, Macapá, Uberlândia, Vitória e Santos Dumont. Todas as obras foram contratadas durante o primeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2006.

Relatório final da Operação Caixa Preta sustenta que o desvio é resultado de um esquema de fraudes em licitações arquitetado pela cúpula da estatal na administração Carlos Wilson, que presidiu a Infraero naquele período. Ex-deputado, ex-senador e ex-governador de Pernambuco (1990), Carlos Wilson foi filiado à antiga Arena, ao PMDB, ao PSDB e, por último, ao PT. Ele morreu em abril de 2009, aos 59 anos, vítima de câncer.

Os principais assessores de Wilson no comando da Infraero foram enquadrados pela PF: Josefina Valle de Oliveira Pinha, ex-advogada-geral do Senado que exerceu a função de superintendente jurídica da estatal; Adenahuer Figueira Nunes, ex-diretor financeiro, e Eleuza Lores, ex-diretora de engenharia - o indiciamento de Eleuza foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça.

O dossiê da PF esmiúça em 188 páginas como operou "um seleto e ajustado grupo" de 18 empreiteiras.

A Polícia Federal imputa seis crimes a 52 investigados, entre ex-dirigentes e funcionários da Infraero, empresários, projetistas e fiscais: formação de quadrilha, peculato (crime contra a administração pública), corrupção ativa e passiva, crimes contra a ordem econômica e fraude em licitações.

O inquérito foi aberto em novembro de 2006 pela Superintendência Regional da PF em Brasília. Equipes multidisciplinares formadas por peritos criminais federais, engenheiros civis, mecânicos, elétricos, eletrônicos e cartográficos inspecionaram um a um os aeroportos. Interceptações telefônicas revelaram estreito contato entre ex-diretores da Infraero e funcionários de empreiteiras. A investigação foi conduzida pelos delegados César Leandro Hübner e Felipe Alcântara de Barros Leal. "A equipe policial identificou um enorme superfaturamento nos preços e quantidades dos serviços praticados pelas empresas contratadas em um montante aproximado de R$ 1 bilhão em valores atualizados", assinala o texto.

À página 26 do relatório a PF estima que o valor superfaturado seria suficiente para construir 34.193 casas populares, "o que equivale a todas as moradias de uma cidade de 112.837 habitantes". O desvio corresponde ainda ao total necessário para a construção do Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, obra tida como fundamental para suportar o crescimento do setor aéreo e receber com conforto os turistas para a Copa 2014.

LAUDOS

Laudos periciais revelam gastos a maior. Com base no laudo 761/2009, do Instituto Nacional de Criminalística (INC), braço da Diretoria Técnico-Científica, a PF afirma que "a Norberto Odebrecht figura como responsável por um desvio do valor atualizado de R$ 163, 25 milhões dos cofres públicos".

Na obra do Santos Dumont (RJ), diz a PF, a Odebrecht "apresentou superfaturamento no valor de R$ 17,25 milhões". Segundo o relatório, "essa modalidade de superfaturamento se caracteriza pela cobrança em duplicidade, ou cobrança por serviço não executado".

O laudo 781/2009 indica que a Via Engenharia "figura como responsável por desvio de R$ 40,65 milhões das obras do aeroporto de Goiânia".

A PF aponta intrincada teia de relacionamentos entre os acusados. "Percebe-se a existência de robustos indícios de um esquema fraudulento de corrupção envolvendo servidores da Infraero e representantes legais e/ou de fato de sociedades empresariais construtoras, projetistas e de fiscalização, objetivando, por meio de conluio de vontades de mais de três pessoas, frustrar de forma reiterada o caráter competitivo de licitações, possibilitando, em seguida, modificações e vantagens em favor de tais sociedades empresariais."

São alvos do inquérito 18 empreiteiras: Odebrecht, OAS, Carioca, Construcap, Camargo Corrêa, Galvão, Via Engenharia, Queiroz Galvão, Constran, Mendes Júnior, Serveng Civilsan, Gautama, Beter, Estacon, Financial, Enpress, Triunfo e Cima. Elas negam irregularidades. As fraudes, diz a PF, tiveram apoio de altos funcionários da Infraero. "Objetivando beneficiar seleto grupo de empresários, precisava-se restringir o caráter competitivo das licitações necessárias à aplicação dos recursos federais. Para tanto, eram necessárias mudanças estruturais e normativas na Infraero."

A PF destaca algumas "manobras" da direção da estatal, como contratação de uma mesma empresa para executar diferentes obras no aeroporto e a adoção da modalidade de técnica e preço. A primeira, segundo a PF, restringe a quantidade de licitações e, consequentemente, o número de empresas contratadas. A outra, embora não tivesse o "condão de direcionar a licitação, foi crucial para os atos preparatórios seguintes, que implicaram a agregação de subjetividade ao certame, facilitando os ajustes ilícitos".

A PF aponta formação de cartel - conluio entre empresas para prejudicar concorrentes -, inclusão indevida de etapa de pré-qualificação, mudanças de regras durante a licitação. Os peritos constataram dois tipos de superfaturamento: por falta de qualidade e quantidade e por sobrepreço e jogo de planilha.

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Fonte: O ESTADO / Fausto Macedo e Bruno Tavares

Pescadores acham destroços que podem ser de avião desaparecido

Destroços seriam de avião desaparecido


Pedaço do que parece ser a fuselagem de uma aeronave

Pescadores do município de Itacaré (436 km ao sul de Salvador) acharam nesta terça-feira, dia 1º, ossos, pertences e destroços, que podem ser dos tripulantes e do Cessna C-310, prefixo PT-JGX, da empresa Aero Star, que desapareceu no dia 2 de maio do ano passado, quando se aproximava do aeroporto de Ilhéus. Estavam a bordo da aeronave os empresários ingleses, Sean Woodhdhall, Ricky Every, Allan Kempson e Nigel Hodgefs, além do piloto Clóvis Revault (lotado na Casa Civil do governo da Bahia) e o co-piloto Leandro Veloso, ambos brasileiros.

Os destroços foram encontrados a 16 milhas de Itacaré, onde ainda estaria grande parte da aeronave, em meio a um lamaçal, a 42 metros de profundidade, segundo o pescador Jorge Francisco dos Santos. “Estávamos perseguindo um cardume de peixes, quando avistamos os destroços”, disse o pescador. Ainda de acordo com Santos, no loal há um fêmur, uma carteira com documentos, uma hélice e restos de fuselagem, com as letras SNA-310.

A Marinha e a Polícia Federal estiveram no local e recolheram o material, que foi levado para a sede da PF, em Ilhéus, para ser periciado. Segundo o Capitão Celso, assessor de Comunicação Social do comando do 2º Distrito Naval, em Salvador, nesta quarta, 2, começa a ser feita a análise dos achados, que são indícios de ser da aeronave. Ele adiantou que, logo pela manhã, a Marinha vai checar o local e um navio está sendo deslocado da capital com mergulhadores e todo o equipamento necessário para fazer a investigação.

Nesta terça, a PF abriu um novo inquérito, que será conduzido pela delegada Denise Dias. O delegado chefe da PF de Ilhéus, Cristiano Barbosa Sampaio, disse que, nesta quarta, uma equipe vai fazer o isolamento do local, para que a Aeronáutica possa fazer a investigação.

O acidente ocorreu quando os empresários estavam chegando a Ilhéus, onde planejavam implantar um resort de luxo, com previsão de investimento de R$ 500 milhões. A aeronave desapareceu após deixar a capital com destino ao aeroporto Jorge Amado.

O empresário Sean Woodhdhall estava envolvido em escândalos imobiliários em países da Europa e do Caribe. Depois do acidente no sul da Bahia, o terreno foi colocada à venda.

Fontes: A Tarde Online - Pousada de Notícias

França acusada de haver derrubado Airbus da Yemenia

Missil francês teria atingido o avião

Depois de quase 4 meses, as causas da queda de um avião Yemenia parecem vir à luz. Em 30 de Junho, um Airbus A310 pertencente à frota da Yemenia caiu no Oceano Índico, ao largo da costa das Ilhas Comores, em um vôo de Paris, com escala em Sanaa, a Moroni.

O avião, com 142 passageiros e 11 tripulantes a bordo, caiu no oceano depois que já tinha iniciado os preparativos para o pouso. Das 153 pessoas a bordo, apenas uma sobreviveu.

Imediatamente após o incidente, dois aviões franceses e um navio partiram de suas bases e chegaram onde o acidente ocorreu.

Agora um site do Iêmen, Almotamar, publicou um artigo dizendo especialistas em aviação e investigações sobre os gravadores de dados de vôo confirmam a queda do avião foi causada por um míssil disparado de um dos navios de cruzeiro francês na área.

O artigo também diz que o governo iemenita pretende pedir uma indenização da França para a Yemenia Airways.

Yemenia Airways tinha pago para cada uma das vítimas um montante de cerca de 20.000 dólares antes dos resultados finais da investigação sobre a causa do desastre.

No dia seguinte ao acidente, fontes de Comores já disseram aos repórteres que um navio militar francês disparou contra o avião da Yemenia quando ele iniciava o pouso, voando sobre uma área em que navios de guerra franceses estavam envolvidos em um exercício militar.

Os gravadores de dados de vôo foram recuperados dois meses depois por um navio equipado com robôs submarinos e levados para Paris, onde foram examinados por um francês, um iemenita e um painel de investigadores dos Comores.

Fonte: Site Arab Monitor.- Aeroblog

BEA rebate versão de pilotos sobre queda no voo 447

BEA rebate versão de pilotos


A agência de investigação de acidentes aéreos da França (BEA, na sigla em francês) rechaçou, nesta segunda-feira, alegações de pilotos da Air France de que defeitos em sensores de velocidade foram a causa do acidente que matou 228 pessoas no Oceano Atlântico. A queda do voo 447, que partiu do Rio de Janeiro e seguiria até Paris, ocorreu em 1º de junho.

ANAC estaria cometendo deformação estatística

Deformação estatística aumentaria índice de acidentes fatais

O relatório de segurança de voo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que coloca o índice de acidentes fatais na aviação regular do Brasil quatro vezes acima da média mundial é contestado por especialistas. O diretor de segurança de voo do sindicato dos aeronautas no País, Carlos Camacho, afirma que o resultado representa uma "deformação estatística".

Parentes das vítimas do acidente da TAM manifestam indignação com inquérito da PF

A Afavitam (Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054) manifestou indignação


Bombeiros resgatam vítimas de acidente com o vôo 3054, ocorrido em junho de 2007; acidente causou a morte de 199 pessoas

A Afavitam (Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054) manifestou indignação com a conclusão do inquérito da Polícia Federal que apontou como culpados apenas os dois pilotos mortos no acidente.

Segundo o presidente da associação, Dário Scott, os parentes ainda não tiveram acesso à investigação da PF, que corre em segredo de Justiça. No entanto, eles foram informados pela imprensa sobre o resultado enviado ao Ministério Público Federal. "Em muitas oportunidades, a quebra do sigilo foi solicitada por nós e sempre negada, e aí está o resultado", destacou a associação.

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