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Tráfego aéreo volta 100% ao normal na Europa após cinzas, diz agência

Espaço aéreo está quase totalmente aberto no continente. Todos os 29 mil voos desta sexta-feira (23) devem operar normalmente.

A Eurocontrol, agência europeia de controle de tráfego aéreo, disse nesta sexta-feira (23) que todos os voos voltaram ao normal no continente, depois da crise provocada pela cinza vulcânica vinda da Islãndia.

A agência disse em comunicado que espera que todos os 29 mil voos funcionem nesta sexta. Na quinta, houve 27.284 voos.

Neste momento, quase todo o espaço aéreo está disponível, com a exceção de parte do norte da Escócia.

Os aeroportos de Wick, Kirkwall e Stornoway, todos no norte da Escócia, ficariam fechados pelo menos até as 9h (de Brasília) por conta da nuvem de cinza do vulcão islandês.

Os terminais pediram aos passageiros para entrarem em contato com suas companhias aéreas antes de chegarem para embarcar.

Segundo as mesmas fontes, os outros aeroportos escoceses operam normalmente, depois que permaneceram por vários dias sem operar, devido ao fechamento do espaço aéreo britânico.

Autoridades estimam que o fechamento recente dos aeroportos pela nuvem de cinza vulcânica custou à indústria da aviação 130 milhões de libras (aproximadamente 146 milhões de euros) por dia.

Fontes: G1- Agências

Suécia e Noruega voltam a ter restrições ao tráfego aéreo

Fechamento afeta aeroportos do interior sueco e área oeste norueguesa. Agência europeia informou que quase 100% dos voos voltarão a operar.

Avião da empresa Lufthansa se prepara para voar no aeroporto de Frankfurt, nesta quarta-feira (21) (Foto: Johannes Eisele/Reuters)

As autoridades aéreas norueguesas e suecas voltaram a ordenar nesta quinta-feira (22) restrições ao tráfego aéreo, devido à nuvem de cinza vulcânica provocada pela erupção do vulcão islandês.

A Agência de Administração da Aviação Civil da Suécia (LFV, na sigla em sueco) fechou aeroportos do interior. Três da área de Estocolmo permanecem abertos.

Já a Avinor, agência estatal que controla o tráfego aéreo e os aeroportos noruegueses, fechou novamente nesta madrugada o espaço aéreo em uma faixa do oeste do país, afetando seis aeroportos.

Nesta quarta, a Eurocontrol, agência de controle de tráfego aéreo europeia anunciou que quase 100% dos voos vão operar nesta quinta na Europa.

Os voos intercontinentais voltaram ao normal, com 338 deles chegando à Europa nesta quarta, segundo a agência.


A erupção do vulcão islandês perdeu intensidade e está estável, informou um porta-voz da Defesa Civil da Islândia. “Segundo nossas últimas informações, a potência da erupção é de 20% do que era sábado (17)”, disse Ingveldur Thordardottir à agência de notícias France Presse.

O presidente da Organização Internacional de Aviação Civil, Roberto Kobeh Gonzalez, disse na terça-feira (20) que é seguro voar sobre a Europa.

As perdas do setor chegam a US$ 1,7 bilhões, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo.

Nuvem de cinzas é vista no vulcão islandês, nesta quarta-feira (21) (Foto: Carolyn Kaster/AP)


Fontes: G1- TV Globo - Agências

Caos aéreo prejudica comércio internacional

As companhias aéreas não estão sozinhas no prejuízo contabilizado por causa do vulcão Eyjafjallahjokull, na Islândia. 

Muitas outras empresas de vários setores da economia mundial sofrem os impactos do fechamento temporário dos aeroportos na Europa. Companhias estão com dificuldades para embarcar seus produtos, tanto matérias–primas utilizadas na produção, quanto produtos industrializados e alimentos.

Grande parte dos aeroportos na Europa já voltou a funcionar no começo desta semana, e a situação tende a se normalizar nos próximos dias, mas nenhum executivo dessas grandes empresas sabe responder com precisão quando seus produtos chegarão aos destinos determinados, ou quando a produção estará totalmente normalizada.

A Nissan, por exemplo, anunciou que está suspendendo de forma temporária a produção de carros em suas fábricas no Japão por falta de peças que viriam da Europa. Segundo a empresa, estão em falta sensores de pressão de ar, importados da Irlanda. Essas peças são usadas para alertar os motoristas que os pneus estão sem ar.

No total, 2.000 carros deixarão de ser produzidos até quinta-feira, quando a empresa espera receber as peças. Por enquanto, a Nissan não sabe quanto perderá com a suspensão da produção. A BMW, também apresenta problemas na produção. Como a importação de peças está suspensa, a montadora resolveu paralisar a produção durante três dias.

No Aeroporto de Bangladesh, produtos ficam parados à espera de liberação para a Europa

Do outro lado do mundo, a Fujitsu também informou que seus laptops estão parados nos aeroportos do Japão. Na Coreia do Sul, a Samsung e a LG não conseguiram embarcar 200.000 celulares para seus destinos, deixando de ganhar 30 milhões de dólares.

Vilarejo global

"Esse vulcão nos faz lembrar que, de fato, vivemos em um vilarejo global. Nem a crise mundial gerada pelo Lehman Brothers em 2008, nem a proliferação do vírus H1N1 tiveram um impacto tão veloz em tantos setores e famílias como essa nuvem de cinzas", afirmou Herbert Puempel, meteorologista chefe da Organização Meteorológica Mundial, ligada à ONU.

Os efeitos chegaram também ao setor alimentício. A maior produtora de peixe do mundo, a norueguesa Marine Harvest, anunciou que reduzirá a produção de salmão nesta semana, já que não tem como exportar o peixe. Redes de supermercados e restaurantes começam a substituir fornecedores europeus por asiáticos e até neozelandeses. A Venos, fornecedora de alimentos para restaurantes na Alemanha, informou aos clientes que não tem como oferecer atum da Índia, pêssegos da África e manjericão do Chipre.

Em Dubai, os supermercados em pleno deserto informam que não haverá frutas da Europa disponíveis nos próximos dias. Alguns países africanos interromperam as exportações de flores e vegetais para o continente europeu.

Eventos adiados

O caos também obriga empresas a mudar suas programações de eventos e encontros. A grife Hugo Boss adiou a apresentação de sua coleção de primavera para algumas das maiores lojas do mundo. Já a Rio Tinto – uma das maiores mineradoras do planeta - foi obrigada a adiar por um mês sua assembleia-geral.

Na ONU, a conferência que negociaria em Genebra um novo acordo sobre o comércio de cacau foi adiada para maio. Delegados africanos dos países produtores não conseguiram chegar.

O caos aéreo

Os problemas na Europa começaram na quinta-feira passada, quando uma nuvem de cinzas provocada pelo vulcão Eyjafjallahjokull interrompeu o transporte aéreo nos céus da Europa. No balanço do caos, ao menos 10 milhões de passageiros foram afetados. No pior momento da crise, domingo passado, 313 aeroportos foram fechados.

Fonte: Veja.com

Quase 100% dos voos devem decolar da Europa na quinta, afirma agência

Restrições do espaço aéreo causadas por cinza vulcânica foram levantadas.

Nesta quarta, 22,500 dos 28 mil voos devem operar normalmente.

Quase 100% dos voos vão operar nesta quinta-feira (21) na Europa, depois do alívio das restrições provocado pelo espalhamento de cinza vulcânica pelos céus do continente, informou nesta quarta a Eurocontrol, agência de controle de tráfego aéreo europeia.

A Eurocontrol informou que espera que 22.500 voos dos 28 mil totais funcionem nesta quarta.

Segundo a agência, a maior parte do espaço aéreo sob 20 mil pés já está livre, com restrições apenas em algumas áreas, como a Finlândia e o norte da Escócia.

Os voos intercontinentais voltaram ao normal, com 338 deles chegando à Europa nesta quarta, segundo a agência.

A erupção do vulcão islandês perdeu intensidade e está estável, informou um porta-voz da Defesa Civil da Islândia. “Segundo nossas últimas informações, a potência da erupção é de 20% do que era sábado (17)”, disse Ingveldur Thordardottir à agência de notícias France Presse.

Avião da empresa Lufthansa se prepara para voar no aeroporto de Frankfurt, nesta quarta-feira (21) (Foto: Johannes Eisele/Reuters)

O presidente da Organização Internacional de Aviação Civil, Roberto Kobeh Gonzalez, disse na terça-feira (20) que é seguro voar sobre a Europa.

As perdas do setor chegam a US$ 1,7 bilhões, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo.


Fonte: G1

Voos de teste não detectaram nada anormal, afirma Airbus

Airbus realizou voos de testes



A construtora aeronáutica europeia Airbus afirmou nesta terça-feira que dois voos de teste realizados na tarde de segunda-feira por um avião gigante A380 e um A340 para avaliar o perigo das cinzas do vulcão islandês para o tráfego aéreo não detectaram "nada anormal".


"As tripulações dos voos de teste não perceberam nada anormal e as inspeções posteriores aos voos não revelaram nenhuma irregularidade", afirma um comunicado da Airbus.


"O A380 fez um voo de três horas e cinquenta minutos no espaço aéreo francês e o A340-600 um voo de cinco horas sobre a França e a Alemanha", destaca a Airbus.

As duas aeronaves decolaram do aeroporto de Toulouse-Blagnac (sudoeste da França).

"Transmitimos a informação aos fabricantes dos motores e às autoridades responsáveis por verificar a qualidade do ar para ajudar na avaliação das condições de voo", completa a Airbus no texto.

O objetivo dos voos de teste era observar a reações das turbinas e, ao fim do voo, medir a presença de partículas nos motores para ver, se, realmente, nas camadas baixas (da atmosfera) o avião recolheu poeiras de cinzas ou não e qual o efeito nos motores.

Fonte: AFP

Aeroporto de Heathrow, em Londres, volta a operar

Após cinco dias fechado, aeroporto britânico recebeu avião que veio de Vancouver

O aeroporto de Heathrow, em Londres, foi reaberto nesta terça-feira (20) após cinco dias sem operar e recebeu um voo de Vancouver (Canadá), informaram as autoridades locais.

Um porta-voz afirmou que o aeroporto - o maior da Europa - reabriu pouco antes das 22h (18h no horário de Brasília), após a agência de segurança aérea britânica anunciar a retomada gradual das operações.

- Posso confirmar que o aeroporto de Heathrow foi reaberto, e um primeiro voo da British Airways vindo de Vancouver pousou.

Uma porta-voz da companhia aérea confirmou que o voo BA84 proveniente do Canadá tocou o solo pouco antes das 22h local no Terminal 5 do aeroporto. Ela afirmou que é o primeiro voo a chegar a Heathrow desde sua reabertura.

A British Airways acrescentou ainda que mais de 20 voos de longa distância são esperados nos aeroportos de Heatrow ou Gatwick - também em Londres - para a noite desta terça-feira ou a manhã desta quarta-feira.

Outros aviões tentaram pousar mais cedo, mas foram desviados para outros aeroportos europeus após terem o pedido de permissão de pouso negado, afirmou a porta-voz.

A Autoridade britânica de Aviação Civil (CAA) anunciou mais cedo que o espaço aéreo britânico poderia reabrir gradualmente a partir das 22h local, após especialistas concluírem que as turbinas do avião resistem ao voo por entre as cinzas vulcânicas quando a densidade é baixa.

A CAA afirmou em comunicado:

"A nova orientação permite uma gradual reabertura a partir das 22h desta terça-feira da maior parte do espaço aéreo, que está fechado devido à nuvem de cinzas vulcânicas que cobrem a Inglaterra".

Autoridades aeroportuárias iniciaram uma proibição total de voos no Reino Unido ao meio-dia local (8h de Brasília) da última quinta-feira (15), após uma nuvem de cinzas passar pelo país.

A nuvem de poeira que cobriu a Europa causou a maior paralisação do espaço aéreo do continente desde a Segunda Guerra Mundial.

Milhares de voos foram cancelados desde a última quinta-feira, após o fechamento do espaço aéreo de diversos países da Europa devido a uma nuvem de cinzas gerada pela erupção do vulcão Eyjafjöll, localizado sobre uma geleira na Islândia.

A reabertura ocorre pouco depois de o governo do Reino Unido ter anunciado que iria levantar as restrições à maior parte do espaço aéreo do país, que estava fechado por conta das cinzas do vulcão islandês, o que impediu milhares de passageiros de voltarem para casa.

O Reino Unido, uma importante conexão aérea internacional, foi um dos últimos países da Europa a decidir reabrir seu espaço aéreo.

A Polônia também anunciou a reabertura de seu espaço aéreo, a partir de 5h GMT (2h de Brasília) da quarta-feira.

A Air France também anunciou que planeja colocar no ar todos seus voos de longa duração nesta quarta, informou a companhia. Mas a empresa anunciou também que os voos de média distância, para o norte e o nordeste da Europa, continuam suspensos.

O presidente da Organização Internacional de Aviação Civil disse nesta terça-feira (20) que é seguro voar sobre a Europa, no sexto dia de caos aéreo provocado pelas cinzas do vulcão islandês e no momento em que a maioria dos países resolveu reabrir seus espaços aéreos. A declaração foi feita por Roberto Kobeh Gonzalez depois de encontro com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-monn.

De acordo com a agência que controla o tráfego aéreo na Europa, quase 75% de todo espaço aéreo europeu estava livre de restrições no início da noite desta terça.

Segundo a agência, as regiões que mantinham o tráfego aéreo normal ou parcial são: Áustria, área dos Bálcãs, Bélgica, Bulgaria, República Tcheca, Hungria, Itália, sul da França, Grécia, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Espanha, Romênia, norte da Suécia, Suíça, Turquia e Ucrânia

Ao final do dia, segundo a agência, um total de 95 mil voos terão sido cancelados desde a última quinta-feira, quando começaram as restrições.

Passageiro observa painel com informações sobre voos em aeroporto de Paris; Reino Unido reabre espaço aéreo/Gonzalo Fuentes/Reuters

Chris James, que chegou em Heathrow vindo das ilhas Maurício, disse à rede britânica BBC que os passageiros de seu voo não sabiam que iriam pousar em Londres até 45 minutos antes do avião tocar o solo. "Inicialmente, foi uma situação muito estressante, não sabíamos o que estava acontecendo", disse James.

Cerca de 75% do espaço aéreo na Europa já opera sem restrições, segundo a Agência Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (Eurocontrol). A agência disse esperar 13 mil voos hoje no espaço aéreo europeu, contra 28 mil numa terça-feira normal.

A área livre, segundo a Eurocontrol, inclui Áustria, os Balcãs, Bélgica, Bulgária, Espanha, Hungria, Itália, sul da França, Grécia, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, República Tcheca, Romênia, norte da Suécia, Suíça, Turquia e Ucrânia.

Polônia

A companhia British Airways disse que espera pousar ao menos 25 voos em aeroportos de Londres na noite desta terça-feira, vindos dos Estados Unidos, da África e da Ásia.

Autoridades da aviação da Polônia anunciaram que o espaço aéreo será reaberto na manhã desta quarta-feira, já que a nuvem de fumaça parece estar se dispersando no continente.

De acordo com Grzegorz Hlebowicz, porta-voz da Agência de Navegação Aérea Polonês, o espaço aéreo do país será reaberto às 7h (2h de Brasília) desta quarta-feira.

A companhia aérea LOT disse que se prepara para retomar os voos, e que os primeiros --vindos de Nova York e de Chicago-- devem chegar à Varsóvia por volta das 10h (5h de Brasília) de amanhã. A companhia informou que também se prepara para retomar os voos domésticos, mas não forneceu detalhes a respeito.

Brasil x Europa

Com a reabertura total ou parcial do espaço aéreo por uma série de países, companhias retomaram algumas rotas entre o Brasil e a Europa.

A companhia aérea Air France indica que ao menos neste momento há o restabelecimento normal de seus voos partindo de São Paulo e do Rio de Janeiro para Paris.

Com a gradual liberação do tráfego, a TAM anunciou que nesta terça-feira volta a operar voos com destino a Milão, Frankfurt e Paris, sendo que o único destino ainda suspenso é Londres.

A assessoria de imprensa da TAM informou que os passageiros de voos com destino a Londres hoje devem remarcar seus voos, sem a cobrança de taxa de remarcação ou de diferença tarifária.

A companhia manifestou a intenção de realizar voos extras assim que possível, e disse que em razão da erupção vulcânica na Islândia, teve 56 voos cancelados até agora.

A alemã Lufthansa também informou que nesta terça-feira opera seus voos do Brasil para a Europa com normalidade, e que amanhã espera ampliar o número de partidas e chegadas, passando a operar um número maior de voos de longa distância, incluindo os da Europa para o Brasil.

As companhias Iberia, TAP e Alitalia operavam com normalidade desde ontem.

Fontes: FOLHA - G1- R7- Agências

Atividade do vulcão está diminuindo, diz Defesa Civil da Islândia

Dados mostram menos queda de cinza e menos movimento na cratera. Cinza expelida já provocou seis dias de caos aéreo na Europa.

A atividade no vulcão na Islândia diminuiu nas últimas horas, segundo a Defesa Civil do país. As recentes erupções provocaram o fechamento parcial do espaço aéreo europeu nos últimos seis dias, o que causou caos nos aeroportos do continente e também afetou outras regiões do mundo.

"Temos algumas indicações de que a atividade está caindo. "Temos menos queda de cinza, e também parece haver um pouco menos de atividade na cratera", disse Rognvaldur Olafsson, inspetor-chefe da Defesa Civil.

Ele disse que ainda é preciso ter cuidado, mas, segundo os dados transmitidos pelos cientistas, a atividade está decrescendo. "Ainda não podemos concluir que o pior passou, mas esperamos que sim", disse.

O vulcão sob a geleira Eyjafjallajokull, a 120 km a sudeste de Reykjavik, está em erupção a cerca de uma semana.

Imagem de satélite tomada em 17 de abril e divulgada nesta terça (20) mostra a fumaça e a cinza sobre o vulcão na geleira islandesa. (Foto: AP)


Fonte: G1

Treze países mantêm restrições a voos; nuvem deve se dissipar no fim de semana

Após 5 dias de caos aéreo, cerca de 14 mil voos devem ser realizados, segundo Eurocontrol


Em meio a progressiva abertura do espaço aéreo europeu, ao menos 13 países mantém restrições totais ou parciais ao seu espaço aéreo. A nuvem vulcânica oriunda da Islândia que causou um caos aéreo sem precedentes na Europa deve se dissipar somente no fim de semana, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), atrasando a retomada do tráfego aéreo no continente. Leia mais abaixo a situação em cada país.

A Agência Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (Eurocontrol) limitou à Dinamarca, o oeste da Irlanda e o sul da Suécia a restrição total ao tráfego aéreo devido à nuvem de cinza vulcânica. A abertura dos demais, onde a contaminação por cinza existe, porém, é mais baixa, depende diretamente das autoridades nacionais.

Passageiros esperam por sua bagagem no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha; ao menos treze países mantêm restrições/Johannes Eisele/Reuters

A região ainda sofre as consequências das nuvens de cinza provenientes do vulcão islandês Eyjafjallajokull, que desde a última quinta-feira (15) causa cancelamentos e atrasos nos voos da Europa.

A Organização Europeia pela Segurança do Tráfego Aéreo (Eurocontrol) anunciou na manhã desta terça-feira (20) que cerca de 50% dos voos programados para o espaço aéreo do continente devem ocorrer no dia de hoje.

Às 9h desta terça-feira (horário de Brasília), 11.460 voos tinham decolado, pousado ou estavam em rota na Europa, o que representa mais de um terço do total programado. Os atrasos nas operações somam cerca de 190 mil minutos, uma média de 9,5 minutos por voo.

Embora esteja longe do ideal, a situação do tráfego aéreo hoje representa uma evolução em relação aos últimos dias, quando a maioria dos grandes aeroportos da região estava completamente fechada.

Nesta terça-feira, os aeroportos de Paris, Madri, Frankfurt, Berlim e Amsterdã, alguns dos mais movimentados do continente, operam total ou parcialmente. Por outro lado, os terminais do aeroporto de Heathrow, no Reino Unido, o mais movimentado do mundo em voos internacionais, permanecem totalmente fechados.

Segundo a OMM, um sistema de baixa pressão avançando para a Islândia deve ajudar a dissipar a nuvem de cinzas vulcânicas que pode causar pane nas turbinas dos aviões.


"Do ponto de vista meteorológico, para a segunda parte da semana, mais para o fim de semana, todas as indicações são muitíssimo positivas", disse Herbert Puempel, meteorologista da OMM, a jornalistas em Genebra. "A atual situação tem muitos sinais positivos para o próximo fim de semana."

Puempel disse que, embora a nuvem de cinzas deva ser soprada na direção do Canadá e Estados Unidos nas próximas 36 horas, ela deve se manter numa altitude em que não haverá transtornos ao tráfego aéreo transatlântico.

Mais cedo, um comunicado da polícia islandesa afirmou que "a atividade vulcânica continua sendo considerável no local, e três crateras aparentemente separadas seguem em erupção".

O comunicado afirma, contudo, que a coluna de cinzas é menor e mais clara, "o que significa que não há muitas cinzas no interior".

Nova nuvem preocupa autoridades e empresas

O Centro de Observação de Cinzas Vulcânicas (VAAC) de Toulouse afirma que a nova nuvem de cinzas expelida pelo vulcão islandês passará pelo norte da Europa.

"Com as condições meteorológicas, as cinzas vulcânicas devem passar pelo sul do mar do Norte, as ilhas britânicas, Dinamarca e Escandinávia e, eventualmente, pelo extremo norte da França nas próximas 24 horas", declarou Didier Rosenblatt, meteorologista do VAAC.

Didier Rosenblatt, meteorologista do Vaac, disse que o fenômeno deverá afetar vários países do norte do continente.

Com isso, a maior parte do espaço aéreo do Reino Unido, que deveria começar a abrir gradualmente, permanece fechado. Apenas alguns aeroportos da Escócia e do norte da Inglaterra, como o de Newcastle, recebem pousos e decolagens.

A Noruega também fechou, na manhã desta terça-feira, parte do espaço aéreo no sudoeste do país.

Empresas cancelam voos

A companhia aérea britânica British Airways, uma das mais afetadas pela interrupção nas operações áreas, cancelou todos os seus voos de curta e média distância nesta terça-feira.

Já a companhia aérea alemã Lufthansa, a maior da Europa, anunciou que vai operar cerca de 200 voos, o que representa menos de 15% do tráfego habitual.

Já os aeroportos parisienses de Orly e Charles de Gaulle, os dois mais importantes da França, garantiram nesta terça-feira apenas 30% dos voos nacionais e internacionais, anunciou o ministro dos Transportes, Dominique Bussereau.

Na Espanha, apesar das operações liberadas, também há cancelamentos e atrasos, especialmente em voos que tem como destino países cujos espaços aéreos foram severamente afetados pela nuvem de cinzas.

Teste não revelou danos a turbinas

A construtora aeronáutica europeia Airbus afirmou nesta terça-feira que dois voos de teste realizados na tarde desta segunda-feira (19) por um avião gigante A380 e um A340 para avaliar o perigo das cinzas não detectaram "nada anormal".


"As tripulações dos voos de teste não perceberam nada anormal e as inspeções posteriores aos voos não revelaram nenhuma irregularidade", afirma um comunicado da Airbus.

"O A380 fez um voo de 3h50 no espaço aéreo francês e o A340-600 um voo 5h sobre a França e a Alemanha", destaca a Airbus.

"Transmitimos a informação aos fabricantes dos motores e às autoridades responsáveis por verificar a qualidade do ar para ajudar na avaliação das condições de voo", completa a Airbus no texto.

Veja a situação país a país


Reino Unido

O Reino Unido, país mais afetado pela nuvem de cinzas e que manteve a maior parte de seu espaço aéreo fechado nestes dias, decidiu abrir apenas parte do espaço aéreo da Irlanda do Norte e da Escócia, incluindo os aeroportos de Aberdeen, Inverness e Edinburgo, das 19h à 01h desta quarta-feira (das 15h às 21h no horário de Brasília).

Os aeroportos de Glasgow e Teesside também serão abertos neste período.

O Serviço de Controle do Tráfego Aéreo Nacional do Reino Unido (Nats, na sigla em inglês) alerta que o resto do espaço aéreo britânico continuará vetado. Os aviões, contudo, poderão passar pelo espaço aéreo no mesmo período, desde que acima de 6.000 metros, a altura em que está a nuvem vulcânica capaz de causar pane nas turbinas dos aviões.

Alemanha

O espaço aéreo alemão permanecerá fechado até pelo menos as 15h (horário de Brasília) desta terça-feira, apesar de algumas exceções serem permitidas, informou o órgão de controle do tráfego aéreo alemão, DFS, nesta terça-feira.

As companhias aéreas poderão operar voos com número limitado de passageiros em voos chamados visuais, o que significa que terão que voar em níveis baixos dentro do espaço aéreo alemão.

França

O tráfego aéreo está sendo retomado progressivamente e as companhias aéreas querem operar 75% das rotas de longa distância vindos de Paris e 25% das rotas domésticas.

Nos aeroportos de Paris, a Air France decidiu privilegiar os voos intercontinentais e as linhas que ligam a capital a outras cidades francesas em detrimento dos trajetos com outros países europeus.

Holanda

Praticamente todos os voos que iam a decolar do Aeroporto de Schipol, em Amsterdã, foram cancelados, assim como as aterrissagens previstas. Segundo o site do aeroporto, o tráfego aéreo será reaberto "por fases" e os primeiros voos vão acontecer durante o dia, com capacidade limitada.

Suécia

Está fechado o tráfego aéreo da zona situada ao sul da linha imaginária entre as localidades de Strömstad e Nyköping, incluindo as cidades de Gotemburgo e Malmoe.

Noruega

As autoridades norueguesas abriram o espaço aéreo até as 21h desta terça-feira, depois que meteorologistas indicaram que a nuvem vulcânica passou ao sul da Noruega.

As autoridades, contudo, fecharam os aeroportos ao longo da costa sudoeste.

Irlanda

A Autoridade de Aviação Civil ordenou a reabertura do aeroporto de Shannon, no oeste do país, às 9h, mas os aeroportos de Dublin e Cork estão fechados até as 15h. Voos acima dos 6.000 metros são permitidos.

Itália

A Itália reabriu completamente seu espaço aéreo nesta terça-feira, devido à diminuição do risco gerado pelas cinzas de um vulcão da Islândia, informou a autoridade da aviação civil do país, Enac.

Os aeroportos do norte estavam fechados desde sexta-feira, devido às cinzas expelidas pelo vulcão Eyjafjallajoekull. A Enac disse que começaria a gradualmente retirar a proibição de voos a partir das 3h (horário de Brasília).

Dinamarca

O espaço aéreo dinamarquês acima de 5.000 metros está aberto, então voos de grande altitude podem cruzar o país. Não será permitido, contudo, pousos e decolagens e o espaço aéreo abaixo dos 5.000 metros permanece fechado até às 20h desta terça-feira.

Suíça

A Suíça reabriu seu espaço aéreo às 5h, em virtude de uma decisão tomada na noite de segunda-feira pelo Escritório Federal de Aviação Civil (OFAC), que concluiu que não mais há risco procedente das cinzas do vulcão islandês.

Alguns voos, contudo, foram cancelados nos aeroportos de Genebra e Zurique.

Polônia

A Polônia decidiu manter restrições sobre o tráfego aéreo, informou a Agência Polonesa de Navegação Aérea. As limitações também se estendem à faixa sudeste. Embora aterrissagens e decolagens de voos continuem proibidas, são permitidos voos de passagem sobre o espaço aéreo polonês.

República Tcheca

O espaço aéreo e aeroportos estão abertos, e o aeroporto de Praga confirmou dois terços dos voos.

Eslováquia

Os aeroportos e espaço aéreo foram reabertos na segunda-feira e a situação deve ser reavaliada na quarta-feira.

Eslovênia

O país fechou parcialmente seu espaço aéreo às 23h desta segunda-feira até, ao menos, as 9h desta terça-feira.

Finlândia

A Autoridade Finlandesa de Aviação Civil (Finavia) anunciou que o espaço aéreo finlandês permanecerá totalmente fechado pelo menos até 3h desta quarta-feira. Nesta segunda-feira a situação melhorou, mas voltou a piorar e à noite o aeroporto de Helsinque voltou a ser fechado.

Lituânia

Espaço aéreo foi reaberto, mas todos os voos no Aeroporto de Kaunas estão cancelados, assim como a maioria dos voos no Aeroporto de Vilnius.

Estônia

O espaço aéreo está aberto, mas o Aeroporto Tallinn foi fechado.

mapaaeroportos europa 20/4 11h20 (Foto: Arte/G1)


Fontes: FOLHA - G1 - R7 - TV Globo - TV Record - Agências

Europa cria “zona proibida” e decide liberar voos

Órgão que regula atividade aérea na Europa estabelece prazo para volta das operações

A Eurocontrol, órgão que regula o tráfego aéreo na Europa, decidiu nesta segunda-feira (19) liberar os voos no continente, que desde a última quinta-feira (15) vêm sendo afetados pela nuvem de cinzas despejada na atmosfera por um vulcão na Islândia. Mas a autoridade anunciou que vai criar uma “zona proibida” para evitar riscos de acidentes.

O vulcão Eyjafjallajokull, visto do espaço, entrou em erupção na última quinta-feira na Islândia e levou o caos ao espaço aéreo europeu/Nasa/19.04.2010/AFP

A Eurocontrol anunciou a decisão no início da tarde desta segunda-feira, após uma conferência telefônica entre a Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, representantes dos países, autoridades de navegação aérea e especialistas.

Eles decidiram que os Estados europeus vão estabelecer uma “zona aérea proibida”, baseados em dados fornecidos pelo Centro de Alerta de Cinzas Vulcânicas (VAAC). A Eurocontrol fornecerá dados a cada seis horas para os diversos países.

“Operadores de aeronaves serão autorizados a operar fora dessa zona. Na sua decisão de voar ou não, eles terão o suporte de dados abertos, incluindo conselhos da comunidade científica (...), e incluindo avaliações baseadas em testes sob o ponto de vista das competentes autoridades de segurança”, disse o Eurocontrol em um comunicado.

O órgão informou ainda que não definiu um horário para que os voos voltem a operar. Mas disse que isso será feito “o mais rápido possível” e colocou o prazo máximo para as 6h (2h em Brasília) desta terça-feira (20).

Erupção levou caos ao tráfego aéreo

Desde a última quinta-feira (15), grande parte do espaço aéreo europeu está fechado devido a uma nuvem de cinzas expelida pelo vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia. Ontem, apenas cerca de 4.000 voos puderam ser feitos, mesmo com a reabertura de aeroportos do sul da França e, por algumas horas, do de Frankfurt, na Alemanha.

A Organização Europeia para a Navegação Aérea (Eurocontrol) informou que entre 8.000 e 9.000 voos devem ocorrer nesta segunda-feira, o que corresponde a cerca de 30% do total de viagens que a Europa costuma abrigar neste dia da semana.

A previsão inicial era de que 50% das partidas poderiam ocorrer hoje, se as condições meteorológicas fossem adequadas. A iniciativa de permitir mais viagens foi uma pressão das principais associações de empresas aéreas, que reclamaram prejuízos milionários por causa da paralisação das operações.

Na nota divulgada nesta terça-feira, a Eurocontrol disse que "a reação inicial dos Estados foi prudente e reduziu o risco a um mínimo absoluto". Mas afirmou também que "é hora de avançar" para uma situação que permite voos "apenas onde a segurança não estiver comprometida".

Fontes: R7 - AFP (Compilação )

Companhias aéreas e cientistas divergem sobre impacto de vulcão

Cientistas e cias aéreas em desacordo sobre a necessidade de fechamento do espaço aéreo

Especialistas divergem sobre como medir a dispersão das cinzas vulcânicas e sobre quem deve decidir quando é seguro viajar de avião, enquanto milhões de viajantes permanecem no solo e os prejuízos superam US$ 1 bilhão (cerca de R$ 1,7 bilhão) em razão da crise provocada pelas cinzas do vulcão na Islândia.

"Eu chamaria isso de bagunça europeia porque não nos concentramos nos números e nos fatos", disse Giovanni Bisignani, diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), nesta segunda-feira.

"A Europa estava usando uma abordagem matemática teórica e não é isso de que se precisa. Precisávamos de que alguns voos de teste fossem feitos para avaliar o nível de cinzas para tomar decisões", completou ele.

A British Airways, a Air France e a KLM afirmaram ter feito voos de teste e não terem encontrado dificuldades com as cinzas.

Há uma grande diferença de opiniões entre os especialistas acadêmicos e os das companhias aéreas, mas a principal autoridade da União Europeia (UE) para os transportes disse que a UE não faria concessões com relação à segurança.

A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) levou a ameaça a sério o bastante para limitar os exercícios militares depois de verificar um acúmulo de vidro vulcânico nos motores de um caça.

Danos aos aviões

Arte/Folha

Poucas pessoas contestam o dano que a cinza vulcânica pode provocar dentro de uma turbina moderna, depois que um jumbo da British Airways evitou um desastre por pouco na Indonésia em 1982, quando todas as suas quatro turbinas pararam de funcionar em razão de cinzas.

As cinzas vulcânicas contêm minúsculas partículas de pedra e silicatos que podem arranhar as superfícies aerodinâmicas e instrumentos e formar uma camada como se fosse de vidro dentro do motor.

Bisignani disse que os governos erravam ao impor a proibição das viagens aéreas no norte da Europa e afirmou que os tomadores de decisão deveriam considerar a possibilidade de formar "corredores" para redirecionar os cerca de 7 milhões de passageiros presos ao redor do planeta.

Joachim Curtius, professor do Instituto para Ciências Atmosféricas e Ambientais da Universidade Goethe, em Frankfurt, defendeu a proibição e disse que faria sentido para as companhias aéreas instalar instrumentos nas aeronaves para medir as partículas do ar.

Atualmente, apenas um pequeno número desses instrumentos, que custam dezenas de milhares de euros, é fabricado por ano.

Os pilotos não conseguem ver os bolsões de cinzas e um instrumento medindo as partículas do ar poderia alertar um piloto a tempo de reagir, por exemplo, voando a uma altitude menor, disse ele.

Apenas reduzir a altitude, no entanto, não é garantia de sucesso.

"Você poderia pensar que está seguro voando na faixa dos 6.000 metros em vez dos 12 mil metros, onde estão as cinzas, apenas para descobrir que o vento subitamente diminuiu e as cinzas estão agora em 6.000 metros", disse Stewart John, membro da Academia Real de Engenharia e ex-presidente da Sociedade Real Aeronáutica, do Reino Unido.

Entenda os perigos de voar em nuvens de cinzas vulcânicas

A decisão das autoridades de aviação do Reino Unido de fechar o espaço aéreo do país, nesta quinta-feira, diante da proximidade de uma nuvem de cinzas originada por um vulcão na Islândia, trouxe à tona um perigo relativamente pouco conhecido por passageiros e leigos.

Segundo especialistas, esse tipo de fenômeno é capaz de estragar janelas e estruturas de aeronaves, ou até parar as turbinas dos aviões em pleno voo.


"Se partículas de cinzas vulcânicas entram em uma turbina, elas se acumulam e entopem o motor com material derretido", explicou à BBC David Rothery, especialista em vulcões da Open University.

Em um dos incidentes mais dramáticos já registrados, em 1982, um Boeing da British Airways com 263 passageiros a bordo ficou com as turbinas travadas durante vários minutos depois de atravessar uma nuvem de cinzas na Indonésia. Ao perder altitude e sair da nuvem, o material derretido se condensou e se soltou, e os motores voltaram a funcionar.

Tripulantes e passageiros depois relataram que o avião também ficou cercado de faíscas --por causa do fenômeno conhecido como Fogo de Santelmo--, que as janelas foram atingidas pelo que parecia ser areia e que um forte cheiro de enxofre invadiu a cabine, forçando-os a respirar com máscaras de oxigênio.

Com as vidraças quebradas, os pilotos foram obrigados a aterrissar apenas por instrumentos em Jacarta.

Em 1989, uma aeronave da KLM sofreu problemas semelhantes ao atravessar uma nuvem de cinzas vulcânicas no Alasca.

Prejuízo

Segundo Rothery, o incidente resultou em uma mudança nas instruções de emergência para pilotos nestes casos.


"Antigamente, quando os motores começavam a falhar, a prática comum era aumentar a potência. Mas isso só piora o problema das cinzas", explicou.

"Hoje em dia, o piloto desacelera e perde altitude para tentar sair da nuvem de cinzas assim que possível. Uma rajada de ar frio e limpo normalmente é suficiente para limpar e desentupir as turbinas."

Mesmo que não resulte em um incidente grave, a invasão de cinzas em uma turbina faz com que ela seja praticamente inutilizada para futuros voos, de acordo com David Learnout, especialista em aviação do site Flight Global.com.

Em entrevista à BBC Brasil, Learnout disse que isso gera um prejuízo econômico enorme para as companhias aéreas.

"Mesmo que a turbina volte a funcionar, ela perde sua eficiência e passa a gastar muito mais combustível", explicou. "A companhia aérea tem que simplesmente jogar fora esses motores danificados. E o motor responde por um terço do custo de uma aeronave."

Além disso, a maneira como as cinzas atingem o avião altera a forma de todos os seus componentes, segundo Learnout.

Segundo Dougal Jerram, geólogo da Universidade de Durham, as nuvens de cinzas vulcânicas são lançadas na atmosfera após a erupção explosiva de vulcões.

"Se forem lançadas a uma grande altitude, essas cinzas podem chegar às correntes de ar e serem dispersadas pelo resto do planeta, como por exemplo, da Islândia para o resto da Europa", disse. " E é nessas altitudes que os aviões voam."


Fontes: FOLHA - Reuters - BBC ( Compilação )

Nova nuvem de cinzas chega à Grã-Bretanha, dizem autoridades

Erupção de vulcão na Islândia teria se intensificado. Europa enfrentou quinto dia de caos aéreo nesta segunda-feira (19).

Cinzas e vapor erguem-se do vulcão na geleira Eyjafjallajokull nesta segunda-feira (19) na Islândia. (Foto: Reuters)

A erupção do vulcão da Islândia intensificou-se nesta segunda-feira (19), com uma nova nuvem de cinzas deslocando-se para a Grã-Bretanha, anunciaram à noite as autoridades aéreas britânicas.

A Europa enfrentou nesta segunda-feira o quinto dia de caos aéreo por conta das cinzas. As autoridades informaram que, na terça, as restrições a voos seriam parcialmente levantadas.

"A erupção vulcânica na Islândia se intensificou e uma nova nuvem de cinzas está se deslocando para o sul e o leste em direção a Grã-Bretanha", afirmou o serviço de controle do tráfego aéreo britânico (Nats).

"A última informação do Met Office (o serviço de meteorologia) mostra que a situação está piorando em algumas áreas", afirmou o Nats em um comunicado.

Os aeroportos escoceses devem seguir em funcionamento a partir das 6h GMT (3h de Brasília), assim como foi anunciado anteriormente, mas o Nats não tinha informações sobre a situação dos aeroportos da Irlanda do Norte.

Outros aeroportos ingleses podem começar a funcionar a partir das 12h GMT (9h de Brasília), ainda que não seja esperado que os principais aeroportos de Londres reabram, segundo o Nats, que acrescentou que "a situação provavelmente mudará durante a noite".

O serviço de controle de tráfego afirmou mais cedo que a Grã-Bretanha iniciaria na terça-feira a retirada das restrições aéreas, impostas desde a última semana.

A Grã-Bretanha foi um dos primeiros países a fechar seu espaço aéreo devido à nuvem de cinzas provocada pela erupção do vulcão Eyjafjoll na última quinta-feira.



Países devem reabrir espaço aéreo

O Serviço Nacional de Tráfego Aéreo do Reino Unido alertou nesta segunda-feira que a fumaça do vulcão islandês que causa caos aéreo na Europa há cinco dias se intensificou e lança mais cinzas em direção ao país. O alerta ocorre enquanto vários países da Europa --Reino Unido, França, Alemanha e Bélgica-- se preparam para reabrir seu espaço aéreo nesta terça-feira.

O comunicado indica que o espaço aéreo da Escócia será reaberto nesta terça-feira, mas que a situação na Irlanda do Norte é incerta. Segundo a nota, os voos devem ser retomados em algumas áreas da Inglaterra, mas que não se sabe se a área de Londres estará incluída.

Passageiros fazem fila para trem Eurostar em Londres; fumaça de vulcão se intensifica sobre o Reino Unido/ Matt Dunham/AP

Anteriormente, autoridades britânicas da aviação civil, citadas pela rede de TV Sky News, anunciaram que o espaço aéreo do Reino Unido será reaberto progressivamente amanhã.

Segundo a TV, o espaço aéreo será reaberto na Escócia às 5h de amanhã (3h no horário de Brasília); no norte da Inglaterra às 11h (8h de Brasília), e no sul da Inglaterra às 17h (14h de Brasília). A Bélgica também anunciou que permitirá alguns pousos em seu território a partir das 8h da terça-feira (3h em Brasília) e decolagens a partir das 14h (9h em Brasília).

O governo da França anunciou a reabertura parcial dos aeroportos do norte do país a partir desta terça-feira, às 8h local (3h de Brasília). Segundo o governo, a medida permitirá uma "recuperação progressiva do tráfego aéreo", informou um comunicado oficial.

O anúncio foi feito no final de uma reunião entre o primeiro-ministro francês, François Fillon, e ministros e secretários de Estado para discutir as consequências no setor do transporte aéreo com o fechamento de aeroportos pela nuvem de cinzas procedente da Islândia.

Zonas

Após o cancelamento de ao menos 63 mil voos entre a última quinta-feira e o domingo, o tráfego aéreo no continente europeu pode ser normalizado na quinta-feira (22) caso a emissão de cinzas sigam diminuindo, anunciou a Eurocontrol, a agência europeia para segurança aérea, de acordo com informações da France Presse.

A UE vai definir, "nas próximas horas", as três zonas em que dividirão o espaço aéreo europeu segundo o nível de poluição causado pela nuvem de cinzas do vulcão islandês.

Haverá uma "zona sem voo", imediatamente acima da nuvem e por onde nenhum avião poderá passar; uma "zona com alguma contaminação", por onde os aviões poderão passar, mas desde que ampliem as medidas de segurança; e uma terceira zona de livre circulação.


"A partir de amanhã, nós devemos ver progressivamente mais aviões começarem a voar", disse o comissário de Transporte da UE, Siim Kallas.

Críticas

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) pressiona nesta segunda-feira por medidas urgentes pela retomada dos voos na Europa, cuja interrupção causa um prejuízo diário de US$ 250 milhões para as empresas do setor.

A Iata afirmou que as autoridades aéreas "perderam oportunidades de voar com segurança". "Este vulcão paralisou o setor aéreo, primeiro na Europa, e agora está tendo implicações mundiais. A escala do impacto econômico já é maior do que no 11 de Setembro (de 2001), quando o espaço aéreo dos EUA foi fechado por três dias", disse o diretor da associação, Giovanni Bisignani.

Em entrevista coletiva em Paris, ele criticou a proibição generalizada de voos e defendeu "formas de flexibilizar o espaço aéreo, passo a passo".

A companhia aérea britânica British Airways apontou hoje que as atuais restrições impostas no espaço aéreo europeu são "desnecessárias", com base nos voos de teste realizados por esta e outras empresas.

Os resultados obtidos até o momento pelo voo de teste de um avião da British Airways, assim como os efetuados por outras companhias aéreas europeias, "fornecem novas provas de que as atuais restrições no espaço aéreo são desnecessárias", segundo a empresa britânica.

Brasil

Até o momento a Infraero, estatal responsável pelos aeroportos brasileiros, confirma o cancelamento de 15 voos que deveriam chegar da Europa para o Brasil nesta segunda-feira.

São 11 voos que deveriam partir ou chegar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e outros quatro que passariam pelo Aeroporto Internacional galeão, no Rio de Janeiro.



Fontes: G1- FOLHA - TV Globo - Agências ( Compilação )

Sobrevoo a vulcão revela gigantesca coluna de fumaça e pó sobre vilarejos

Preocupação na Islândia é reconstruir casas e confinar os animais. Geóloga diz que não há previsão de término da erupção.

Reprodução/TV Globo

Na Islândia, a combinação frio e fogo tem causado uma enorme nuvem de cinzas e provocado caos nos aeroportos do mundo todo. Ao sobrevoar o vulcão em erupção, é possível ver a gigantesca coluna de fumaça de quase 8 quilômetros de altura.

Antes de alçar voo, no entanto, o aviso do piloto é claro: "Se as cinzas entrarem nas turbinas, o motor será destruído e o dia acaba".

Perto do vulcão, dá para sentir os ventos, que mudam rápido de direção. Não dá para ficar mais que alguns minutos perto do local. Apesar de as quantidades de cinzas já terem diminuído, os geólogos avisam que a montanha é como uma “panela de pressão”. Debaixo do gelo, há lava em altíssima temperatura, que pode jorrar a qualquer momento.

De cima, dá para ver o pó vulcânico cobrindo os vilarejos, escurecendo o dia. O cheiro de enxofre se espalha no ar.

A poeira se transforma em barro vulcânico. As casas estão cobertas de lama negra. Cerca de 700 pessoas já tiveram de deixar as casas e não sabem quando vão voltar.

Apesar disso, não há vítimas. As equipes de resgate conseguiram retirar todos os habitantes dos lugares onde ocorreram avalanches.

Reprodução/TV Globo

A maior preocupação agora é reconstruir casas, celeiros e manter os animais confinados.

Uma das geólogas que faz parte da equipe de cientistas que tenta compreender os próximos passos do vulcão ouve sempre a mesma pergunta de jornalistas: “Quando a erupção vai parar?”

Ela diz que não há previsão e que é preciso entender que a terra está viva e que as pessoas não têm poder sobre ela.


Fontes: G1 - Rede Globo

Aéreas defendem retomada de 50% dos voos na Europa

Companhias pedem a reabertura parcial dos aeroportos nesta segunda-feira (18)

Companhias aéreas já canceleram 63 mil voos por causa da nuvem de cinzas/AP

Ministros dos Transportes dos 27 países afetados pela nuvem de cinzas expelida pelo vulcão Eyjafjallajokull se reúnem nesta segunda-feira (18) para discutir a retomada de até 50% dos voos, após o cancelamento de 63 mil desde o início da nuvem de cinzas no último dia 15.

O prejuízo diário estimado em R$ 360 milhões (US$ 200 milhões) e a insatisfação de 6,8 milhões de passageiros afetados reduziram com a paciência das maiores companhias aéreas da Europa neste sábado (17).

Depois de realizarem voos de teste na França, Alemanha, Inglaterra e Holanda, as empresas passaram a defender a reabertura, ao menos parcial, dos aeroportos. Eles alegam que a fumaça expelida do vulcão não oferece risco às aeronaves.

Os governos também anunciaram as medidas para mitigar os efeitos da paralisação. Na França, uma linha imaginária foi traçada entre as cidades de Nice e Bordeaux, no sul do país. Nove aeroportos civis e cinco militares situados abaixo do limite serão abertos.

Até a noite de hoje, 96 horas depois dos primeiros distúrbios, 30 países haviam fechado total ou parcialmente seus espaços aéreos, entre os quais Reino Unido, França, Alemanha e Holanda.

Companhias

Insatisfeitas com a cascata de cancelamentos de voos – 8.000 no primeiro dia, contra 19 mil de hoje - e com o caos nos aeroportos, as principais companhias aéreas deram início à uma discreta ofensiva política pela liberação progressiva do espaço aéreo.

Em nota oficial, representantes da AEA (Associação Europeia de Companhias Aéreas) e do Conselho Internacional dos Aeroportos (ACI, na sigla em inglês), órgão que reúne operadores aeroportuários, pediram a imediata liberação do tráfego.

Olivier Janovec, diretor-geral da ACI Europa, apelou para o argumento econômico e disse que o impacto do fechamento dos aeroportos já é considerado superior ao 11 de Setembro.

Em nota, a Eurocontrol, entidade que reúne em Bruxelas os escritórios nacionais de controle do tráfego da Europa, afirmou que "nós não tomamos as decisões de abrir ou fechar o espaço aéreo". O órgão alega se basear em projeções meteorológicas e dados científicos para amparar suas recomendações.

Pela manhã, Air France, na França, Lufthansa, na Alemanha, KLM, na Holanda, e British Air, no Reino Unido, realizaram voos nacionais, sem passageiros, nos quais testaram a resistência dos componentes mecânicos e eletrônicos das aeronaves, quando em contato com as partículas de cinzas abrasivas. O resultado impulsionou as empresas à reação contra as autoridades políticas de Bruxelas. Eles alegam que não há risco às aeronaves.

Testes

Na Alemanha, os controladores de voo deram permissão para a realização de algumas viagens, mas somente para destinos específicos. Em Frankfurt e Hahn, por exemplo, foram permitidas viagens de pequeno porte também as 20 horas (17 horas em Brasília), mas apenas para certas cidades ao norte.

Já nos aeroportos de Berlim, Hannover, Erfurt e Leipzig, somente voos para a região leste puderam decolar até as 20 horas. Em Hamburgo, as restrições havias sido retiradas, mas a decisão foi revertida logo depois.

A KLM, realizou alguns voos testes neste domingo e, segundo o diretor-executivo da empresa, Peter Hartman, que estava em uma das aeronaves que decolou, não houve nada "fora do comum". "Se a avaliação técnica confirmar isso, esperamos conseguir o quanto antes a permissão para reiniciar nossas operações", disse.

Steven Verhagen, vice-presidente da Associação de Pilotos da Alemanha, disse que, em sua opinião, "não há absolutamente nenhuma razão em temer o reinício dos voos". "Estamos pedido para as autoridades revisarem a situação, porque nunca há 100% de segurança. É fácil fechar o espaço aéreo porque há alguns riscos. Mas em algum momento deve haver reabertura", completou.

Meteorologistas, porém, alertaram que a situação no céu europeu permanece instável e em constante mudança por conta dos ventos. As erupções vulcânicas regulares e esporádicas também podem afetar a situação, uma vez que pode aumentar repentinamente a quantidade de cinzas na atmosfera.
Arte/R7

Fontes: R7 - O ESTADO -  BBC - AP ( Matéria formada com materiais das fontes citadas )

Islândia pode enfrentar décadas de vulcanismo violento, dizem cientistas

As viagens aéreas na região do Atlântico Norte podem ficar um bocado mais complicadas nos próximos anos.

Espaço aéreo de vários países foi fechado por causa da fumaça. Islândia,14/04/2010. Foto: Arni Saeberg/Icelandic Coast/AP

Vulcanólogos afirmam que os "fogos de artifício" no vulcão islandês Eyjafjallajökull, na Islândia, responsáveis pelo adiamento de todos os voos comerciais no norte da Europa nos últimos dias, podem acabar virando uma visão familiar.

O aumento dos tremores sob a Islândia ao longo da década passada sugere que a área está entrando numa fase mais ativa, com mais erupções e potencial para algumas explosões das grandes.

"A atividade vulcânica na Islândia parece seguir uma periodicidade que fica entre 50 anos e 80 anos. O aumento na atividade nos últimos dez anos sugere que estamos chegando a uma fase mais ativa, com mais erupções", diz Thorvaldur Thordarson, especialista em vulcôes islandeses da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido. Em comparação, a segunda metade do século 20 foi bem mais tranquila que a média.

Junto com o aumento do vulcanismo, há registros de atividade sísmica elevada perto da Islândia, incluindo o terremoto de magnitude 6.1 que chacoalhou Reykjavík, capital do país, em maio de 2008.

Em 1998, Gudrún Larsen, da Universidade da Islândia em Reykjavík, usou 800 anos de dados de camadas de lava, testemunhos de gelo (grandes cilindros retirados de camadas de gelo) e registros históricos para mostrar que o vulcanismo islandês passa por períodos de alta e baixa atividade. Os picos desses ciclos parecem estar ligados a surtos de terremotos, que liberam a tensão acumulada de falhas tectônicas perto da Islândia, causada pela expansão do oceano Atlântico.

Além disso, a periodicidade pode estar ligada a pulsos de magma que partem do manto terrestre, bem como a flutuações da superfície causadas pelo derretimento de geleiras e atividade geotérmica.

Vulcões

Larsen e seus colegas mostraram que a camada de gelo da região de Vatnajökull -- que inclui dois vulcões altamente ativos, o Grímsvötn e o Bárdarbunga -- experimentou seis e 11 erupções a cada 40 anos durante fases de alta atividade, contra não mais de três erupções por período de 40 anos durante as fases de baixa atividade. Outras regiões da Islândia parecem seguir esse padrão.

Além de se tornarem mais frequentes, as erupções parecem ficar mais intensas durante as fases de atividade elevada. Algumas das erupções mais devastadoras da história islandesa -- como a do vulcão Laki em 1783, que matou mais de metade do gado da Islândia e levou a uma fome que exterminou um quarto da população humana -- ocorreram nesses momentos.

A julgar pela atividade vulcânica e sísmica recente, Thordarson e seus colegas acreditam que a Islândia está entrando numa dessas fases ativas, e estimam que ela vai durar uns 60 anos, com seu máximo entre 2030 e 2040.

Fontes: FOLHA/New Scientist

Domingo deve ter 20 mil voos cancelados na Europa

Segundo Eurocontrol, até o final do dia serão mais de 63 mil os voos cancelados no espaço aéreo europeu desde a quinta-feira passada, quando começou a se estender a nuvem de cinzas

Cancelados. Dos 24 mil voos previstos para este domingo, 18, só quatro mil poderão decolar, o que fez com que os aeroportos, como o de Barcelona acima, ficassem lotados. Foto: Albert Gea/Reuters


BRUXELAS - Cerca de 20 mil voos foram ou serão cancelados neste domingo, 18, na Europa pelo fechamento de grande parte de seu espaço aéreo em virtude da nuvem de cinzas formada por um vulcão islandês, informou a Eurocontrol, a agência responsável pela segurança nos céus do continente.

A agência indicou que, dos aproximadamente 24 mil voos previstos para este domingo- o número comum para domingo - só poderão decolar quatro mil.

Segundo a Eurocontrol, que elaborou seu boletim com base em dados das 7h30 (Brasília), "não foram proporcionados serviços de controle do tráfego aéreo na maior parte do espaço aéreo europeu".

A agência confirmou que estão total ou parcialmente fechados os seguintes espaços aéreos europeus: Áustria, Bélgica, Croácia, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, grande parte da França e Alemanha, Hungria, Irlanda, norte da Itália, Holanda, Noruega, Polônia, Romênia, Sérvia, Eslovênia, norte da Espanha, Suécia, Suíça, Ucrânia e Reino Unido.

O comunicado diz ainda que em algumas dessas áreas o espaço aéreo superior poderá ser utilizado, dependendo das previsões meteorológicas e do nível da fumaça na zona. No entanto, a Eurocontrol indica que "é difícil chegar a esse espaço aéreo, já que na maior parte dos casos as áreas circundantes não estão abertas aos voos".

Por isso, em relação ao sul da Europa, assinala que parte de Espanha, Portugal, sul dos Bálcãs, sul da Itália, Grécia e Turquia mantêm céu aberto, com voos operando.

A agência afirmou que, até o final do dia, serão mais de 63 mil os voos cancelados no espaço aéreo europeu desde a quinta-feira, 15, quando começou a se estender a fumaça.

Abaixo, a quantidade de voos realizados na Europa desde que a nuvem de cinzas começou a se propagar, segundo números da Eurocontrol:

- Quinta-feira, 15 de abril: 20.842 voos realizados, contra 28.578 operados na quinta-feira anterior (-27,1%)

- Sexta-feira, 16 de abril: 11.659 voos, contra 28.597 da sexta-feira anterior (-59,2%)

- Sábado, 17 de abril: 4.886 voos, contra 22.653 do sábado anterior (-78,4%)

- Domingo, 18 de abril: espera-se quatro mil voos, contra 24.965 do domingo anterior (-84%)

Maioria dos países da Europa aumenta restrições aéreas

Tráfego áereo permanece fechado na maior parte dos aeroportos. Foto: David W Cerny/Reuters

Os espaços aéreos da Europa continuam fechados neste domingo, 18, devido à nuvem de cinza procedente da erupção de um vulcão ao sul da Islândia. A maioria dos países estenderam as restrições de fechamento por ordem das Agências de Aviação Civil.

O centro de controle de tráfego aéreo do Reino Unido (Nats) ampliou até as 7h de segunda-feira (3h em Brasília) o fechamento do espaço aéreo. O setor está paralisado desde o meio-dia de quinta-feira, 15.

Na Dinamarca, o fechamento vai até as 22h (de Brasília). Já na Finlândia, as restrições seguem até as 13h (8h, Brasília) da segunda-feira. A Suécia permanece com o espaço aéreo fechado até as 14h (9h, Brasília) de segunda-feira.

Outros países que confirmaram neste domingo o fechamento de todos os aeroportos para pousos e decolagens até segunda-feira foram República Tcheca e Irlanda. O espaço aéreo de ambos não abrirá antes do início da tarde de amanhã (na hora local).

Enquanto isso, os aeroportos do norte da Itália continuam fechados, o que levou a um excesso da demanda do serviço ferroviário, que ficou lotado. Segundo a Sociedade Aeroportuária de Milão, citada pelo "Corriere della Sera", calcula-se que em torno de 50 mil pessoas perderam suas viagens até agora.

O Ente Nacional de Aviação Civil italiano (Enac) dispôs ontem o fechamento dos aeroportos do norte do país até a segunda-feira, 19.

Retorno. Depois de vários dias parados, alguns aeroportos europeus voltam a funcionar total ou parcialmente na Europa. Foto: Peter Dejong/AP

França, Alemanha e Itália reabrem aeroportos

Vistá aérea de aeronaves paradas neste domingo (18) no aeroporto em Frankfurt, na Alemanha/Thomas Lohnes Germany / AFP Photo DDP

A França anunciou neste domingo, 18, a reabertura do tráfego aéreo comercial em vários aeroportos do sul do país, entre eles os de Nice e Marselha, mas mantém fechados os aeroportos de Paris.

A Direção Geral de Aviação Civil, DGAC, confirmou que os voos comerciais poderão operar ao sul de uma linha imaginária entre as cidades de Bordeaux e Marselha. A decisão afeta, entre outros, os aeroportos de Toulouse, Montpellier, Pau, Tarbes, Biarritz, Ajaccio e Bastia, que ficarão abertos pelo menos até a segunda-feira.

A Alemanha também levantou hoje o bloqueio de seis aeroportos do país para os voos em direção ao leste.

Um porta-voz do departamento alemão de segurança aérea confirmou à agência de notícias local "DPA" que está autorizada a operação de voos para o leste a partir dos aeroportos de Berlin-Schoenefeld, Berlin-Tegel, Erfurt, Leipzig, Hamburgo e Hannover. No entanto, ainda é preciso decidir que medidas serão tomadas a partir das 15h (Brasília), hora prevista para o levantamento do bloqueio do espaço aéreo.

Os aeroportos da Espanha que tinham sido fechados no início deste domingo reataram suas operações às 15h30 deste domingo (10h30 de Brasília). Os aeroportos são os de Barcelona, Girona, Reus, Sabadell, Palma de Mallorca, Menorca, San Bonet, Astúrias, Santander, Bilbao, San Sebastián, Vitoria, Pamplona, Logroño, Huesca e Zaragoza.

Em outras regiões da Europa

Na Bélgica o fechamento do espaço aéreo foi prolongado até, pelo menos, às 10h deste domingo. O porta-voz do Ministério de Mobilidade belga, Jan Pauwels, confirmou a ampliação das restrições no céu do país, e que as autoridades voltarão a se reunir pela tarde para estudar se ainda é necessário o prolongamento, segundo a agência "Belga". Já a Bulgária fechou indefinidamente seu espaço aéreo desde as 9h hora local (3h de Brasília).

O espaço aéreo de Estônia, Letônia e Lituânia também continuarão fechados pelo menos até a tarde deste domingo. Fontes da Direção de Aeronáutica da Lituânia informaram que a medida vai ficar em vigor até as 16h local (12h de Brasília).

Restrições similares foram impostas pelas autoridades da Letônia e Estônia, as outras duas repúblicas bálticas que fizeram parte da extinta União Soviética. O espaço aéreo dos países bálticos permanece fechado desde a sexta-feira passada.

A Noruega, por sua vez, decretou a abertura de uma ampla área, desde Kristiansund, no centro do país, até Berlevag, na província de Finamarca, fronteira com a Rússia.

De acordo com dados divulgados no site da Agência Europeia para a Segurança na Navegação Aérea, Eurocontrol, também está totalmente restrito o tráfego aéreo da Holanda, Polônia, Croácia, Hungria, Eslovênia, Romênia, Suíça, Sérvia e Eslováquia.

Atualizações no espaço aéreo
 
Apesar dos testes realizados ontem e hoje, a previsão meteorólogica não é otimista em relação às nuvens de fumaça e alguns países confirmam no momento o fechamento do espaço aéreo até segunda-feira.

O centro de controle de tráfego aéreo do Reino Unido (Nats) ampliou hoje até a 1h de segunda-feira (22h de domingo em Brasília) o fechamento de seu espaço aéreo em virtude da nuvem derivada das cinzas lançadas pelo vulcão islandês.

O Nats tomou a decisão após consultar a última previsão do escritório de meteorologia britânico e constatar que a nuvem de cinzas segue cobrindo quase todo seu espaço aéreo e que a situação "piorou ligeiramente" nas últimas horas.

O tráfego aéreo está fechado no Reino Unido desde o meio-dia de quinta-feira e o Nats divulgará uma nova estimativa a partir das 15h de hoje (11h, Brasília).

Na França, foi confirmado hoje o fechamento ao tráfego comercial dos aeroportos do sudoeste do país, os únicos grandes que ainda continuavam abertos.

A Direção Geral de Aviação Civil (DGAC) anunciou em comunicado que os aeroportos ficarão fechados a partir das 14h (9h, Brasília). Assim, não funcionarão para pousos e decolagens os de Toulouse, Montpellier, Pau, Tarbes, Biarritz e Perpignan.

Entre os aeroportos já fechados ao tráfego aéreo no país todo estão os três de Paris (Roissy-Charles de Gaulle, Orly e Le Bourget), além dos também importantes de Cherburgo, Lille, Brest,Lannion, Estrasburgo, Metz, Beauvais, Lorient, Rennes, Nantes e Lyon.

Na Suíça, o espaço aéreo permanecerá fechado, pelo menos, até as 14h (9h, Brasília) de segunda-feira, devido à nuvem de cinzas vulcânicas originada na Islândia, segundo anunciou hoje o Escritório Federal de Aviação Civil.

A decisão amplia ainda mais a proibição de voos na Suíça, que ainda hoje tinha sido estendida até a manhã de segunda-feira. O espaço aéreo da Suíça permanece fechado desde a meia-noite de sexta-feira (19h de quinta).

Outros países que confirmaram hoje o fechamento de todos os aeroportos para pousos e decolagens até segunda-feira foram República Tcheca e Irlanda. O espaço aéreo de ambos não abrirá antes do início da tarde de amanhã (na hora local).

Fontes: O ESTADO - FOLHA - G1 - R7 - Agências

Após testes, companhias aéreas dizem que fumaça vulcânica não afetou aviões

Cias aérea fizeram testes com alguns voos sem passageiros para aferir riscos

As companhias aéreas KLM e Lufthansa, que realizaram testes na Europa neste sábado, disseram que seus aviões não apresentaram impactos por causa da fumaça vulcânica que forçou o fechamento do espaço aéreo e de vários aeroportos em todo o continente.

A fumaça decorrente de uma erupção vulcânica na Islândia causou um caos aéreo ao redor da Europa e em todo o mundo nos últimos dias, e os problemas pioraram neste sábado quando a nuvem de fumaça se espalhou para o sudeste, sobre o continente europeu.

A fumaça vulcânica tem um efeito abrasivo e pode danificar superfícies aerodinâmicas vitais e paralisar o motor de uma aeronave.

Com a perspectiva de dias sob uma nuvem de fumaça, pilotos e oficiais de aviação buscam um meio de dobrar a situação alterando os níveis de altitude.

A empresa alemã Lufthansa disse ter transportado dez aviões de Frankfurt para Munique, a maioria voando a "nível visual" de 3.000 metros, enquanto também testava condições a uma altitude de 8.000 metros, segundo o porta-voz Aage Duenhaupt.


"Todos os aviões foram inspecionados na chegada em Frankfurt, mas não houve danos às janelas da cabine de comando ou à fuselagem e nenhum impacto nos motores", disse.

Já a holandesa KLM disse que se próximos exames mostrarem que o teste foi bem sucedido, espera levar seis aeronaves da Alemanha para Amsterdã, na Holanda, neste domingo e conseguir permissão para retomar suas operações parcialmente.

A KLM disse ter levado dois aviões Boeing 737-800 sobre a Holanda a uma altitude regular, de 10 mil a 13 mil metros, e a outros níveis também.


"Não encontramos nada atípico, nem durante o voo, nem durante a primeira inspeção em solo", disse o executivo Peter Hartman, que participou do teste.

"Se os exames técnicos confirmaram esse cenário, estamos prontos para amanhã trazer nossos sete aviões de Dusseldorf para Amsterdã", disse em comunicado. "Aí esperamos conseguir permissão o quanto antes para retomar parcialmente nossas operações e levar nossos passageiros a seus destinos."

Já foram feitos testes na França e na Bélgica neste sábado, disse um porta-voz, que informou que os voos estão ocorrendo a altitudes mais baixas que o normal, sem passageiros à bordo.

O Ministério holandês afirmou que foram estabelecidas condições de segurança específicas para os voos, e que o voo da KLM estava sendo feito sob "circunstâncias controladas".

Arte/FOLHA


Entenda os perigos de voar em nuvens de cinzas vulcânicas

A decisão das autoridades de aviação do Reino Unido de fechar o espaço aéreo do país, diante da proximidade de uma nuvem de cinzas originada por um vulcão na Islândia, trouxe à tona um perigo relativamente pouco conhecido por passageiros e leigos.

Segundo especialistas, esse tipo de fenômeno é capaz de estragar janelas e estruturas de aeronaves, ou até parar as turbinas dos aviões em pleno voo.

"Se partículas de cinzas vulcânicas entram em uma turbina, elas se acumulam e entopem o motor com material derretido", explicou à BBC David Rothery, especialista em vulcões da Open University.

Em um dos incidentes mais dramáticos já registrados, em 1982, um Boeing da British Airways com 263 passageiros a bordo ficou com as turbinas travadas durante vários minutos depois de atravessar uma nuvem de cinzas na Indonésia. Ao perder altitude e sair da nuvem, o material derretido se condensou e se soltou, e os motores voltaram a funcionar.

Tripulantes e passageiros depois relataram que o avião também ficou cercado de faíscas --por causa do fenômeno conhecido como Fogo de Santelmo--, que as janelas foram atingidas pelo que parecia ser areia e que um forte cheiro de enxofre invadiu a cabine, forçando-os a respirar com máscaras de oxigênio.

Com as vidraças quebradas, os pilotos foram obrigados a aterrissar apenas por instrumentos em Jacarta.

Em 1989, uma aeronave da KLM sofreu problemas semelhantes ao atravessar uma nuvem de cinzas vulcânicas no Alasca.

Prejuízo

Segundo Rothery, o incidente resultou em uma mudança nas instruções de emergência para pilotos nestes casos.

"Antigamente, quando os motores começavam a falhar, a prática comum era aumentar a potência. Mas isso só piora o problema das cinzas", explicou.

"Hoje em dia, o piloto desacelera e perde altitude para tentar sair da nuvem de cinzas assim que possível. Uma rajada de ar frio e limpo normalmente é suficiente para limpar e desentupir as turbinas."

Mesmo que não resulte em um incidente grave, a invasão de cinzas em uma turbina faz com que ela seja praticamente inutilizada para futuros voos, de acordo com David Learnout, especialista em aviação do site Flight Global.com.

Em entrevista à BBC Brasil, Learnout disse que isso gera um prejuízo econômico enorme para as companhias aéreas.

"Mesmo que a turbina volte a funcionar, ela perde sua eficiência e passa a gastar muito mais combustível", explicou. "A companhia aérea tem que simplesmente jogar fora esses motores danificados. E o motor responde por um terço do custo de uma aeronave."

Além disso, a maneira como as cinzas atingem o avião altera a forma de todos os seus componentes, segundo Learnout.

Segundo Dougal Jerram, geólogo da Universidade de Durham, as nuvens de cinzas vulcânicas são lançadas na atmosfera após a erupção explosiva de vulcões.


"Se forem lançadas a uma grande altitude, essas cinzas podem chegar às correntes de ar e serem dispersadas pelo resto do planeta, como por exemplo, da Islândia para o resto da Europa", disse. " E é nessas altitudes que os aviões voam." 


Leia também: 

Cinzas vulcânicas – Por que cancelaram tantos voos?


Fontes: FOLHA - BBC - Agências

Maior caos aéreo da história deixa 30 milhões de passageiros sem voar

Dezessete mil voos foram cancelados em toda a Europa, uma situação muito pior do que o caos provocado pelos atentados de 11 de setembro de 2001.

Dezessete mil voos foram cancelados em toda a Europa, uma situação muito pior do que o caos provocado pelos atentados de 11 de setembro de 2001. Muitos aeroportos só devem reabrir na segunda-feira. O correspondente Marcos Losekann conta como foi o sábado em mais de 20 países europeus.

Filas e mais filas pra tentar viajar de trem, de ônibus ou de navio. Em toda a Europa, é como se os meios de transporte tivessem voltado no tempo, ao começo do século passado, quando ainda não existiam aviões de passageiros.

O ator de Hollywood, John Gleese, que estava na Noruega, pagou o equivalente a R$ 9 mil por uma corrida de táxi de dois mil quilômetros até a Bélgica. De lá, veio de trem até Londres, onde tinha um compromisso.

O maior caos aéreo da história da aviação já deixou cerca de 30 milhões de passageiros sem poder voar em todo o planeta, consequência do fechamento de aeroportos em 27 países. Nas torres de controle de voo, uma circunstância inimaginável. Os operadores que controlam em média 28 mil aviões diariamente em toda a Europa, agora estão sem nada para fazer.

A pior situação é na Grã-Bretanha, onde todos os aeroportos fecharam. A encarregada do serviço postal diz que três milhões de pacotes, principalmente com documentos e remédios essenciais, deixaram de ser entregues aos destinatários. Em três dias de paralisação, o prejuízo das companhias aéreas britânicas é equivalente a quase R$ 2 bilhões.

É impressionante a cena que se vê no Aeroporto Internacional de Heathrow, em Londres - um dos maiores e mais importantes do mundo. Geralmente, em dias normais, 180 mil passageiros circulam por lá. Neste sábado (17), pelo menos 1500 aviões estão no chão, impedidos de voar por questões de segurança.

As companhias aéreas chegaram a cobrir as turbinas com plástico para evitar o perigo que está no ar. Uma ameaça que vem das profundezas da Terra, na Islândia, a mais de 1,7 mil quilômetros da superfície. São as cinzas do vulcão Eyjafjallajokull, que entrou em erupção depois de passar 200 anos adormecido.

O vulcão fica embaixo de uma geleira e é por isso que a nuvem de fumaça que cobriu a Europa é tão escura e gigante. Quando a lava entra em contato com o gelo, ela esfria rapidamente. Há um choque térmico e esse material explode, espalhando vapor e cinzas do vulcão. Essas partículas sobem para atmosfera e são carregadas pelas correntes de vento em direção à Europa.

E por que as explosões são mais intensas do que o normal? Os cientistas explicam: provavelmente existe uma quantidade maior de gás misturado ao magma do que em outras erupções.

Enquanto o vulcão não acalma sua fúria, o céu na maior parte da Europa permanece exclusivo das aves.


Fonte: TV Globo

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