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Sonda espacial tentará detectar antimatéria

Detector tentará estabelecer se existe um 'universo negro' invisível entretecido no cosmos



ROBERT EVANS - Reuters

Um detector de partículas pesando sete toneladas instalado há mais de um ano na Estação Espacial Internacional tentará estabelecer se existe um "universo negro" invisível entretecido no cosmos, disse nesta quarta-feira um importante cientista do projeto.

E o detector, chamado Espectrômetro Magnético Alfa (EMA), já quebrou todos os recordes ao registrar cerca de 17 bilhões de raios cósmicos, armazenando seus dados para análises, disse o físico Samuel Ting, ganhador do Prêmio Nobel, em entrevista coletiva.

"A questão é: onde o universo é feito de antimatéria? Ela pode estar por aí, num lugar bem longe, produzindo partículas que poderíamos detectar com o EMA", afirmou.

Físicos dizem que o "Big Bang", explosão primordial que originou o universo há cerca de 13,7 bilhões de anos, deve ter criado quantidades iguais de matéria e de antimatéria. Mas então a antimatéria praticamente sumiu.

A razão disso é um dos grandes segredos do cosmos, investigado por meio do EMA e de estudos feitos no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), onde Ting falou.

Alguns pesquisadores acreditam que a "matéria invisível", uma forma invisível que ocupa até 25 por cento do universo conhecido, estaria ligada à antimatéria. Mas outros dizem que isso é altamente improvável.

Esses cientistas argumentam que a antimatéria não poderia sobreviver muito perto de partes visíveis do cosmo onde, segundo as observações mais recentes, são ocupadas pela matéria escura, o que às vezes gera um "véu" entre planetas e estrelas.

A matéria e a antimatéria são quase idênticas, com a mesma massa, mas "spin" (rotação) e cargas energéticas opostas. Elas podem formar partes diferentes de algumas partículas elementares, mas, caso se misturem, se destroem instantaneamente.

Ting concedeu a entrevista coletiva junto a uma equipe de astronautas dos Estados Unidos que levou o detector, desenvolvido e construído pelo Cern, até a Estação Espacial, em maio do ano passado, na última missão do ônibus espacial Endeavour.

Ele disse que até agora o detector, de 2 bilhões de dólares, com seus poderosos ímãs que distorcem as partículas com cargas negativas e positivas em direções diferentes, está funcionando perfeitamente, e que nenhum dos sistemas reservas precisou ser acionado até agora.


Fontes: O ESTADO DE S PAULO - REUTERS

Avião provoca chuva e nevasca ao redor de aeroporto, diz estudo

Um estudo publicado nesta quinta-feira na revista "Science" chama a atenção para um fenômeno, até agora desconhecido, provocado pela passagem de aviões na climatologia do entorno dos aeroportos.

Segundo a pesquisa, os aviões que atravessam as nuvens sobre os aeroportos causam a precipitação da água concentrada nelas, às vezes em forma líquida, apesar de estar sob temperatura de congelamento, o que provoca chuvas e nevascas.

O efeito descrito no relatório é facilitado pela expansão e esfriamento do ar atrás das turbinas de propulsão do avião e sobre as asas quando as temperaturas das nuvens estão a dez graus abaixo de zero ou menos.

A queda de temperatura pode ser suficiente para congelar espontaneamente as finas gotas nas nuvens, formando cristais de gelo.

O processo avança até produzir um canal na camada das nuvens, que pode seguir se expandindo durante horas, o que aumenta a precipitação da nuvem, segundo o artigo.

Os cientistas acreditam que não é provável que este fenômeno afete o clima global, mas dado que muitos dos grandes aeroportos possuem uma camada de nuvens baixas durante o inverno, isto poderia aumentar a necessidade de retirar o gelo dos aviões com mais frequência no futuro.

TIPO DE MOTOR

Andrew Heymsfield, do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica em Boulder, no Colorado, e seus colegas em outras partes dos Estados Unidos estudaram imagens registradas por satélites destes canais nas nuvens.

Depois usaram modelos computadorizados de previsão meteorológica para simular o crescimento e a evolução das nuvens.

Os pesquisadores chegaram à conclusão que diferentes motores com hélices e turbinas propulsoras de aviões podem produzir cristais de gelo e canais nas nuvens extremamente frias, que depois se propagam e criam neve na nuvem e abaixo dela.

Essas camadas de nuvens porosas, induzidas pelos aviões, foram documentadas durante décadas e frequentemente atribuídas ao lançamento de foguetes ou à passagem de objetos não identificados --uma dessas nuvens flutuou sobre Moscou em 2009 e gerou todo tipo de especulações e teorias conspiratórias.

Segundo a nova pesquisa, as camadas de nuvens extremamente frias podem ser encontradas em um raio de cem quilômetros ao redor dos grandes aeroportos do mundo.


Fontes: FOLHA DE S PAULO - Agências

Vida pode ser variável no Universo

Entre tantas cenas memoráveis de "ET - O Extraterrestre", do velho Spielberg, há uma que comove os corações mais nerds: descobre-se que o pequeno alienígena tem DNA, mas com seis "letras" químicas, em vez de quatro, como ocorre na Terra.

A descoberta anunciada na quinta-feira pela Nasa talvez seja ainda mais radical que a do filme. Não é todo dia que um elemento químico antes barrado no seleto grupo de átomos cruciais para a vida acaba passando no teste --caso do "venenoso" arsênio.

De fato, as implicações disso têm um quê de ficção científica --uma das especulações mais comuns entre os autores do ramo é que certos ETs tenham silício no lugar de carbono em suas moléculas. A grande questão é saber se a química da vida é contingente ou necessária.

Em termos menos filosóficos: se o DNA, as proteínas e outras moléculas biológicas são do jeito que são por causa da maneira particular, casual, pela qual a vida evoluiu por aqui ou se as características delas são essenciais para qualquer ser vivo, em qualquer canto do Universo.

No segundo caso, achar vida fora da Terra depende essencialmente de achar outras "Terras" pelo Cosmos. A lenga-lenga de sempre: planetas com água no estado líquido, atmosferas relativamente espessas, rochosos etc. Mas a bactéria do lago Mono pode indicar um Universo bem mais fértil do que se poderia esperar.

Afinal, se a química da vida terráquea é versátil a ponto de trocar um átomo dito essencial por um "primo" na tabela periódica, deixa de ser absurdo cogitar que outras situações como essa estejam acontecendo dentro ou fora do Sistema Solar.

Que tais coisas aconteçam neste planeta é um tributo a outra frase de Spielberg, em "Parque dos Dinossauros": "Life finds a way" ("a vida dá um jeito").

A Vida Mas Não Como A Conhecemos

Editoria de Arte?Folhapress


Fonte: Reinaldo José Lopes/FOLHA

Cientistas observam atmosfera de Super-Terra

As observações se referem ao planeta catalogado como GJ 1214b

Pela primeira vez na história, um grupo de astrônomos conseguiu colher informações sobre a atmosfera de um planeta fora do Sistema Solar que entra na categoria das chamadas Super-Terras. É o mais perto que conseguimos chegar até agora de analisar o ar de um análogo de nosso próprio mundo.

Astros dessa classe não têm correspondente nas redondezas do Sol. Por aqui, há basicamente dois tipos de planeta: os rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) e os gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno). Os primeiros são pequeninos, e os segundos, enormes.

Já as Super-Terras parecem estar no meio do caminho entre uma categoria e outra, com massa duas a dez vezes a terrestre. Mas como nunca vimos nada sequer parecido na vizinhança, é difícil dizer como de fato são esses mundos --e se podem ser habitados.

Um passo importante para tentar determinar isso é analisar a atmosfera desses planetas. Isso se torna possível quando eles estão alinhados de tal modo que periodicamente passam à frente de suas estrelas. Nessas ocasiões, parte da luz emanada dela passa de raspão pela camada de ar que recobre aquele mundo e chega até nós carregando uma "assinatura" do que encontrou pelo caminho.

Ilustração mostra planeta catalogado como GJ 1214b, que orbita uma anã vermelha (estrela menor que o Sol)/L. Calcada/AFP

SER OU NÃO SER

As observações colhidas pelo grupo de Jacob Bean, do Centro Harvard-Smithsoniano para Astrofísica, em Cambridge, Estados Unidos, se referem ao planeta catalogado como GJ 1214b. Ele orbita uma anã vermelha (estrela menor que o Sol) a cerca de 42 anos-luz, e completa uma volta a cada dia e meio terrestre.

Dada a proximidade com sua estrela, é quase certo que seja quente demais para ser habitável. Mas, fora isso, ninguém se arrisca a dar um palpite. Há quem sugira que se trata de um planeta-água que se formou nas regiões mais externas do sistema e migrou para mais perto de seu sol mais tarde (tornando-se algo como um "planeta-vapor"). Outros dizem que ele deve ser uma versão miniaturizada de Urano e Netuno, com densa atmosfera composta por hidrogênio.

Bean e seus colegas fizeram duas sessões de observação com o VLT, maior telescópio do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile, e concluíram... bem, eles não concluíram o que esse mundo deve ser. Mas conseguiram determinar o que ele não é.

É certo que a atmosfera de GJ 1214b não pode possuir grandes quantidades de hidrogênio e ao mesmo tempo ser livre de nuvens.

MODELOS

Pouco hidrogênio pareceria descartar a ideia de que se trata de um Netuno miniatura. Mas não é bem assim. "O planeta ainda poderia ser um mini-Netuno com uma densa camada de nuvens na porção superior de sua atmosfera", disse à Folha Jacob Bean.

Não é a hipótese mais provável, pelo simples fato de que ninguém até hoje criou um modelo de como poderia haver um planeta desse tipo, com essa densa camada de nuvens e o hidrogênio oculto sob si, indetectável. "Mas não podemos descartá-la", completa Bean.

Uma explicação mais plausível no momento seria a de uma atmosfera dominada por vapor d'água. Ela é bastante compatível com as observações, mas também não dá para dizer que é isso. Faltam dados conclusivos.

Resumo da ópera: ainda sabemos muito pouco sobre esse mundo em particular e menos ainda sobre Super-Terras em geral. Mas isso pode mudar rapidamente.

"Observações do GJ 1214b já foram agendadas para o Telescópio Espacial Hubble", aponta Drake Deming, do Centro Goddard de Voo Espacial, da Nasa, que comentou o estudo na última edição do periódico "Nature", a mesma em que ele foi publicado. O pesquisador acredita que os resultados poderão dar mais pistas sobre se estamos falando de uma atmosfera com uma densa camada de nuvens ou não.

E as coisas vão ficar ainda melhores, segundo ele, quando o Telescópio Espacial James Webb, o sucessor do Hubble, estiver no espaço. Ele será capaz de determinar com muito mais precisão a composição do ar desse mundo. O duro é esperar; a Nasa estima que seu lançamento ocorra em 2015.

Fontes: Salvador Nogueira/FOLHA- Agências

'Pode ser a descoberta do século', diz astrônomo brasileiro

Conforme Douglas Galante, descoberta abre portas para a existência de diferentes formas de vida em outros planetas

A bactéria GFAJ-1crescendo no arsênio (Nasa)

A descoberta de uma bactéria que se comporta como um organismo extraterrestre, anunciada nesta quinta-feira pela Nasa, pode ser a conquista mais importante da astrobiologia neste século, de acordo com o astrônomo Douglas Galante, coordenador do laboratório de astrobiologia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).

“Isso abre portas para a existência de formas de vida em outros planetas que não utilizem os seis elementos básicos da vida na Terra”, afirma. Todas as formas de vida em nosso planeta são baseadas em seis elementos químicos: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre. Mas a bactéria descoberta por uma equipe de pesquisadores do Instituto de Astrobiologia da Nasa é capaz de dispensar o fósforo e substituí-lo por arsênio.

Segundo Galante, a própria Terra ainda pode abrigar formas de vida que utilizem outros elementos. “Existem ambientes extremos que são desconhecidos ou não foram estudados o bastante, como as fossas tectônicas, que podem abrigar organismos do gênero.”

Felisa Wolfe-Simon,  pesquisadora chefe do ramo de Astrobiologia da NASA e líder da pesquisa, comentando a descoberta durante conferência de imprensa, hoje em Washington.

A equipe de pesquisadores: Felisa Wolfe-Simon, Mary Voytek, Steven Benner e Pamela Conrad, durante a conferência de imprensa.

Pré-Sal 

O Brasil também deverá ser palco da busca por organismos que se comportem como extraterrestres. De acordo com Galante, um dos ambientes onde esse tipo de microorganismo tem mais chances de existir é a camada de Pré-Sal, a cerca de 7.000 metros de profundidade. “É um ambiente incrível para ser estudado.” Locais com profundidades e pressão muito grandes podem abrigar organismos com estratégias de vida incomuns, como a bactéria tolerante a arsênio - mortal para organismos vivos - achada pela Nasa no Lago Mono, na Califórnia, nos Estados Unidos.

Fonte: VEJA

Bactéria que come arsênio abre nova perspectiva para vida fora da Terra

Estudo realizado em parceria com a Nasa causou boatos que seria anunciada a descoberta de vida ET

Imagem mostra bactérias da família 'Halomonadaceae', que são compostas, entre outros elementos, por arsênio, elemento químico considerado tóxico a humanos. (Foto: Science / AAAS)

Sinais de que uma bactéria é capaz de substituir o nutriente essencial fósforo por arsênio - um elemento tóxico para a maioria das formas de vida conhecidas - expande o horizonte para a busca de vida fora da Terra, anunciam os cientistas que assinam pesquisa descrita no serviço online da revista Science, o Science Express.

Todas as formas de vida conhecidas até hoje - plantas, animais e micro-organismos - dependem de seis elementos químicos para construir as moléculas que compõem seus corpos: oxigênio, hidrogênio, carbono, fósforo, enxofre e nitrogênio. A bactéria descoberta pela equipe de cientistas liderada por Felisa Wolfe-Simon, da Pesquisa Geológica dos Estados Unidos, seria a primeira exceção conhecida à regra.

Não se trata de uma exceção trivial: o fósforo faz parte da estrutura do DNA e é um componente do ATP, a molécula usada para transportar energia no metabolismo celular.

Batizado de GFAJ-1, o novo organismo foi encontrado em sedimentos do Lago Mono, da Califórnia. O lago é extremamente salgado e conta com níveis elevados de arsênio, um elemento que fica logo abaixo do fósforo na Tabela Periódica.

"A vida como a conhecemos requer alguns elementos químicos em particular e exclui outros", disse, em nota divulgada pela Universidade Estadual do Arizona, um dos coautores do estudo, Ariel Anbar. "Mas seriam essas as únicas opções? Como a vida poderia ser diferente?"

Um dos princípios da busca por vida em outros planetas, acrescenta Anbar, é que os cientistas devem "seguir os elementos". "O estudo mostra que temos de pensar melhor em que elementos seguir", acredita.

A ideia de que arsênio poderia substituir fósforo já havia sido apresentada por Felisa, Anbar e por Paul Davies - que também assina o artigo na Science Express - em trabalho publicado em 2009 no International Journal of Astrobiology.


"Nós não apenas sugerimos que sistemas bioquímicos análogos aos conhecidos hoje poderiam usar arseniato (composto de arsênio e oxigênio) no papel equivalente do fosfato", diz Felisa. "Mas também que esses organismos poderiam ter evoluído na Terra antiga e persistir em ambientes incomuns até hoje".

A pesquisa foi feita em parceria com a Nasa. O anúncio de que a Science desta semana traria um artigo patrocinado pela agência espacial sobre astrobiologia - a ciência que explora as possibilidades de vida fora da Terra - causou uma onda de boatos na internet, sobre a possível descoberta de alienígenas.

A descoberta

Mono Lake./Henry Bortman.
O Lago Mono fica no leste da Califórnia, limitado a oeste pelas montanhas da Sierra Nevada. O lago alcalino é conhecido por formações incomuns de tufo, um tipo de rocha calcária, assim como por sua hipersalinidade e altas concentrações de arsênio. (Foto: Henry Bortman / Science - setembro de 2010)


Depois de recolher lama do fundo do Lago Mono - que é três vezes mais salgado do que o oceano - os pesquisadores passaram a cultivar, em laboratório, os micróbios extraídos dali, usando uma dieta onde entravam doses crescentes de arsênio.

A taxa de arsênio em relação a fósforo no meio de cultura foi sendo ampliada paulatinamente, com a transferência de populações de bactérias para meios cada vez mais pobres no elemento tradicional da vida e cada vez mais ricas no material tóxico, até um ponto onde qualquer bactéria que ainda estivesse produzindo DNA, ATP e outras moléculas que dependem de fósforo fosse forçada a usar arsênico no lugar - ou morrer.

Quando o microscópio revelou que havia micróbios vivos mesmo no meio de cultura mais concentrado, uma série de análises delicadas foi realizada para determinar se o arsênio estava mesmo sendo utilizado como "material de construção" pelas bactérias.

Os testes revelaram que o arsênio estava realmente dentro das células. Depois, com o uso de material radiativo baseado em arsênio, os cientistas conseguiram encontrar sinais do elemento em fragmentos de moléculas de proteína, gordura e material genético.

Aprofundando a análise, a equipe determinou a presença de arsênio no DNA purificado das bactérias. Testes com raios X de alta intensidade indicaram que o arsênco presente ali estaria cumprindo uma função química, dentro da molécula de DNA, análoga à do fósforo.

Davies, um físico que vem se especializando na questão da busca por vida extraterrestre, acredita que o micróbio GFAJ-1 é apenas "a ponta do iceberg". "Isso tem o potencial de abrir um novo domínio na microbiologia", disse ele, também por meio de nota. Felisa acrescenta: "Se uma coisa na Terra pode fazer algo tão inesperado, o que mais a vida pode fazer que não vimos ainda?"

Outros cientistas, no entanto, preferem manter cautela e esperar por mais provas de que a bactéria faz tudo o que seus descobridores alegam. Ouvido pela revista Science, o microbiólogo Robert Gunsalus, da Universidade da Califórnia, afirma que "ainda há muito a fazer antes de pôr esse micróbio no mapa da biologia".

O anúncio


Os cientistas participam de um grupo de pesquisa financiado pela agência espacial norte-americana (Nasa), que promoveu uma apresentação da descoberta na tarde desta quinta-feira (2). O pronunciamento foi feito após informações sobre a pesquisa terem chegado ao conhecimento público, gerando especulações sobre algum anúncio relacionado a vida extraterrestre.

O fósforo é um dos elementos básicos à vida, encontrado geralmente na forma inorgânica na natureza, como fosfato. Mas uma equipe integrada pelos astrobiólogos Ariel Anbar e Paul Davies publicou um artigo na revista "Science" no qual mostra a existência de uma bactéria inédita, com outra base de composição. A aposta da autora principal do artigo, a cientista Felisa Wolfe-Simon, que já fez parte de grupo de pesquisa liderado por Anbar é de este novo organismo abre margem para novas interpretações sobre os seres vivos, inclusive fora do ambiente terrestre.

O arsênio é conhecido como um elemento químico tóxico ao corpo. Todos os seres vivos são compostos com base em uma combinação de seis elementos químicos: carbono (C), hidrogênio (H), nitrogênio (N), oxigênio (O), fósforo (P) e enxofre (S). São basicamente encontradas em três componentes básicos: DNA (ácido desoxirribonucleico, que contém as informações básicas dos indivíduos vivos), proteínas e gorduras.

Embargo

A divulgação da pesquisa pela Sociedade Americana Para Progresso da Ciência (AAAS, na sigla em inglês) foi antecipada em duas horas. Inicialmente prevista para 17h desta quinta-feira, mesmo horário da coletiva da Nasa, o trabalho ganhou acesso público por meio da internet às 15h.

Jornalistas e empresas de mídia podem ter acesso antecipado a muitas notícias sobre ciência por meio de um serviço oferecido pela própria instituição, que também é responsável pela edição da Science.


Fontes: O ESTADO DE S PAULO - Agências - WIRED

Avião de papel tira fotos da Terra vista do espaço

Uma equipe de amadores britânicos lançou ao espaço um avião feito de palha e coberto com papel que tirou fotografias da Terra.

Steve Daniels e John Oates, entusiastas e editores do site de ciência e tecnologia The Register, embarcaram na iniciativa porque "estavam procurando algo divertido para fazer" e se disseram impressionados com a facilidade de realizar o projeto.

Batizado de Vulture 1 ("Urubu 1"), o planador foi colado a um balão de gás hélio, que explodiu a mais de 27 mil metros da superfície e deixou cair o protótipo de aeronave.

Na descida, que durou cerca de 90 minutos, câmeras de foto e de vídeo inseridas dentro do aparelho registraram imagens como a da curvatura da Terra.

"Estávamos procurando algo divertido para fazer e os leitores do site tiveram essa ideia de criar um avião de papel", disse John Oates, 39.

"Achávamos que a corrida espacial britânica precisava de uma revigorada", brincou.

O chamado projeto Paris (sigla em inglês para "Avião de Papel Liberado no Espaço") custou cerca de 8 mil libras (R$ 21 mil) e demorou um ano para ser aprimorado.

Para localizar o aparelho após o lançamento, os pesquisadores contaram com equipamentos de rastreamentos produzidos com ajuda da companhia de tecnologia em defesa Qinetiq.

Para manter as câmeras de foto e vídeo funcionando, os pesquisadores equiparam o avião com bolsas de água quente.

No 'cockpit', os criadores colocaram um boneco de playmobil que apelidaram carinhosamente de "playmonauta".

O planador de pouco mais de um metro de diâmetro foi lançado a cerca de 150 km de Madri, na Espanha, e pousou a pouco mais de 30 km de distância do ponto de onde saiu.

John Oates disse que temia que o avião se desviasse centenas de quilômetros e que a saga para encontrá-lo demorasse dias. Mas isso não ocorreu.

"Ele caiu em uma parte relativamente remota da Espanha, e por pouco não atingimos um reservatório de água e uma área de leões dentro de um parque de safáris. Então, tivemos sorte."

GALERIA : O ESPAÇO VISTO DE UM AVIÃO DE PAPEL









Fonte: BBC

Busca por extraterrestres deve começar por inteligência artificial, diz astrônomo

Para pesquisador de centro renomado, cientistas deveriam buscar sinais tecnológicos, e não biológicos.


O radiotelescópio de Arecibo, usado na busca por vida extraterrestre/Divulgação

Um astrônomo que trabalha em um centro de pesquisa voltado para achar vida fora da Terra disse que a comunidade que busca por extraterrestres deveria voltar suas atenções para "máquinas pensantes".

Para o astrônomo Seth Shostak, que trabalha no instituto Search for Extraterrestrial Intelligence (Seti, em inglês), na Califórnia, em vez de procurar por sinais biológicos de vida alienígena, os cientistas deveriam buscar indícios de inteligência artificial.

Alguns cientistas do Seti argumentam que em outros planetas, a vida pode ter se desenvolvido seguindo padrões químicos e biológicos completamente distintos dos encontrados na Terra.

No entanto, para outros pesquisadores, algumas leis de bioquímica seriam universais, e os extraterrestres teriam um ciclo de vida semelhante ao humano, com nascimento, procriação e morte. Para esta corrente, também haveria evolução de espécies entre os extraterrestres, exatamente como acontece com a vida na Terra.

Máquinas pensantes

No entanto, para o astrônomo Seth Shostak, em vez de procurar rastros biológicos de vida extraterrestre, os cientistas deveriam concentrar seus esforços na busca por tecnologias alienígenas. Shostak defendeu a ideia em um artigo publicado na revista Acta Astronautica.

"Se você examinar as escalas de tempo no desenvolvimento de tecnologias, em um determinado ponto se inventa o rádio e logo em seguida já se está transmitindo. A partir disso, há uma chance de você ser encontrado por alguém", disse Shostak à BBC.

"Mas cerca de cem anos depois de inventar o rádio - pelo menos se nós formos nos usar como exemplo - você inventa máquinas pensantes. Nós provavelmente faremos isso neste século."

Para John Elliott, pesquisador da universidade britânica Leeds Metropolitan University, o artigo de Shostak segue uma linha de pensamento que é cada vez mais comum entre os pesquisadores do Seti.

"Depois de procurar por sinais por 50 anos, o Seti está percebendo que a forma como a nossa tecnologia evoluiu é provavelmente um bom indicador de como outras civilizações - se elas existem lá fora - estariam progredindo", disse Elliott.

Tanto Shostak como Elliott concordam que encontrar sinais de "máquinas pensantes" pode ser mais difícil do que rastros biológicos extraterrestres, mas eles indicam que há novos caminhos a serem buscados.

Shostak afirma que a inteligência artificial teria uma tendência a se voltar para lugares com muita matéria e energia, as únicas coisas de potencial interesse aos extraterrestres no universo.

Com isso, o Seti deveria voltar seus esforços para estudar o centro das galáxias ou as proximidades de estrelas novas e muito quentes.

"Eu acho que nós poderíamos gastar pelo menos uma porcentagem do nosso tempo buscando em novas direções, que talvez não sejam as mais atraentes em termos biológicos, mas onde talvez algumas máquinas pensantes estejam presentes", escreve Shostak.


Fontes: O ESTADO DE S PAULO - BBC

Voluntários do voo simulado para Marte completam 1 mês em isolamento

Os participantes do projeto Mars 500 se comunicam com o mundo exterior via e-mail

Seis voluntários envolvidos numa simulação de voo a Marte, que durará 520 dias, sentem saudades de casa um mês depois que o projeto começou, mas não têm intenção de abandoná-lo, informou o Instituto de Problemas Biomédicos (IPBM) da Academia de Ciências da Rússia.

"Passou o primeiro mês de voo. Os membros da tripulação se sentem bem, mantêm sua forma física, continuam acondicionados em seus camarotes e fazem experimentos científicos", destacou um porta-voz do IPBM, em cujas instalações se realiza a simulação.

Os participantes do projeto Mars 500 se comunicam com o mundo exterior via e-mail, especialmente com seus familiares.

Segundo o porta-voz do instituto, os "marsonautas" estão muito bem e passam o tempo livre juntos.

Os Marsonautas/Foto: Divulgação

"Naturalmente, como todo o mundo, sentem saudades de sua família e amigos, mas desde o princípio sabiam do que se tratava e estão preparados para o experimento", declarou a fonte à agência Interfax.

Este mês os seis voluntários têm mais motivos para passar tempo juntos, já que três deles fazem aniversário.

No dia 12 de julho o francês Romain Charles completa 32 anos; dois dias depois é a vez do russo Sujrob Kamólov fazer 38 e no dia 25 o chinês Wang Yue comemora seu 28º aniversário.

Os outros três integrantes da tripulação são os russos Alexei Sítev e Aleksandr Smolenski e o ítalo-colombiano Diego Urbina.

O experimento, que começou no dia 3 de junho, servirá para estudar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos membros de uma tripulação durante um voo interplanetário.

Seus participantes compartilharão durante pouco menos de um ano e cinco meses aproximadamente os 550 metros cúbicos que somam os quatro módulos cilíndricos que formam o simulador.

Eles permanecerão isolados do mundo exatamente o tempo que leva o voo de ida e volta a Marte, 490 dias, mais outros 30 de estadia simulada no planeta vizinho.

Na fase "marciana" do experimento se empregará um simulador da superfície do planeta vermelho, de 1,2 mil metros cúbicos, que os participantes visitarão usando trajes especiais.

A Agência Espacial Europeia (ESA) e a russa Roscosmos lançaram este ambicioso projeto em 2004, ao que a China se uniu posteriormente e no qual também colaboram outros países.

Em novembro de 2007 foi realizado o primeiro experimento preparatório no qual seis voluntários russos permaneceram isolados do exterior durante duas semanas, enquanto em julho do ano passado aconteceu uma simulação de voo ao planeta vermelho de 105 dias.

Segundo as normas do experimento, qualquer participante que desejar poderá abandonar seu isolamento voluntário sem a necessidade de explicar os motivos.

Se isto ocorrer, o "marsonauta" será considerado falecido durante o voo.


Fontes: O ESTADO DE S PAULO - Efe

Nasa descobre possibilidade de vida em lua de Saturno

Pesquisadores basearam-se em estudos da missão que estuda o planeta. Organismos vivos poderiam estar se alimentando de hidrogênio e acetileno.


Baseados em dois estudos da missão Cassini, que pesquisa a órbita de Saturno, cientistas da Nasa acreditam ter descoberto evidências de que espécies primitivas de seres vivos poderiam estar morando em uma das luas do planeta. Isso porque a missão analisou a composição química na superfície de Titan, a única lua de Saturno com uma atmosfera densa, segundo especialistas.

A conclusão partiu do questionamento sobre a variação na quantidade de hidrogênio e acetileno em Titan, que poderiam estar sendo consumidos por organismos vivos. Um dos estudos mostrou que moléculas de hidrogênio da atmosfera da lua estavam sumindo quando chegavam à superfície.


Outra pesquisa mapeou os focos de hidrocarbonetos na região e descobriu "buracos" na quantidade de acetileno. Segundo os cientistas, as substâncias serviriam de alimento.

De acordo com os pesquisadores, se a hipótese for confirmada, ela representaria uma segunda forma de vida no universo, independente da ingestão de água, como é na Terra. A partir de análises de lagos observados na lua de Saturno, os cientistas concluíram que pelo menos um deles contém hidrocarboneto na forma líquida. O resultado tornaria Titan o único local no sistema solar, além da Terra, a ter líquido em sua superfície, dizem os pesquisadores.

Fonte: G1 - Imagens: NASA

Voluntários começam simulação de viagem a Marte de 520 dias

Em novembro de 2007, foi realizado um primeiro experimento preparatório

Seis voluntários começaram hoje uma simulação de voo a Marte que os manterá isolados do mundo durante 520 dias e que servirá para estudar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos membros de uma tripulação durante um voo interplanetário.


"Comecem o experimento", ordenou Igor Ushakov, diretor do Instituto de Problemas Biomédicos (IPBM) da Academia de Ciências da Rússia, em cujo recinto se encontra o simulador de nave espacial.

Suas palavras foram respondidas com uma entusiasmada resposta "às ordens", pronunciada pelo comandante dos "viajantes interplanetários", o russo Alexey Sitev. Em seguida, os seis voluntários entraram no simulador, cujas portas foram fechadas.

Junto com Sitev, participam do experimento Marte-500 os também russos Sukhrob Kamolov e Alexandr Smoleevskiy, o ítalo-colombiano Diego Urbina, o francês Romain Charles e o chinês Wang Yue.

Todos eles compartilharão durante um ano e pouco mais de cinco meses os 550 metros cúbicos que somam os quatro módulos cilíndricos, que constituem o simulador.

Eles permanecerão isolados do mundo exatamente durante o tempo que leva o voo de ida e volta a Marte, 490 dias, mais outros 30 de permanência simulada no planeta vizinho.

Na fase "marciana" do experimento, será usado um simulador da superfície do planeta vermelho, de 1.200 metros cúbicos, ao qual sairão devidamente vestidos os participantes do experimento.

A Agência Espacial Europeia (ESA) e a russa Roscosmos lançaram em 2004 este ambicioso projeto, ao qual se uniu posteriormente a China e no qual também colaboram outros países, como os Estados Unidos.

Em novembro de 2007, foi realizado um primeiro experimento preparatório no qual seis voluntários russos permaneceram isolados do exterior durante duas semanas, enquanto em julho do ano passado aconteceu um simulação de voo ao planeta vermelho de 105 dias.

Fontes: FOLHA - Efe

Projeto inovador lança balão de grande altitude nos céus do Alentejo, em Portugal

Através do projeto Spacebits e após sete meses de trabalho, o balão foi lançado perto de Castro Verde


Num projeto inovador, quatro "obcecados por desafios" lançaram neste domingo nos céus do Alentejo um balão de grande altitude, que subiu 30 quilômetros até ao limite da estratosfera, captando medidas científicas e imagens, numa viagem transmitida na Internet.

Através do projeto Spacebits e após sete meses de trabalho, o balão foi lançado perto de Castro Verde (Beja), por três colaboradores do portal Sapo e um professor universitário.

O balão meteorológico de látex, que foi enchido com cinco mil litros de hélio, subiu "30 quilômetros até ao limite da estratosfera, quase mesosfera, onde já se vê a curvatura da terra, o azul do planeta e o preto do espaço", explicou um dos membros da equipa, Celso Martinho.

Acoplada ao balão seguiu uma sonda com um computador de bordo com vários sensores, que recolheram medidas, como pressão atmosférica, qualidade do ar, temperatura, humidade e coordenadas geográficas, e duas câmaras, que captaram vídeos e fotografias.

Os resultados foram enviados para o site do projeto, em http://spacebits.eu, onde os interessados puderam acompanhar toda a viagem, que durou três horas e meia.

Quando atingiu os 30 quilômetros de altitude, o balão, tal como previsto e devido às diferenças de pressão, inchou e estourou.

A sonda, amparada por um páraquedas, caiu na terra, numa zona da serra de Ourique, a 30 quilómetros do local do lançamento, onde foi recuperada.


"A viagem foi um sucesso. Correu tudo bem. Todos os objetivos foram alcançados e a sonda captou vídeos e imagens "fantásticas", que vão ser disponibilizados no site", disse Celso Martinho, diretor técnico do Sapo.

"Inspirada" por projetos recentes de balonismo amador, a equipe, através do Spacebits, quis "provar que quatro pessoas conseguiriam lançar um balão de grande altitude com poucos recursos financeiros", explicou.

Há vários anos que instituições científicas lançam balões de grande altitude, mas só recentemente, graças ao advento de aparelhos eletrónicos baratos, "tem sido possível a qualquer pessoa com conhecimentos científicos e poucos recursos construir e lançar um balão", explicou.

Nos últimos meses, vários balões pessoais de grande altitude foram lançados na Europa e Estados Unidos da América, mas o lançamento de hoje foi "inovador", já que foi concebido por "apenas quatro pessoas com poucos recursos financeiros" (menos de mil euros) e pôde ser acompanhado em tempo real na Internet, frisou.


"Isto nunca foi feito", realçou, referindo que até o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, que acompanha estes projetos, "desejou boa sorte" aos membros da equipe, o que os deixou "cheios de orgulho".

A "principal motivação" da equipe foi "construir e lançar o balão para provar que podia fazê-lo", disse, explicando que o projecto serviu de "teste" para "algo ainda mais inovador e único".

Os promotores querem juntar equipes de escolas e instituições interessadas em ciência para "lançar vários balões em conjunto" com o objectivo de bater um recorde e entrar no Guiness.

Além de Celso Martinho, a equipa do Spacebits é constituída por Filipe Varela, Filipe Valpereiro e Fernando Afonso, que se conheceram e decidiram avançar com o projeto no Codebits 2009, o evento anual de programação informática criativa do Sapo.


Fonte: Angola Press, via Notícias Sobre Aviação

Islândia pode enfrentar décadas de vulcanismo violento, dizem cientistas

As viagens aéreas na região do Atlântico Norte podem ficar um bocado mais complicadas nos próximos anos.

Espaço aéreo de vários países foi fechado por causa da fumaça. Islândia,14/04/2010. Foto: Arni Saeberg/Icelandic Coast/AP

Vulcanólogos afirmam que os "fogos de artifício" no vulcão islandês Eyjafjallajökull, na Islândia, responsáveis pelo adiamento de todos os voos comerciais no norte da Europa nos últimos dias, podem acabar virando uma visão familiar.

O aumento dos tremores sob a Islândia ao longo da década passada sugere que a área está entrando numa fase mais ativa, com mais erupções e potencial para algumas explosões das grandes.

"A atividade vulcânica na Islândia parece seguir uma periodicidade que fica entre 50 anos e 80 anos. O aumento na atividade nos últimos dez anos sugere que estamos chegando a uma fase mais ativa, com mais erupções", diz Thorvaldur Thordarson, especialista em vulcôes islandeses da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido. Em comparação, a segunda metade do século 20 foi bem mais tranquila que a média.

Junto com o aumento do vulcanismo, há registros de atividade sísmica elevada perto da Islândia, incluindo o terremoto de magnitude 6.1 que chacoalhou Reykjavík, capital do país, em maio de 2008.

Em 1998, Gudrún Larsen, da Universidade da Islândia em Reykjavík, usou 800 anos de dados de camadas de lava, testemunhos de gelo (grandes cilindros retirados de camadas de gelo) e registros históricos para mostrar que o vulcanismo islandês passa por períodos de alta e baixa atividade. Os picos desses ciclos parecem estar ligados a surtos de terremotos, que liberam a tensão acumulada de falhas tectônicas perto da Islândia, causada pela expansão do oceano Atlântico.

Além disso, a periodicidade pode estar ligada a pulsos de magma que partem do manto terrestre, bem como a flutuações da superfície causadas pelo derretimento de geleiras e atividade geotérmica.

Vulcões

Larsen e seus colegas mostraram que a camada de gelo da região de Vatnajökull -- que inclui dois vulcões altamente ativos, o Grímsvötn e o Bárdarbunga -- experimentou seis e 11 erupções a cada 40 anos durante fases de alta atividade, contra não mais de três erupções por período de 40 anos durante as fases de baixa atividade. Outras regiões da Islândia parecem seguir esse padrão.

Além de se tornarem mais frequentes, as erupções parecem ficar mais intensas durante as fases de atividade elevada. Algumas das erupções mais devastadoras da história islandesa -- como a do vulcão Laki em 1783, que matou mais de metade do gado da Islândia e levou a uma fome que exterminou um quarto da população humana -- ocorreram nesses momentos.

A julgar pela atividade vulcânica e sísmica recente, Thordarson e seus colegas acreditam que a Islândia está entrando numa dessas fases ativas, e estimam que ela vai durar uns 60 anos, com seu máximo entre 2030 e 2040.

Fontes: FOLHA/New Scientist

Nasa anuncia uso de aviões não tripulados para investigar meio ambiente

A Nasa, agência espacial dos EUA, anunciou a utilização de três aviões não tripulados da Força Aérea Americana (USAF) para o monitoramento de dados ambientais como o nível de ozônio e gás carbônico, mapeamento de nuvens, além de coleta de dados meteorológicos. Leia AQUI

NASA’s Kepler Space Telescope Discovers its First Five Exoplanets

NASA's Kepler space telescope, designed to find Earth-size planets in the habitable zone of sun-like stars, has discovered its first five new exoplanets, or planets beyond our solar system.

This artist's concept shows a cloudy Jupiter-like planet that orbits very close to its fiery hot star.This artist's concept shows a cloudy Jupiter-like planet that orbits very close to its fiery hot star./NASA/JPL-Caltech/T. Pyle (SSC)

Kepler's high sensitivity to both small and large planets enabled the discovery of the exoplanets, named Kepler 4b, 5b, 6b, 7b and 8b. The discoveries were announced Monday, Jan. 4, by the members of the Kepler science team during a news briefing at the American Astronomical Society meeting in Washington.

"These observations contribute to our understanding of how planetary systems form and evolve from the gas and dust disks that give rise to both the stars and their planets," said William Borucki of NASA's Ames Research Center in Moffett Field, Calif. Borucki is the mission's science principal investigator. "The discoveries also show that our science instrument is working well. Indications are that Kepler will meet all its science goals."

Known as "hot Jupiters" because of their high masses and extreme temperatures, the new exoplanets range in size from similar to Neptune to larger than Jupiter. They have orbits ranging from 3.3 to 4.9 days. Estimated temperatures of the planets range from 2,200 to 3,000 degrees Fahrenheit, hotter than molten lava and much too hot for life as we know it. All five of the exoplanets orbit stars hotter and larger than Earth's sun.

"It's gratifying to see the first Kepler discoveries rolling off the assembly line," said Jon Morse, director of the Astrophysics Division at NASA Headquarters in Washington. "We expected Jupiter-size planets in short orbits to be the first planets Kepler could detect. It's only a matter of time before more Kepler observations lead to smaller planets with longer period orbits, coming closer and closer to the discovery of the first Earth analog."

Launched on March 6, 2009, from Cape Canaveral Air Force Station in Florida, the Kepler mission continuously and simultaneously observes more than 150,000 stars. Kepler's science instrument, or photometer, already has measured hundreds of possible planet signatures that are being analyzed.

While many of these signatures are likely to be something other than a planet, such as small stars orbiting larger stars, ground-based observatories have confirmed the existence of the five exoplanets. The discoveries are based on approximately six weeks' worth of data collected since science operations began on May 12, 2009.

Kepler looks for the signatures of planets by measuring dips in the brightness of stars. When planets cross in front of, or transit, their stars as seen from Earth, they periodically block the starlight. The size of the planet can be derived from the size of the dip. The temperature can be estimated from the characteristics of the star it orbits and the planet's orbital period.

Kepler will continue science operations until at least November 2012. It will search for planets as small as Earth, including those that orbit stars in a warm habitable zone where liquid water could exist on the surface of the planet. Since transits of planets in the habitable zone of solar-like stars occur about once a year and require three transits for verification, it is expected to take at least three years to locate and verify an Earth-size planet.

According to Borucki, Kepler's continuous and long-duration search should greatly improve scientists' ability to determine the distributions of planet size and orbital period in the future. "Today's discoveries are a significant contribution to that goal," Borucki said. "The Kepler observations will tell us whether there are many stars with planets that could harbor life, or whether we might be alone in our galaxy."

Kepler is NASA's 10th Discovery mission. Ames is responsible for the ground system development, mission operations and science data analysis. NASA's Jet Propulsion Laboratory in Pasadena, Calif., managed the Kepler mission development. Ball Aerospace & Technologies Corp. of Boulder, Colo., was responsible for developing the Kepler flight system. Ball and the Laboratory for Atmospheric and Space Physics at the University of Colorado in Boulder are supporting mission operations.

Ground observations necessary to confirm the discoveries were conducted with ground-based telescopes the Keck I in Hawaii; Hobby-Ebberly and Harlan J. Smith 2.7m in Texas; Hale and Shane in California; WIYN, MMT and Tillinghast in Arizona; and Nordic Optical in the Canary Islands, Spain.

Source: NASA

The North Pole is moving!


National Geographic

According to National Geographic, a new research study shows that the magnetic North Pole is changing positions at a surprisingly quick pace, sliding towards Russia at a speed of about 40 miles per year. Traditionally, the Pole has been located in Northern Canada, but these rapid shifts are causing it to jump dramatically.

Scientists believe that changes deep within the Earth's molten core are to blame for the shift, although it is difficult to measure and track those changes. Researchers have detected a disturbance on the surface of the core that is creating a "magnetic plume" which is responsible for the change in the Pole's location, but how that plume was created remains a mystery.

The shifting of the magnetic pole is not quite as problematic as it once would have been. For centuries the North Pole has been used for navigational purposes, but for the most part, standard compasses have been replaced with sophisticated GPS tracking systems. Still, many explorers, mountaineers, backpackers, and the like still prefer using a compass over an electronic device. As the pole shifts position, they'll need to learn to take into account its new location when plotting their course.

At this point, scientists are unsure exactly how far the pole will move or if it will become a permanent shift in location. The mysterious plume could dissipate and cause the pole to return to its original position, not far from Canada's Ellesmere Island, or it could continue to move for years to come.


Source: Gladding

Nasa diz ter localizado evidências de quantidade 'importante' de água na Lua

Agência espacial divulgou hoje resultados de experiência com sonda. LCROSS promoveu choque duplo em cratera no polo sul lunar.

Os resultados do impacto que a Nasa (agência espacial norte-americana) realizou com uma sonda na Lua confirmaram quantidade significativa de água no satélite da Terra, divulgou a agência nesta sexta-feira (13).

A água representa um potencial recurso para sustentar uma futura exploração lunar.


Ampliação da imagem da pluma de material impelida pelo impacto na Lua. Divulgação/Nasa

Dados preliminares do LCross (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite) indicam que a missão descobriu água com sucesso durante os impactos realizados em 9 de outubro, na região permanentemente coberta de sombras de Cabeus, próxima ao polo sul da Lua.


"Estamos extasiados", disse Anthony Colaprete, cientista do LCross e principal pesquisador do Centro de Pesquisa em Moffet Field, da Nasa.

"Múltiplas linhas de evidência" mostram que a água estava presente nas duas partes do material expelido pela cratera Cabeus, o que torna "seguro dizer que ela possui água", completa ele.

O grupo de pesquisa utilizou conhecidas "assinaturas" espectrais infravermelhas da água e de outros materiais e as comparou com o espectro próximo ao infravermelho coletado pela LCross para a verificação.

Cientistas especularam por muito tempo sobre a fonte de vastas quantidades de hidrogênio que foram observados nos polos lunares. As descobertas da LCross mostram que a água na Lua deve ser em maior quantidade e mais distribuída pelo astro do que suspeitado previamente.


Concepção artística mostra o foguete do estágio superior Centauro, da LCross, separando-se para atingir a cratera Cabeus da Lua/NASA

O impacto criado pelo estágio superior do foguete Centauro do LCross criou um volume de material em duas partes a partir da base da cratera, diz a Nasa. A primeira parte era composta de vapor e poeira fina e a segunda, de materiais mais pesados.

Chaves

"Estamos revelando os mistérios de nosso vizinho mais próximo e por extensão do Sistema Solar", disse Michael Wargo, cientista-chefe lunar na sede da Nasa em Washington.

As áreas permanentemente sombreadas "guardam uma chave" para a história e evolução do Sistema Solar", diz o comunicado da Nasa.

A agência espacial também diz que, desde que ocorreram os impactos, a equipe de cientistas da LCross "trabalhou sem parar" para analisar a gigantesca quantidade de dados que a nave coletou.

A equipe se concentrou em dados dos espectrômetros do satélite, que fornecem a mais definitiva informação sobre a presença de água. Um espectrômetro examina luz emitida ou absorvida pelos materiais, o que ajuda a identificar a composição deles.


Água é um composto que representa potencial recurso para sustentar uma futura exploração lunar

Fonte: FOLHA

Sonda da Nasa vai dar rasante em Mercúrio nesta terça-feira

Messenger foi lançada em 2004; sobrevoo será às 18h55. Meta é captar imagens e manobrar para entrar em órbita.



Nesta terça-feira, a sonda Messenger, da Nasa, faz seu terceiro e último sobrevoo de Mercúrio – a 161 mil km por hora. O horário previsto do rasante, de 228 quilômetros, é 18h55 (hora de Brasília). O objetivo será registrar imagens do planeta mais próximo do Sol. A manobra também é necessária para entrar na órbita do planeta, em março de 2011, quando a missão vai completar 6 anos e 7 meses. A jornada de 7,9 bilhões de quilômetros rumo a Mercúrio envolve 15 voltas ao redor do Sol. Para proteger seus instrumentos, a sonda é equipada com um escudo “guarda-sol”, com 2,5 por 2 metros, de material cerâmico resistente ao calor.

Corredores gravitacionais podem baratear viagens espaciais

'Tubos' de baixa energia conectam planetas e outros astros, permitindo às naves 'surfar' no espaço.

Site de Shane Ross


Corredores ligam planetas, luas e outros astros

Corredores formados pelas forças gravitacionais entre planetas e outros astros podem baratear o custo de viagens espaciais, afirmou o físico Shane Ross, da Universidade Virginia Tech, dos Estados Unidos, durante o Festival de Ciências Britânico.

Segundo Ross, os corredores gravitacionais funcionam como "correntes marinhas", pemitindo às naves espaciais "surfar" pelo espaço gastando pouco ou nenhum combustível.

Cientistas americanos agora tentam mapear esses corredores no espaço. De acordo com Ross, esta técnica poderia ser particularmente útil para explorar luas em órbita em torno de planetas.

Os chamados tubos gravitacionais conectam os Pontos de Lagrange - pontos específicos em que forças gravitacionais e órbitas de astros se contrabalançam no espaço.

"Basicamente, a ideia é de que há caminhos com baixo nível de energia ligando planetas e luas, o que iria diminuir drasticamente a necessidade de combustível", disse Ross.

"Seriam caminhos de 'queda livre' no espaço, em torno e entre corpos gravitacionais. Em vez de simplesmente cair, como na Terra, você cai por esses 'tubos'. Cada um deles começa estreito e pequeno e, a medida que se afasta, se amplia e, às vezes, se divide."

"Gosto de pensar que eles são semelhantes a correntes marinhas, mas são correntes gravitacionais", afirmou Ross.

Segundo o físico, viajar nos tubos gravitacionais é diferente de explorar o efeito "estilingue"da gravidade de um planeta ou uma lua, uma técnica rotineira nas viagens espaciais.

"O efeito estilingue não o coloca na órbita de uma lua", diz ele, "esta técnica sim".

De acordo com Ross, apenas uma missão espacial americana explorou esta técnica. A nave Gênesis foi lançada em 2004 para capturar partículas de vento solar e trazê-las de volta à Terra.

O uso dos corredores gravitacionais permitiu que a nave carregasse dez vezes menos combustível. A missão acabou fracassando porque o paraquedas não abriu na hora do pouso.

Os corredores gravitacionais são especialmente úteis nas viagens entre luas de um planeta, disse o físico.

"Uma vez que você chega a outro planeta que tem seus próprios 'tubos', você pode usá-los para explorar suas luas", afirmou Ross. "Você poderia viajar entre as luas de Júpiter essencialmente de graça. Tudo o que você precisaria seria um pouco de combustível para corrigir a rota."

Mas segundo ele, o baixo custo também implica em maior demora, e uma viagem entre um sistema de luas poderia levar meses.

O físico também ressaltou que sempre será necessário o uso de combustível nas viagens espaciais, e que tentar chegar da Terra a Marte por um desses corredores levaria milhares de anos.


Fontes: G1 - Agências

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