A Afavitam (Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054) manifestou indignação
Bombeiros resgatam vítimas de acidente com o vôo 3054, ocorrido em junho de 2007; acidente causou a morte de 199 pessoas
A Afavitam (Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054) manifestou indignação com a conclusão do inquérito da Polícia Federal que apontou como culpados apenas os dois pilotos mortos no acidente.
Segundo o presidente da associação, Dário Scott, os parentes ainda não tiveram acesso à investigação da PF, que corre em segredo de Justiça. No entanto, eles foram informados pela imprensa sobre o resultado enviado ao Ministério Público Federal. "Em muitas oportunidades, a quebra do sigilo foi solicitada por nós e sempre negada, e aí está o resultado", destacou a associação.
Scott disse que os parentes das vítimas estão "esperançosos de que o Ministério Público realmente denuncie os responsáveis por esse crime". Ele ressaltou que a apuração das causas do acidente não terminou com o fim do inquérito da PF. De acordo com o presidente da associação, o Ministério Público pode ainda utilizar as informações da investigação realizada pela Polícia Civil e ouvir por conta própria outros envolvidos.
O fato de o inquérito feito pela Polícia Civil ter apontado 11 pessoas como responsáveis pela tragédia é, segundo Scott, algo que traz estranhamento aos parentes. "É muito estranho para nós ver duas investigações que têm os mesmos elementos com resultados tão díspares", afirmou.
O delegado responsável pela apuração da PF, Ricardo Sancovich, foi convidado a participar do próximo encontro da Afavitam, no dia 17 de outubro em Porto Alegre, para explicar os resultados da investigação aos parentes das vítimas.
O acidente da TAM, no dia 17 de julho de 2007, causou a morte de 199 pessoas. O avião percorreu toda a pista do aeroporto de Congonhas sem conseguir parar e bateu em um prédio na área externa do terminal.
Familiares de vítimas de avião da TAM sofrem derrota nos EUA
Os familiares de 77 vítimas do acidente com o voo 3054 da TAM em São Paulo, em julho de 2007, não podem processar a companhia aérea nem a Airbus, fabricante do avião, nem nenhuma das outras partes envolvidas, na Justiça dos EUA.
a decisão foi tomada pela juíza Marcia Cooke, na ultima sexta-feira (21), baseada no fato de que apenas uma das vítimas tinha nacionalidade norte-americana e porque a maioria das provas está no Brasil.
"O fardo aqui, tanto para o tribunal quanto para os jurados, seria enorme, apesar de os Estados Unidos e a Flórida terem uma conexão apenas tangencial com o caso, comparado com o interesse claramente mais forte do Brasil", escreveu a juíza em sua decisão.
Acidente
O acidente que envolveu o voo 3054 é o maior da aviação brasileira. No dia 17 de julho de 2007, o Airbus-A320 da TAM --que havia saído de Porto Alegre-- não conseguiu frear durante o pouso no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo) e bateu contra um prédio da TAM Express, provocando a morte de 199 pessoas.
No último dia 13, foi encerrada a câmara de indenização para as famílias das vítimas com 55 dos 59 casos negociados. Segundo o diretor de Assuntos Corporativos da empresa aérea, Marcelo Mendonça, mais 136 casos foram resolvidos em acordos diretos entre a companhia e os parentes das vítimas do acidente.
Fonte: FOLHA
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