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Empresas brasileiras disputam mercado de mísseis

Avibrás e Mectron entram na briga pela revitalização do míssil Exocet, com uma demanda global estimada em cerca de US$ 500 milhões 

As empresas Avibrás Aeroespacial e Mectron, produtoras nacionais de mísseis, vão disputar um mercado internacional avaliado em meio bilhão de dólares, representado pela demanda de revitalização do míssil Exocet MM-40, de emprego naval contra navios.

A capacidade das empresas foi provada em 18 de abril, quando a Marinha testou em alto-mar, com sucesso, a arma modernizada. O investimento da Força no programa é de US$ 75 milhões.

O presidente da Avibrás, Sami Youssef Hassuani, estima que haja "centenas de mísseis, prontos para ganhar nova vitalidade" em praças da América do Sul, Ásia, África e Oriente Médio e Ásia.

O fabricante original, a corporação europeia MBDA, com sede na França, estima em cerca de 900 o número de Exocets do tipo MM-40 (superfície-superfície) vendidos para 15 países, 13 dos quais já revelaram a intenção de prolongar a vida operacional do equipamento em estoque.

O procedimento cobre a instalação de um novo motor, de combustível sólido, uma revisão integral da fuselagem, partes móveis e da carga eletrônica. O procedimento custa US$ 1 milhão. O míssil novo, na versão Block 3 oferecida pela MBDA, pode sair por até US$ 6 milhões.




Exocet/Br

A revitalização abre o caminho para novos negócios. Segundo o comandante da Marinha, almirante Júlio Moura Neto, quatro empresas do setor - Atech, Omnisys, Avibrás e Mectron - realizam atualmente a pesquisa e desenvolvimento do ManSup, o míssil antinavio de superfície brasileiro.

O desempenho deverá ser equivalente, talvez, ao dos Exocet MM-40 Block 3, com alcance na faixa dos 180 quilômetros (a configuração modernizada chega a 70 km) e guiagem digital. O primeiro voo do protótipo está previsto para 2017. As entregas, entre 2018 e 2019. A Marinha destinou, em dezembro, US$ 50 milhões ao projeto.

Para o ministro da Defesa, Celso Amorim, o ManSup deve atender necessidades da Esquadra, "e também permitir que a indústria nacional seja competitiva nas disputas pelo mercado internacional". Empresários do setor trabalham com a projeção de demanda, na virada da década, de 3,5 mil mísseis com as características do modelo brasileiro, "que terá custo e qualidade atraentes", segundo Hassuani.

A curto prazo, todavia, o executivo prevê amplas possibilidades de cooperação tecnológica e comercial com o parceiro europeu. A meta pode ser o plano de desenvolvimento de um míssil antiaéreo capaz de atingir aviões invasores na distância de 30 km a 40 km, e altitude de 15 mil metros.

O governo precisa do material pronto para garantir os grandes eventos, como a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, dois anos depois.

A MBDA, resultado da associação de empresas da França, Alemanha, Reino Unido e Itália, opera também nos EUA, e acumula uma carteira de pedidos, encomendas e contratos de 10,5 bilhões. É fornecedora regular das forças armadas de 90 países. Patrick de La Revelière, vice-presidente de Vendas e Exportações do grupo, assistiu ao teste de abril. Semana passada, no Rio, disse que "o ensaio bem-sucedido" reforça a "parceria estratégica" entre os grupos.

A prova foi conduzida a partir da corveta Barroso, recebida pela Marinha em 2008. A plena carga, o navio desloca 2.350 toneladas, mede 103 metros de comprimento, com boca de 11,5 metros. Leva 160 militares. O sistema de armas tem dois disparadores de torpedos de 324 mm, dois canhões e uma plataforma para lançamento de mísseis. No dia 18, o clima ajudou. Fazia sol, o céu estava sem nuvens e o Exocet voou exatamente como o previsto. Cobriu perto de 70 km no tempo, atitude e altitude programadas.

A bordo, ao invés dos 165 quilos de alto explosivo, levava sensores criados pela Mectron, associada da Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) para apurar informações telemétricas, captadas, também, por duas fragatas e três helicópteros da Marinha.

Fontes: O ESTADO DE S PAULO - Marinha do Brasil

Tráfico usa 'aviões clonados' para cruzar fronteira do Brasil com drogas

Aviões ilegais de Bolívia e Paraguai trazem até 500 quilos de cocaína. Em 2010, 70% da droga apreendida em MT chegou de avião.

Monomotor paraguaio apreendido em Lucélia com mais de 400 quilos de droga usava prefixo clonado (Foto: Reprodução)

Criminosos passaram a utilizar aviões clonados para trazer drogas ao Brasil, segundo integrantes da Polícia Federal e das Forças Armadas.

O número de apreensões e o material interceptado em investigações mostram uma opção preferencial dos traficantes pelo transporte aéreo.

Apenas em Mato Grosso, 70% da cocaína apreendida no ano passado veio da Bolívia pelo ar, com o uso de aeronaves ilegais ou em voos irregulares, segundo a PF.

O aumento das apreensões em rodovias é uma das possíveis explicações para a busca de formas de driblar a lei. Só em 2010, a PF apreendeu em todo o país mais de 27 toneladas de pasta base de cocaína - três a mais do que no ano anterior. Outras cinco toneladas foram apreendidas pela Polícia Rodoviária Federal. Já em São Paulo, a Polícia Rodoviária Estadual impediu que 18 toneladas fossem para as ruas. Quinze toneladas eram de maconha, droga mais barata do que a cocaína e cuja perda, para os traficantes, não compensa o transporte por aviões.

Desde 2009, registros da FAB e da PF apontam ao menos seis casos de clonagem de prefixos de aeronaves brasileiras. Os casos ocorreram em Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nas ocasiões, aeronaves paraguaias ou bolivianas copiaram prefixos brasileiros. No mesmo período, ao menos oito aeronaves ilegais com drogas foram interceptadas pela FAB e obrigadas a pousar, mas nenhuma foi abatida.

“Apreendemos aeronaves bolivianas que ingressaram no espaço aéreo brasileiro com prefixo adulterado coberto por fita adesiva ou panos colados por cima do prefixo verdadeiro, tentando simular que se tratava de um avião autorizado a operar legalmente no Brasil”, afirma o delegado João Geraldo de Almeida, responsável pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) em Minas.

“Eles clonam o prefixo de uma aeronave que tenha o mesmo modelo, mas a cor da original muitas vezes é diferente, mas isso nem sempre é checado quando a aeronave é avistada”, diz.

Uma aeronave paraguaia com prefixo adulterado foi apreendida em março deste ano em Lucélia, no interior de São Paulo: um Cesna que levava 471 quilos de droga - 180 kg de pasta base de cocaína e mais 291 kg de maconha.

Na ocasião, cinco pessoas foram presas. Entre elas, quatro colombianos que esperavam em terra com dois carros e foram abordados pela PF quando descarregavam a droga do avião. Um pano, com letras pintadas PT-CBY, estava colado sobre o verdadeiro prefixo da aeronave, de origem paraguaia e com registro irregular.

Em outro caso, o improviso dos traficantes denunciou a falta de conhecimento das regras da aviação brasileira: um monomotor paraguaio que tentou clonar um prefixo do Brasil, mas o arremedo foi mal feito. Em vez de cinco letras, como é o padrão brasileiro, os criminosos colocaram seis.

Traficantes clonaram prefixo de aeronave para trazer droga da Bolívia, mas clonagem foi errada: ao invés de 5 letras, o padrão no país, foram usadas 6 letras (Foto: PF/Divulgação)

O avião, com o prefixo inexistente PT-BGLR, inventado pelos criminosos, foi interceptado e forçado a pousar por caças da FAB e apreendido pela PF de Mato Grosso em 22 agosto de 2009 em uma região ao sul de Cuiabá.

Balanço e interceptações

Há duas semanas o G1 entra em contato com a Coordenação-Geral de Polícia de Prevenção e Repressão de Entorpecentes da PF (Cgpre) solicitando informações sobre o número de aeronaves apreendidas por envolvimento com o tráfico e como a corporação age nestes casos, mas a assessoria a PF disse que não poderia atender o pedido.

Vídeos e interceptações telefônicas realizadas pela PF em toda a faixa de fronteira, desde Paraná até Rondônia, obtidos com exclusividade pelo G1, confirmam o avanço recente do uso de monomotores e bimotores para o transporte de entorpecentes do Paraguai e da Bolívia com destino ao Sudeste e ao Centro-Oeste do Brasil.

Em uma gravação realizada com autorização judicial, um traficante destaca a importância que o avião – chamado por eles nos telefonemas de “bichos” - tem para garantir o lucro e tentar impedir a apreensão. No telefonema, ele propõe a troca de um monomotor por cerca de 60 quilos de cocaína pura. As aeronaves usadas pelo tráfico valem cerca de R$ 500 mil.

Delegados da PF e militares da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Exército que atuam em cinco estados ouvidos pelo G1 apontam que, com o aumento das operações conjuntas para monitorar o ingresso de aeronaves ilegais pela fronteira, as quadrilhas passaram a utilizar novas técnicas, como o uso de pistas de pouso legais dentro de fazendas, o aluguel ou furto de aviões em aeroclubes e uso de batedores em terra e no ar.

Outra estratégia é a camuflagem da droga na estrutura do monomotor, só descoberta após inspeção cuidadosa em terra.

Embora não sejam dados exclusivamente relativos ao tráfico, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informa que dobrou o número de aviões acautelados no país por envolvimento com crimes: eram 28 em 2009 e saltaram para 50 em 2010. O balanço não considera os que são rapidamente cedidos para instituições públicas, leiloados ou destruídos pela polícia após apreensão.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que reprime a clonagem de prefixos através do programa Decolagem Certa, no qual a torre de controle checa dados e licenças do piloto da aeronave. Também há uma parceria com a PF que permite, desde o início de 2011, que delegados tenham acesso ao banco de dados da Anac para verificar irregularidades. A FAB informou que atua junto com a PF em operações na fronteira (veja reportagem sobre como é a repressão ao tráfico com aeronaves).

Como funciona o esquema

 Aeronave boliviana caiu em março com mais de 580 quilos de cocaína pura na Serra Amolar, fronteira de MT com a Bolívia (Foto: PF/Divulgação)

O estado de Mato Grosso concentra 25% do total da cocaína que é apreendida no país, segundo o delegado da PF Éder Rosa. Foram 4,5 toneladas em 2010. A maioria entrou no país por aviões.

“As aeronaves decolam na região produtora de coca em Chapare, na Bolívia, e ingressam cerca de 50 quilômetros para dentro do Brasil, em baixa altitude, aproveitando-se das dificuldades de fiscalização do espaço aéreo. Pousam no meio de canaviais, pistas de terra clandestinas ou até mesmo regulares, sob propriedade de fazendeiros e empresários do estado, que atuam no financiamento e na lavagem dos lucros do narcotráfico”, afirma Rosa.

Um piloto brasileiro exige em média R$ 1 mil por cada quilo de cocaína transportado. Já os pilotos bolivianos e paraguaios cobram mais barato. De acordo com o custo do profissional e sua habilidade, as quadrilhas avaliam quanta droga transportar, o que normalmente varia entre 250 e 500 quilos. A pasta base de cocaína passa por um processo químico e pode render até dez vezes a sua quantidade, segundo a PF.

Outra prática utilizada para levar a droga ao interior dos estados, sem riscos de ser apreendida por terra, é chamada de "arremesso", quando os aviões voam a baixa altitude jogando fardos de até 30 quilos de droga enrolados em sacos resistentes. “A droga é jogada em pontos determinados, para o pessoal em terra pegar. É uma tática para evitar a apreensão de grandes quantidades de cocaína caso a distribuição seja por terra”, acrescenta o delegado.

Avião apreendido com prefixo clonado no Centro-Oeste trazia drogas da região de Chaparre
(Foto: PF/Divulgação)

Devido ao aumento das apreensões de droga em terra, a tática do arremesso também passou a ser empregada em Goiás, em Mato Grosso do Sul e no interior de São Paulo, principalmente na regiões de Ribeirão Preto, Araraquara e São José do Rio Preto, que é conhecida pela polícia como “Rota Caipira”.

A PF em Ribeirão Preto apreendeu no ano passado mais de 1.240 quilos de pasta base. O total é maior do que delegacias de fronteira próximas a centros produtores na Bolívia e Paraguai, segundo a PF. Nestes números estão contabilizados a apreensão da droga no avião abordado em Lucélia.

Na maioria dos casos as aeronaves entram e saem do país em menos de 40 minutos. “Tivemos várias apreensões de aeronaves com drogas no Triângulo Mineiro. Os aviões normalmente decolam fora do Brasil, pousam na fronteira para reabastecer e esperam o momento certo para decolar rumo ao centro de Minas Gerais”, afirma o delegado João Geraldo de Almeida.

FAB diz que tráfico faz voo em baixa altitude para burlar radar na fronteira

Para coibir o ingresso de aviões com drogas pela fronteira, o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), da Aeronáutica, e a Polícia Federal têm uma parceria que agiliza o monitoramento, interceptação e apreensão de aeronaves suspeitas. Radares fixos e o avião-radar E-99 monitoram o espaço aéreo fazendo com que aviões irregulares, sem planos de voo ou com documentação vencida, sejam seguidos e obrigados a pousar por caças da FAB.

Há locais na fronteira em que os aviões conseguem ingressar em território nacional sem serem vistos, desde que estejam em baixa altitude ou voando a até 200 metros de altura, passando próximo a árvores ou morros, conseguindo assim burlar os radares, segundo a Aeronáutica. Voar nesta altitude, em algumas situações, é proibido pela legislação brasileira. Logo adiante, os radares ou o avião-radar conseguem identificar a aeronave, diz a FAB.

Sempre que um avião ilegal é identificado, caças decolam e o interceptam, posicionando muito próximo e fazendo contato com o piloto para obter informações, como prefixo e seu destino. Isso ocorre diariamente. O piloto da aeronave suspeita é interrogado por rádio em uma frequência internacional de emergência.

Caso o piloto do avião suspeito não responda aos questionamentos, o caça da FAB pode forçar a aeronave a pousar ou alterar a sua rota. Em terra, a PF aguarda para realizar a vistoria em busca de armas e drogas e a prisão dos suspeitos.

A FAB diz que realiza com frequência operações conjuntas com o Exército e a Marinha para inibir o tráfico na fronteira e que e que o avião-radar E-99 é usado para tentar identificar aeronaves ilegais que fazem voos razantes com o objetivo de tentar passar desapercebidas pelos radares.

A Lei do Abate autoriza desde 2004 a derrubada de aviões suspeitos no Brasil. Mas antes que isso aconteça, o piloto da outra aeronave é alertado com tiros de aviso de munição traçante e não letal. Desde 2009, ao menos oito aeronaves ilegais com drogas foram interceptadas e obrigadas a pousar, mas nenhuma foi abatida.

Em um caso emblemático, em junho de 2009, tiros de advertência foram disparados contra um monomotor que estava carregado com 176 quilos de cocaína e sobrevoava a região amazônica, em Rondônia. A aeronave não chegou a ser abatida e dois pilotos bolivianos foram detidos. Em maio de 2009, outro monomotor foi obrigado a pousar após um tiro de aviso no Mato Grosso. Em terra, a PF abordou o avião e encontrou mais de 975 quilos de cocaína e derivados.

No sentido horário, monomotor invade o espaço aéreo brasileiro e é interceptado por caça da FAB em Rondônia em junho de 2009; sem obedecer às ordens de pousar, é perseguido; caça militar brasileiro dá tiros de advertência (risco tracejado à direita); por fim, monomotor obedece e pouso (Foto: FAB/Divulgação)

Queda de aviões ilegais

Pelo menos 18 monomotores foram apreendidos pela PF e Aeronáutica com drogas em acidentes aéreos ou pousos de emergência não programados e clandestinos desde 2006. Cinco dos casos foram em Mato Grosso e 11, em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Entre 2000 e 2005, foram só três casos. Em todos, a documentação da aeronave ou do piloto estava irregular.

Em São Paulo, duas aeronaves do mesmo proprietário que caíram com drogas em setembro e dezembro de 2010 em meio a plantações de cana. Os monomotores, de prefixo PT-EBK e PT-CDW, voavam a baixa altitude, não haviam apresentado planos de voo. Em um dos casos, toda a documentação do piloto e da aeronave estava vencida.

“Algumas aeronaves usadas pelo tráfico são de fazendeiros e legais. Outras são totalmente irregulares e tentam passar desapercebidas quando ingressam na fronteira. Desde que começou a Lei do Abate (regulamentada em 2004, que autoriza a Aeronáutica a derrubar aviões suspeitos) as quadrilhas tem tentado fazer voos de menor duração, para não serem identificados”, afirma o chefe da DRE de Mato Grosso do Sul, Antonio Kinao.



Fonte: G1

Aeronáutica padroniza normas de segurança contra ataques terroristas

Padronização inclui verificação biométrica de acesso às áreas de controle de tráfego

Quase nove anos após os ataques terroristas de 11 de setembro, o comando da Aeronáutica padronizou as normas de segurança da aviação civil brasileira contra o terrorismo.

A aprovação do Programa Nacional de Segurança para Aviação Civil do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (PNAV-SECEA) foi publicada nesta segunda-feira (16) no Diário Oficial da União.

Entre as normas está o uso de identificador biométrico para o acesso dos profissionais credenciados aos locais de controle de tráfego aéreo. Para o credenciamento, a portaria estabelece que haja verificação dos antecedentes do profissional.

De acordo com a portaria, o PNAV-SECEA consolida as diretrizes de segurança em todo o território nacional e padroniza os procedimentos operacionais tanto de forma preventiva como em caso de suspeita de ataques terroristas. As normas do programa podem ser complementadas por publicações específicas dos órgãos da aviação civil brasileira.

A portaria estabelece ainda como normas a padronização da comunicação da tripulação com os pilotos durante o voo assim como a comunicação do controle aéreo com o piloto em caso de suspeita de que a aeronave esteja sofrendo um ataque terrorista.

O programa também estabelece como será a capacitação dos profissionais do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), que engloba os Cindactas (Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle do Espaço Aéreo) e cria um Plano de Segurança e Defesa para o SISCEAB.

O Ministério da Defesa foi procurado para esclarecer as medidas da portaria, mas ainda não retornou à reportagem.

Fonte: R7

Portaria regulamenta como Aeronáutica deve lidar com notificações de Óvnis

Comando deverá encaminhar ocorrências; registros irão para o Arquivo Nacional

Uma portaria publicada no Diário Oficial da União, nesta terça-feira (10), regulamenta como a Aeronáutica deve lidar com assuntos ligados a “objetos voadores não identificados” (Óvni) no espaço aéreo nacional.

Segundo o documento, o Comando da Aeronáutica (Comaer) deve se encarregar apenas do registro de ocorrências e do seu encaminhamento para o Arquivo Nacional.

Ainda segundo a portaria 551/GC3, de 9 de agosto de 2010, o responsável pelo recebimento e pela catalogação das notificações referentes aos Óvnis é o Comando de Defesa Aeroespacial (Comdabra).

Já as notificações relatadas por usuários dos serviços de controle de tráfego aéreo devem ser encaminhadas para o Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica (Cendoc).

Comentário

Meses atrás, correu um boato que o Brasil teria entregue a soberania investigatória do fenômeno à uma potência estrangeira. O fato nunca foi comprovado,contudo, a portaria ora publicada, passa a impressão que o Brasil desistiu de investigar o fenômeno.

Fica claro que o Brasil vai somente catalogar o fenômeno e arquivar os dados obtidos, ou seja, nada de investigação. Por que????

Fonte: R7

EUA e Israel firmam acordo para ampliar escudo antimíssil israelense

Sistema Arrow terá capacidade para destruir artefatos fora da atmosfera e mísseis de longa distância

Israel e Estados Unidos firmaram um acordo para ampliar a capacidade do sistema antimíssil Arrow, que dará ao país o poder de destruir artefatos fora da atmosfera e destruir mísseis de longa distância. O anúncio foi feito neste domingo, 25, pelo Ministério de Defesa israelense.

O Estado judeu, que descreve seu escudo antimísseis como uma defesa contra o Irã, disse que a versão melhorada extinguirá suas defesas aéreas de muitas camadas.


O Arrow foi produzido conjuntamente pela estatal Israel Aerospace Industries e empresa americana Boeing Co., e já absorveu cerca de US$ 1 bilhão de fundos diretos dos EUA desde seu início, em 1988.

A força israelense disse no ano passado que o Arrow III levaria mais de quatro anos para ficar pronto e dependeria dos recursos dispostos para o projeto.

Os Estados Unidos, outras potências ocidentais e Israel suspeitam que o programa nuclear civil iraniano tenha como objetivo construir uma bomba nuclear, o que Teerã nega.

Israel, que supostamente tem o único arsenal atômico no Oriente Médio, já insinuou que pode recorrer à força para impedir que o Irã obtenha meios nucleares para ameaçar a existência do Estado judeu.

O Irã já ameaçou qualquer ataque a suas instalações com represálias de mísseis de médio alcance a Israel.


Fonte: Reuters via Estadãoe Noticías Sobre Aviação - Imagem: www.mda.mil

Odebrecht faz acordo com EADS para criar empresa dedicada à área militar

Acordo é boa oportunidade para a Odebrecht

Perspectivas

Com a parceria, cujo valor de investimento não foi divulgado, empresas ganham força para disputar contratos das Forças Armadas, governos e indústrias nacionais; para a Odebrecht, acordo também é oportunidade para crescer no exterior

O projeto da Odebrecht para atuar amplamente no mercado nacional e internacional de equipamentos e serviços militares avançou consideravelmente:  o grupo brasileiro e o europeu EADS DS - Defence & Security, com sede na Alemanha, anunciaram em Munique a criação de uma joint venture destinada a operar com as Forças Armadas, governos e indústrias nacionais, além de contemplar o mercado exportador.

A nova empresa será instalada em São Paulo. É um acordo de gigantes - a Odebrecht é um dos três maiores grupos empresariais do País e a EADS DS é a segunda maior corporação do mundo no campo de defesa, produtos e serviços - a empresa faz parte do grupo EADS, que controla a fabricante de aviões Airbus.

Segundo o superintendente da Odebrecht Industrial, Roberto Simões, "a EADS DS é um parceiro com amplo interesse em transferência de tecnologia avançada". Para o ministro da Defesa, Nelson Jobim, "o acordo, mostra que a indústria nacional está disposta a ser um ator global - aliás, como preconizamos na Estratégia Nacional de Defesa".

A primeira área de atuação conjunta será no campo da integração de sistemas. Simões destacou as capacidades da Odebrecht em projeção geopolítica, marketing internacional e ações comerciais de grande porte. "De olho no futuro, é também uma plataforma de exportações", disse, lembrando que a EADS pretende ter uma forte atuação fora da Europa até 2020. O valor do investimento e o formato da nova marca serão definidos até 15 de julho.

Compromisso

O presidente da EADS DS, Stefan Zoller, afirmou que o negócio "é a comprovação de nosso compromisso com o Brasil". Os dois parceiros mantêm importantes contratos no Brasil no campo da Defesa. A EADS vai fornecer 51 helicópteros pesados para a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. Quase todos serão produzidos na fábrica da Helibrás, em Itajubá (MG). O contrato é de R$ 1,8 bilhão.

Esse negócio, entretanto, nada tem a ver com a joint venture. Trata-se de ramos diferentes do mesmo conglomerado europeu. O novo acordo empresarial envolve exclusivamente o braço de defesa e segurança - e não o de aeroespaço, todo independente.

A Odebrecht já é a parceira dos armadores franceses DCNS no programa Pro Sub, do qual resultarão um estaleiro, uma base naval, quatro submarinos Scorpéne, de propulsão diesel-elétrica, e um submarino nuclear - um contrato de 6,7 bilhões, cerca de R$ 16,7 bilhões.

O prazo do empreendimento é 2015, na Ilha da Madeira, em Itaguaí, no litoral fluminense. Ao lado das instalações da Nuclep, o braço industrial do complexo nuclear do Brasil, começou a obra da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, UFEM. Depois, virão as instalações industriais e a base de submarinos.

O presidente Lula visitará o local em agosto, após dois adiamentos. O pacote completo da infraestrutura vale 1,86 bilhão para a Construtora Norberto Odebrecht, majoritária no CBS (Consórcio Baía de Sepetiba), formado pela DCNS da França e pela Marinha do Brasil, que detém a "golden share" - o direito de veto. As áreas envolvidas somam 980 mil metros quadrados, dos quais 750 mil m² na lâmina de água do mar.


Fonte: O ESTADO / Roberto Godoy 

Fotos de "Segurança Nacional", estrelado por Thiago Lacerda

Filme de ação será lançado em maio.

SEGURANÇA NACIONAL (TRAILER OFICIAL)

Rodado em 2006, e ainda inédito nos cinemas, o nacional "Segurança Nacional" começou sua divulgação no BBB, reality show da Rede Globo. Estrelado por Thiago Lacerda, como uma cópia de Jack Bauer, o longa conta com muita ação e efeitos especiais.

2004, a lei do abate entra em vigor. A FAB está então autorizada a perseguir, atirar e se for preciso abater aeronaves que penetrem o espaço aéreo brasileiro sem autorização.

Os negócios de muitos traficantes internacionais foram prejudicados. Percebendo o perigo iminente, a ABIN coloca seu melhor homem, o Agente Marcos Rocha (Thiago Lacerda) a frente das operações de combate aos narcotraficantes.

O agente descobre que Hector Gasca (Joaquin Cosio) planeja atacar o quartel general do SIVAM (sistema de vigilância da Amazônia). Marcos leva a informação para Dra. Gloria (Angela Vieira), diretora da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) e diretamente ligada ao Presidente Ernesto Dantas (Milton Gonçalves).

O longa chega aos cinemas em 7 de Maio.

O CinePOP divulga abaixo as primeiras imagens oficiais do longa.





Fonte: Cinepop, via NOTIMP e Aviação Notícias - BGA

Projeto amplia para 49% fatia de estrangeiros em aéreas

Há uma exceção em que o capital estrangeiro pode ser superior a 49%: em caso de acordo bilateral de reciprocidade.

As companhias aéreas brasileiras poderão ter uma parcela maior de capital estrangeiro. Na proposta enviada ao Congresso, que permite a ampliação de 20% para 49% na participação de capital estrangeiro nas empresas, o governo muda o regime de funcionamento dos serviços aéreos, que deixam de ser uma concessão de serviço público e passam a ser prestados mediante simples autorização do governo.

A proposta do Ministério da Defesa também sacramenta juridicamente a liberação dos preços das passagens aéreas, que já ocorre na prática, pois exime o governo da responsabilidade na garantia do equilíbrio econômico e financeiro das empresas.

Há uma exceção em que o capital estrangeiro pode ser superior a 49%: em caso de acordo bilateral de reciprocidade. O artigo 180-G do novo texto do Código Brasileiro de Aeronáutica diz que, “observada a reciprocidade, os acordos sobre serviços aéreos celebrados pelo Brasil poderão prever limite de capital social votante em poder de brasileiros inferior ao mínimo estabelecido no inciso II do art. 180-F (51%), sendo válido apenas entre as partes contratantes”. Se o Brasil decidir fazer um acordo especial com um país, isso só valerá para esse caso específico.

Fôlego financeiro

Para o Ministério da Defesa, com a ampliação de 20% para 49% de capital estrangeiro as empresas ganharão fôlego financeiro e facilidade administrativa. Na exposição de motivos, o ministro Nelson Jobim disse que a injeção de investimentos vai ajudar a atender a “demanda por serviços de transporte aéreo, que tem crescido significativamente, na ordem de 14% ao ano nos últimos cinco anos”.

Em 2008, os aviões transportaram cerca de 63 milhões de passageiros, 10 milhões deles só no Brasil. Espera-se para os próximos anos aumento da demanda doméstica de 6,8%. Com a liberdade para abrir e fechar novas empresas - sem precisar passar pelas regras de concessão pública -, o governo quer estimular também o aumento de empresas dispostas a fazer voos regionais, elevando, assim o número de cidades atendidas por linhas aéreas. O projeto não prevê prazos para as autorizações de funcionamento das companhias aéreas. Não haverá interrupção em nenhum tipo de contrato.

As mudanças de regime de concessão para autorização deverão ocorrer automaticamente no encerramento dos atuais contratos. As novas empresas já atuarão sob a regra da simples autorização, muito menos burocratizada. A cassação da autorização poderá ocorrer a qualquer momento, se a empresa descumprir as regras de funcionamento do setor, que vão desde o princípio de eficiência, regularidade e pontualidade, até a responsabilidade e segurança das operações, segundo as normas do setor de aviação. Os cancelamentos frequentes de voos ou atendimento deficiente podem ser motivo de punição à empresa.

Casa Civil

O texto estava pronto para ser encaminhado ao Congresso desde outubro de 2009, mas inúmeras discussões foram travadas entre a Casa Civil e a Defesa.

Existem outros projetos que permitem a ampliação do capital estrangeiro em tramitação no Congresso. Um deles já foi aprovado no Senado e está na Câmara. De acordo com a Defesa, o novo texto é mais amplo e adequado à nova situação do transporte aéreo o capítulo do Código Brasileiro de Aeronáutica que trata de serviços aéreos.

Na exposição de motivos encaminhada ao Congresso, o Ministério da Defesa propõe a alteração do texto alegando que é preciso “estabelecer novo paradigma ao modelo que os serviços aéreos são organizados e prestados, de modo a garantir a segurança jurídica necessária para estímulo e desenvolvimento da aviação nacional e adequar o setor à realidade mundial”.

Fonte: Último Segundo

Projeto F-X2: SELEX Galileo e ATMOS Sistemas firmam parceria em radar AESA

A companhia SELEX Galileo, do grupo italiano Finmeccanica, anunciou , a assinatura de um memorando de entendimentos (MoU, sigla em inglês) com a ATMOS Sistemas Ltda., empresa brasileira controlada pela Atech, fundação bastante atuante nas áreas de defesa, espaço e controle de tráfego aéreo.

O MoU marca o início de relacionamento entre a SELEX Galileo e a empresa brasileira, e abre caminho para a colaboração no desenvolvimento e suporte a radares AESA embarcados.

O foco inicial da parceria será o radar AESA Raven ES-05 para o caça sueco Gripen NG, da Saab, um dos três competidores do Programa F- X2, da Força Aérea Brasileira, e também para configurações em outras aeronaves.

As duas empresas já estão trabalhando na definição do melhor mecanismo de colaboração, em linha com as exigências, orçamentos e aspirações operacionais exigidas pelo governo brasileiro no Programa F-X2.

Paralelamente às atividades relacionadas ao radar Raven, a SELEX Galileo e a ATMOS concordaram em trabalhar em outros tipos de radares AESA. A parceria incluirá a família completa de radares AESA da empresa italiana, de modo a endereçar eventuais oportunidades no governo brasileiro nas áreas de veículos não-tripulados e aeronaves de asas fixas e rotativas.

Fonte: Tcnologia e Defesa

Pentágono confirma fornecimento de helicópteros estadunidenses para a Marinha do Brasil

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou no final de dezembro a assinatura do contrato com a Sikorsky Aircraft Corporation para a produção de quatro exemplares do helicóptero naval S-70B, destinados à Marinha do Brasil (MB).

O programa de fornecimento, avaliado em US$ 163,8 milhões, será realizado através do FMS (Foreign Military Sales), ou seja, de governo para governo.

O programa incluirá serviços de engenharia, fabricação das aeronaves, pacote logístico e treinamentos, devendo estar concluído até junho de 2012.

Os S-70B pertencem a uma variante de exportação do SH-60 de mesmo nome em uso na Marinha dos Estados Unidos e serão entregues preparados para missões de luta anti-submarina em substituição aos exemplares remanescentes dos veteranos SH-3 Sea King, também da Sikorsky, ainda em serviço na MB e operados pelo Esquadrão HS-1, sediado em São Pedro da Aldeia (RJ).

Um dos principais armamentos a serem utilizados com os novos helicópteros serão os mísseis ar-terra AGM-119B PENGUIN, cujo lote inicial de oito unidades foi adquirido em dezembro de 2008.

Fonte: Tecnologia e Defesa

Um novo Brasil

O Brasil conquista papel relevante no cenário internacional e o desafio será manter influência na era pós-Lula




Cada vez mais multipolar, o mundo favorece o surgimento de novas lideranças. E o Brasil soube aproveitar a oportunidade. Antes associado apenas à beleza das praias, aos passes do futebol, à exuberância do Carnaval e a cenas de violência explícita, o País ganhou outra dimensão no cenário mundial. Está agora vinculado a símbolos como o pré-sal, a Embraer, a Gerdau, a Olimpíada e a Vale.

Na geopolítica internacional, consolidou sua liderança regional, tornou-se porta-voz dos emergentes, saiu mais forte da crise econômica mundial e passou a influenciar nas tomadas globais de decisão. Em todos os continentes, o brasileiro mais citado deixou de ser um craque de futebol. Em um fenômeno sem precedentes na história brasileira, a figura do presidente da República é aquela que mais simboliza a Nação.

A acolhida recebida por Luiz Inácio Lula da Silva nos mais diversos fóruns internacionais reflete a visibilidade e a respeitabilidade conquistadas pelo Brasil. Não por acaso, o presidente acaba de somar à sua coletânea de prêmios no Exterior os títulos de personalidade do ano de 2009, concedidos pelos jornais “El País”, da Espanha, e “Le Monde”, da França.

“O Brasil ocupará em breve um lugar no Conselho de Segurança das Nações Unidas, está a ponto de converter-se em uma potência energética e em 2014 abrigará a Copa do Mundo”, afirma o primeiro- ministro da Espanha, José Luis Zapatero, em artigo que escreveu sobre Lula para o “El País”. Há desafios fundamentais para que o País mantenha sua trajetória ascendente em 2010.



Entre elas estão a consolidação do Mercosul como bloco regional e a conclusão da rodada Doha, pois o aumento da competitividade dos agroexportadores brasileiros também depende da diminuição dos subsídios agrícolas dos países desenvolvidos. O papel desempenhado por Lula no mundo será essencial para esse avanço, da mesma forma que sua liderança impulsionou a mudança de polo do poder do G8 para o G20, que inclui os países emergentes. “Junto com seu protagonismo e liderança, o presidente Lula projeta o poder do Brasil em âmbito mais abrangente”, afirma o cientista político Aldo Fornazieri, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

“Mas a projeção de poder do Estado brasileiro não está solta no ar. Está lastreada em uma base material.” Parte dessa base, segundo o cientista político, se deve à multinacionalização de empresas brasileiras e à abertura de novos mercados, em especial na Ásia.O bom momento da economia responde pela outra parte. Um dos fatos mais relevantes neste contexto é a conquista pelo Brasil de poder de veto nas decisões do Fundo Monetário Internacional (FMI) depois de aportar US$ 14 bilhões para o caixa da instituição.




De olho nesse bom momento, o mundo quer fazer negócio com o Brasil. “Tem sido crescente o número de representantes de governos e empresas que nos procuram para anunciar investimentos ou simplesmente tentar entender a legislação brasileira e as oportunidades de negócios no País”, diz Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Em 2009, só a França trouxe ao Brasil representantes de 540 empresas. À frente da Ubifrance, a agência responsável pela internacionalização das empresas francesas, Christophe Lecourtier, 48 anos, cita o PAC, o programa brasileiro de aceleração do crescimento, com a mesma desenvoltura com que fala do La Défense, o mais importante distrito financeiro de seu país.

O reposicionamento do Brasil no mundo implica também cenas inusitadas, como a ocorrida em visita feita em setembro pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, à sede da Ubifrance, em Paris. Cerca de 150 executivos franceses “literalmente bebiam as palavras” de Gabrielli, pelo relato de Lecourtier. “Só vi isso acontecer quando convidamos presidentes dos grandes fundos de investimento árabes”, compara Lecourtier.

“O Brasil virou um gigante.” As observações do francês estão em sintonia com as do americano Riordan Roet, diretor do Programa de Estudos Latino-Americanos da Johns Hopkins University. “O Brasil, como membro do grupo dos BRICs, jogará um papel de importância crescente”, prevê Roet, referindo-se ao acrônimo criado para designar os quatro principais países emergentes (Brasil, Rússia, Índia e China).

LASTRO
Para analistas, a projeção de poder do Brasil não está solta no ar. Tem base material

Com o poder, também vem maior responsabilidade. E, talvez, o grande desafio dos atuais formuladores da política externa brasileira seja dimensionar com precisão, e certa dose de pragmatismo, o papel do País no tabuleiro geopolítico. Para muitos países, a importância do Brasil estaria relacionada à escassez de recursos em outras regiões do planeta.

“A China precisa de matérias-primas e commodities brasileiras”, diz Roet. Da mesma forma, em sabatina no Senado americano, Thomas Shannon, nomeado por Barack Obama embaixador no Brasil, destacou a descoberta das reservas do pré-sal como acontecimento que pode ajudar a equilibrar o mercado internacional. “Se as estimativas preliminares estiverem corretas, o Brasil se tornará uma importante fonte de energia fora do Oriente Médio e das zonas conflituosas.”



Essa mudança de paradigma pressupõe, no plano comercial, a exportação de produtos de maior valor agregado. Já na seara política, é preciso baixar o perfil e evitar a “frenética e incessante busca dos holofotes”, diz Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da Faap e ex-ministro da Fazenda.

Ricupero alerta para uma certa irritação de outras lideranças com o excessivo protagonismo brasileiro. Na lista de “excessos” estaria, por exemplo, a tentativa de mediação entre judeus e palestinos no Oriente Médio.

De fato, há um problema de timing e de consistência na ação diplomática, tanto do Itamaraty, sob comando de Celso Amorim, como do Palácio do Planalto, na figura do assessor internacional Marco Aurélio Garcia. “Lula fala de seu comprometimento com a democracia, mas rapidamente parabenizou Ahmadinejad por sua reeleição, enquanto a maioria das pessoas viu como fraudulenta”, avalia Peter Hakim, presidente do Diálogo Interamericano, um dos mais respeitados centros de estudos sobre a região, citando o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

Para Hakim, o Brasil parece ter adotado o princípio da equidistância em suas relações globais, o que significa manter o mesmo tipo de relação com países diferentes. O sociólogo Antônio Jorge Ramalho, professor de relações internacionais da Universidade de Brasília, vai além. “O Brasil está chamando para si a capacidade de se pronunciar sobre processos que conhece pouco”, diz. “Quando a opinião brasileira negligeera nciada, isso não era um problema. Mas agora qualquer deslize pode ser entendido como ingerência e provocar conflitos.”

A tênue linha que separa uma atuação diplomática de uma intervenção ficou evidente no episódio da deposição do presidente de Honduras, Manuel Zelaya, que se encontra abrigado na embaixada brasileira em Tegucigalpa desde 21 de setembro. O Brasil, contudo, é cada vez mais requisitado como mediador. Na visita que fez a Brasília em meados de dezembro, o subsecretário de Estado americano para o Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela, chegou a cobrar do governo brasileiro mediação na crise entre Colômbia e Venezuela. “Estamos preocupados com o crescente clima de enfrentamento na fronteira entre os dois países”, justificou Valenzuela.

O apelo à atuação brasileira é coerente com o papel agora desempenhado pelo País. E o melhor sinal dessa nova cara do País é a grande quantidade de delegações estrangeiras que acorreu a Brasília no decorrer de 2009, embora a capital não tenha sediado nenhum encontro multilateral. No total, foram 38 presidentes, cinco primeiros-ministros, dois vice-presidentes, cinco chanceleres e um príncipe.

 Fonte: IstoÉ/ Claudio Sequeira Dantas e Luiza Villaméa

Helibras fecha contrato de modernização de 34 helicópteros do Exército Brasileiro.

O maior contrato na área de serviços já assinado pela empresa prevê a instalação de novos motores, aviônicos de navegação e rádios nos modelos AS365K Pantera.


Foto: João Vitor (Contato Radar)

A Helicópteros do Brasil S.A - Helibras, assinou no dia 24 de dezembro (quinta-feira), um contrato de modernização de 34 helicópteros AS365K Pantera da Aviação do Exército Brasileiro no valor de R$ 375,803,725 milhões. Esse é o maior contrato da área de serviços conquistado pela empresa em mais de 30 anos de atuação no país,

O contrato prevê a instalação de novos motores com maior potência e novos aviônicos de navegação e de radiocomunicação. As aeronaves serão transformadas em helicópteros de última geração, com pelo menos mais 25 anos de vida útil. De acordo com a empresa, será um programa de longo prazo, em que serão modernizadas quatro aeronaves por ano. A primeira entrega está prevista para 2011 e a última, para 2021.

A frota que será modernizada pela Helibras foi adquirida em 1988, quando foi implantada a Aviação do Exército Brasileiro e criado o 1º Batalhão de Aviação do Exército (1º BAvEx), instalado fisicamente em Taubaté (SP).

O Brasil está seguindo uma tendência mundial de atualização de aeronaves, em que o operador opta pela modernização ao invés da substituição por helicópteros novos, o que representa uma importante economia de recursos e, consequentemente, leva à otimização de seu orçamento.

Esse serviço será mais uma atividade desenvolvida pelo Centro de Engenharia da Helibras que está sendo implementado para atender ao Projeto EC725, que prevê a produção local de 50 helicópteros desse modelo para as Forças Armadas brasileiras.

Para o projeto de modernização dos helicópteros AS365K Pantera está prevista a participação de engenheiros do Exército Brasileiro, visando oferecer ao cliente novos conhecimentos sobre todas as fases do programa. Na fase de execução dos serviços, mecânicos e gerentes logísticos da Aviação do Exército também participarão do projeto, realizando "on the job training", para transferência de conhecimento nessa área.

Fonte: Fator Brasil

Embraer entrega segundo jato Embraer 190 ao Governo

O segundo EMBRAER 190 conta com os mesmos dispositivos do primeiro, tais como sistema especial de comunicações seguras e capacidade para transportar 54 pessoas.
A Embraer entregou o segundo jato EMBRAER 190 para o Governo Brasileiro. Assim como o primeiro exemplar do modelo, entregue em setembro deste ano, a segunda aeronave está configurada especialmente para cumprir missões da Presidência da República e será operada pelo Grupo de Transporte Especial (GTE) da Força Aérea Brasileira (FAB). O contrato entre a Embraer e o Comando da Aeronáutica (COMAER) para os dois jatos foi assinado em junho de 2008.

“É com grande satisfação que entregamos este segundo EMBRAER 190 ao Governo Brasileiro três meses após a entrega da primeira unidade do mesmo modelo da aeronave”, disse Orlando José Ferreira Neto, Vice-Presidente Executivo da Embraer para o Mercado de Defesa. “Este é mais um exemplo da sinergia entre FAB e Embraer: por um lado uma especificação muito bem elaborada pela FAB, e por outro uma equipe Embraer trabalhando com afinco para prover um avião moderno e com as funcionalidades, conforto e operacionalidade na medida exata requerida para a missões governamentais.”


Embraer 190 (VC-2) da Força Aérea Brasileira. Essa foi a primeira aeronave entregue. A segunda, entregue nessa sexta-feira, foi batizada de Augusto Severo

O segundo EMBRAER 190 conta com os mesmos dispositivos do primeiro, tais como sistema especial de comunicações seguras e capacidade para transportar 54 pessoas, entre passageiros e tripulação, podendo alcançar qualquer ponto na América do Sul, sem escalas partindo de Brasília.

Para assegurar o suporte e a adequada disponibilidade dos dois EMBRAER 190, a FAB assinou com a Embraer um contrato de cinco anos de duração para adquirir o programa Embraer Soluções de Suporte para Governos (ESSG). Trata-se de um pacote de suporte logístico que abrange serviços de manutenção, suporte de material, mão-de-obra especializada de engenharia em campo e administração de reparos e garantias.


Fonte: Embraer

Brasil desenvolve sistema de navegação de satélites e foguetes

Virgínia Silveira

O Brasil está conseguindo resolver um dos principais desafios tecnológicos impostos, há quase três décadas, ao seu programa de lançadores de satélites: desenvolver e fabricar seu próprio sistema de navegação inercial, utilizado na estabilização de satélites em órbita e na orientação da trajetória de um foguete no espaço.

A primeira fase do projeto, batizado de SIA (Sistemas de Navegação Inercial para Aplicação Aeroespacial) já foi concluída, com o desenvolvimento do protótipo de uma plataforma inercial completa, que será testada em uma montanha russa, em um parque de diversões, em São Paulo, no começo do próximo ano. O teste em voo da plataforma será feito até o fim de 2010, numa operação chamada de “Maracatu”.

“Vamos testar os sensores da plataforma no veículo de sondagem brasileiro VSB-30, utilizado em missões suborbitais de exploração do espaço”, disse o coordenador do projeto SIA, Waldemar de Castro Leite Filho.

O VSB-30 acumula um histórico de nove lançamentos de sucesso, sendo que dois foram realizados no começo deste mês, no campo de Esrange, em Kiruna, na Suécia, levando à bordo experimentos científicos europeus.

O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) também está finalizando a construção de um prédio, que irá abrigar um laboratório de infraestrutura de testes para os sensores da plataforma inercial do SIA.

O laboratório, segundo Leite Filho, é único na América Latina e será capaz de testar sensores com uma precisão de 0,1 grau por hora, ou seja, poderá medir movimentos cem vezes menor que o movimento de rotação da Terra. Empresas como a Embraer e a Petrobras, segundo o pesquisador, já utilizam os laboratórios do DCTA para calibrar seus sensores.

O projeto SIA tem um custo estimado de R$ 40 milhões e está sendo financiado pela Finep, por meio da Fundação de Desenvolvimento de Pesquisa (Fundep).

A execução do projeto está a cargo do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e Instituto de Estudos Avançados (IEAv), vinculados ao DCTA e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O objetivo inicial do SIA, segundo Leite Filho, é capacitar o Brasil a fabricar sistemas inerciais para foguetes e satélites.

A tecnologia será repassada para a indústria brasileira e, por esta razão, o projeto SIA envolve ainda a participação de um consórcio de empresas, o SIN, formado pela Mectron, Equatorial, Optsensys, Navcon e Compsis. Além do programa espacial, o SIA também vem sendo acompanhado de perto pelo exército brasileiro, devido a sua aplicação em sistemas inerciais de carros de combate e mísseis. A marinha tem interesse no SIA para a guiagem de navios e como estabilizador de armas e a Petrobras utiliza sensores inerciais em brocas e sistemas de ancoragem de estruturas flutuantes, utilizadas no processo de exploração de petróleo.

“Se considerarmos um atirador, o sistema inercial é a luneta, porque sem ela não se vê o alvo”, explica Leite Filho. Num avião, segundo ele, o sistema de navegação inercial diz para onde ele está indo e controla o veículo, estabilizando a sua velocidade angular e atitude (orientação no espaço em relação a um sistema de referência).

O sistema inercial, neste caso, ajuda a navegação acrescentando os dados do GPS, mas ele é autônomo, ou seja, não depende de satélites, e sim dos seus sensores para funcionar.

O sistema inercial de um foguete é composto por dois sensores principais: um girômetro e um acelerômetro, que repassam as informações sobre a posição do foguete no espaço para o computador de bordo. É através da plataforma inercial que se consegue, por exemplo, identificar os desvios de rota de um foguete ou satélite em órbita.

O domínio da tecnologia que envolve o sistema de navegação de veículos espaciais, segundo Leite Filho, dará ao Brasil autonomia em uma área considerada estratégica, restrita a poucos países no mundo e sujeita a embargos tecnológicos, que há vários anos tem afetado o programa espacial brasileiro.

Os sistemas inerciais de todos os protótipos de foguetes já lançados pelo Centro Técnico Aeroespacial, (CTA), por exemplo, foram comprados da Rússia e da França, em meados da década de 90, sob objeções do governo dos Estados Unidos.

A compra de componentes para o atual projeto também continua sofrendo embargo dos EUA. Já o sistema de controle de atitude dos novos satélites da Plataforma Multimissão (PMM) do Inpe, serão fornecidos pela Argentina. Os satélites que o Brasil fez com a China levam um sistema de controle de órbita chinês.

O SIA também pode ser usado na aviação e a aeronave Super Tucano, que depende do fornecimento de sistemas da americana Honeywell. Seria uma opção nacional para equipar a frota de 99 aeronaves do modelo, comprada pela FAB.

O Super Tucano já sofreu embargo dos EUA, em 2005, quando a Embraer tentou vender a aeronave para a Venezuela, por conta dos componentes americanos instalados no avião.

Há cerca de um ano a FAB também teve dificuldades em comprar os sensores inerciais do avião de patrulha marítima P-3, que está sendo modernizado na Espanha, pela empresa europeia EADS. O fabricante original do P-3 Orion é a empresa americana Lockheed Martin.

Comentário de Roberto Silva ( Defesa BR)

Sistema de navegação inercial (inertial navigation system – INS) é uma plataforma que disponibiliza posição, velocidades e altitudes de um veículo, aeronave ou míssil, ao medir suas acelerações e rotações aplicadas à estrutura inercial do sistema.

Este tipo de sistema era considerado o Calcanhar de Aquiles do VLS brasileiro, sendo um dos componentes mais críticos de um lançador espacial, uma vez que possibilita a guiagem e o controle da trajetória do veículo, essenciais para a correta inserção da carga útil em órbita, de modo autônomo, sem auxílio de qualquer sinal externo.

Uma plataforma INS é geralmente constituída de dois sensores principais, o acelerômetro, empregado para se determinar as acelerações do centro de massa do veículo, e o giroscópio, usado para determinar as rotações em torno do centro de massa do veículo e, por conseqüência, sua orientação em relação à sua trajetória.

Eis mais um de tantos exemplos de como os EUA fazem de tudo para sabotar e retardar quaisquer expectativas de progresso científico brasileiro.

Finalmente, os brasileiros estão começando a aprender que seu futuro está na independência absoluta da tecnologia americana, até mesmo para sua sobrevivência como nação do jeito que hoje a temos. Esta atitude não é só altamente necessária, é mesmo primordial.

Dito isso, reafirmo que o FX-2 jamais poderia servir para que o Brasil continuasse usando plataformas e equipamentos americanos, caso de 2 dos 3 concorrentes, o F/A-18 e o Gripen NG. Sobra então o Rafale francês, já que não pode ser o Super Flanker russo. Se a relação com a França é estratégica, que seja assim tratada de uma vez.


Fonte: Defesa BR

Gen De Nardi fala sobre a Operação Laçador

Vídeo produzido pelo Comando Militar do Sul com o General-de-Exército De Nardi, Comandante Militar do Sul relatando os objetivos da Operação Laçador.





Ofensiva aérea da operação Laçador


Fonte: Defesa Net

Defesa aprova plano de investimentos para aeroportos

O Ministério da Defesa aprovou o Plano de Investimentos de 2009 do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (PROFAA), para acelerar o desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária no País.

A decisão foi aprovada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim e publicada na edição de ontem (dia 10) do Diário Oficial da União.

Brasil e Israel negociam acordo de Defesa, diz Jobim

Brasil e Israel informaram nesta terça-feira que negociam um acordo de cooperação na área de Defesa e se comprometeram a combater o terrorismo, dias antes de o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, visitar o país.

A declaração foi feita durante encontro entre o presidente de Israel, Shimon Peres, e o ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim. A imprensa teve acesso a parte da reunião, primeiro compromisso de Peres em sua visita ao Brasil.

Academia da Força Aérea promove congresso acadêmico sobre defesa nacional

A Academia da Força Aérea (AFA) será sede do VI Congresso Acadêmico 


A Academia da Força Aérea (AFA) será sede do VI Congresso Acadêmico sobre Defesa Nacional, no período de 12 a 16 de outubro. O evento é uma atividade de cunho educacional e cultural, promovida pela Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia (SELOM) do Ministério da Defesa e tem por objetivo estimular a interação entre as escolas militares e as instituições de ensino superior civis, bem como despertar o interesse e promover o debate sobre temas relacionados com segurança e defesa nacional, visando consolidar uma cultura de defesa no Brasil.

Defesa pede plano para resgatar brasileiros

Ministério determina às Forças Armadas que elaborem plano de contingência para retirar cidadãos do país de Honduras.

Uma ordem dentro do Ministério da Defesa determinou às Forças Armadas a preparação de um plano de contingência específico para o caso de ser necessário o resgate de brasileiros em Honduras. Leia no Blog BGN

O Blog BGN pertecente ao mesmo webmaster do BGA.

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