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Fabricante de aeronáutica francesa apoiada pelo Estado entra em insolvência

Empresa aeronáutica Dyn'Aero Ibérica acumula dívidas com credores, entre os quais o Estado. Parte dos 49 trabalhadores pode ficar sem trabalho.

Mais uma empresa em risco de fechar as portas e que pode deixar dezenas de trabalhadores no desemprego. A fábrica de aeronáutica Dyn'Aero Ibérica, instalada em Ponte de Sor, Portalegre, em Portugal, entrou em processo de insolvência, por alegadas dívidas a credores, entre os quais o Estado.

"A notícia de que a empresa entrou em processo de insolvência foi-nos dada pela administração da fábrica hoje de manhã", disse à agência Lusa uma das trabalhadoras da unidade fabril, também representante do Sindicato das Industrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), Andreia Branco.

"Neste momento, trabalham na Dyn'Aero 49 pessoas e existe o risco de uma parte vir a perder o emprego".

A fábrica, instalada em Ponte de Sor desde 2001, está vocacionada para a concepção e produção de aviões ultraleves e aviões em kit (as peças da aeronave são montadas pelo comprador).

A empresa aeronáutica, filial da Dyn'Aero França, passou por um processo de lay-off parcial em julho do ano passado, situação que se prolongou por um período de seis meses.

O diretor da empresa vai reunir-se esta terça-feira com os trabalhadores, disse fonte da Dyn'Aero Ibérica à mesma agência.

Em dezembro de 2008, a companhia tinha a perspectiva de atingir um faturamento de mais de 3 milhões de euros, prevendo chegar aos 8 milhões de euros em 2011, com o aumento da produção e com a certificação dos seus aparelhos, datada de 2009.

O investimento da Dyn'Aero Ibérica em Portugal contou com os apoios do Estado, através de capitais de risco do Ministério da Economia, e da Câmara Municipal de Ponte de Sor.


Fonte: Agência Financeira (Portugal)

Cias éreas falidas respondem a 7,7 mil processos trabalhistas no Estado de São Paulo

Balanço de ações contra Transbrasil, Vasp e Varig foi feito a pedido do G1. 'Já perdi a esperança', diz ex-aeronauta que ainda espera por direitos.

Aviões da Vasp se deterioram no Aeroporto de Congonhas em meio à disputa judicial(Foto: Monalisa Lins/Agência Estado)

Ex-funcionários das companhias aéreas falidas Transbrasil, Vasp e Varig já esperam há mais de dez anos para reaver seus direitos na Justiça. Ao todo, somente no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região, que compreende a região metropolitana de São Paulo e litoral, são 7,7 mil processos trabalhistas contra as três empresas.

A pedido do G1, o TRT-2 fez um levantamento sobre a quantidade de ações em andamento contra cada companhia: são 4,3 mil ações contra Vasp, 1,8 mil contra a Varig e 1,6 mil contra a Transbrasil. Cada ação pode ter mais de um beneficiário. O TRT-2 representa 25% do movimento da Justiça trabalhista no país, segundo o tribunal.

A decretação de falência mais recente foi a da Varig, no último dia 20 de agosto. A empresa passava por dificuldades desde antes de vender parte de seu negócio para a Gol em 2007, em meio a um processo de recuperação judicial. Trabalhadores e acionistas ainda tentam reverter a falência, pois alegam que o administrador judicial não poderia fazer o pedido.

A falência da Vasp foi decretada em 2008. A Transbrasil foi a primeira das três a falir, em 2002.

De acordo com o desembargador-presidente do TRT de São Paulo, Décio Sebastião Daidone, a demora para que os trabalhadores recebam se deve à complexidade dos processos de falência que estão em andamento. "Em falência precisa ter paciência. Em qualquer situação, a pessoa paga quando quer e quando tem dinheiro para fazer. Uma vez que a empresa faliu significa que não teve condições de saldar seus credores por diversas razões. (...) Os primeiros que devem ser atendidos são créditos dos trabalhadores, que são de natureza alimentar."

Paciência é algo que o ex-comissário de voo da Varig Edgard Augusti, de 49 anos, diz não ter mais. Ele trabalhou na empresa por 20 anos e saiu no ano 2000, oito anos antes da decretação da falência. "Não recebi nem o último salário, férias, 13º", contou ele ao G1. Ele entrou com ação na Justiça em 2003 e até hoje não recebeu nada. Segundo seu advogado, ele teria a receber R$ 420 mil da empresa.

O ex-comissário Edgard Augusti diz que já desistiu de receber seu dinheiro: 'No começo eu me senti lesado, senti pena de mim mesmo. Hoje, sinceramente, não penso mais nisso.'/Foto: Daigo Oliva/G1

"No começo eu me senti lesado, senti pena de mim mesmo. Hoje, sinceramente, não penso mais nisso. A gente fica esperando e o dinheiro não vem. Tem gente que para a vida esperando. Eu prefiro correr atrás do que perdi. Já perdi a esperança. Tenho amigos que morreram e não receberam. Desencanei geral. Se for para receber, que venha para minha velhice", disse Edgar.

O ex-comissário diz que, na época, seu casamento acabou porque ele ficou dois anos desempregado. "Ela continuou trabalhando e eu, cuidando da casa. Ela não aguentou". Ele acabou mudando de ramo e virou vendedor de joalheria. "Meu salário de vendedor é bem melhor. Me dei bem. Adquiri outra profissão. Comecei ganhando o mínimo, depois deslanchei."

O mesmo não aconteceu com a ex-comissária Iraildes dos Reis Costa, 58 anos, que também trabalhou na Vasp. "Foi horrível, não consegui me recuperar até hoje. (...) É difícil encontrar emprego depois dos 40, então aproveitei pra cuidar da minha mãe que estava doente, mas me endividei completamente", diz Iraildes que, de acordo com seu advogado, deveria receber em torno de R$ 240 mil.

Laudecy Devegili, de 54 anos, trabalhou por nove anos como supervisora de reembolso na Transbrasil e entrou com ação em 2001. Desde então espera para receber uma quantia estimada em R$ 80 mil. "A gente sabia o que estava acontecendo, ficamos muito tempo sem receber salário, não forneciam mais vale-transporte e até mesmo o plano de saúde foi cancelado sem o nosso conhecimento. Ninguém estava mais disposto a trabalhar de graça, e sem que tivéssemos sequer uma satisfação por parte da empresa."

Vera Lucia Limberger, 53 anos, trabalhou na Varig por 23. Se aposentou, mas continuou trabalhando. Saiu da empresa em 2006 e entrou com processo judicial em seguida. O advogado estima que ela tenha direito a R$ 187 mil. "Eu continuava voando, amava minha profissão e acho que ainda podia voar mais alguns anos e tinha condições pra isso", lembra a ex-comissária.

A ex-comissária Rúbia Moreira Adamecz, 56 anos, trabalhou 19 anos na Vasp e também já havia se aposentado quando foi demitida. Após sair da empresa em 2000, Rúbia entrou com uma ação na Justiça e espera até hoje receber a quantia que diz ser em torno de R$ 500 mil.

"A Vasp era uma família mesmo, a gente vestia o uniforme com uma raça e um orgulho que você não faz idéia", diz Rúbia. Depois de sair da Vasp, ela procurou cursos para mudar de área. Hoje, a ex-comissária trabalha com artesanato e critica os aeronautas que não procuram outro caminho profissional. "O que eu vejo de colegas desesperados... Sei de pessoas que estão numa situação lamentável e o que as companhias querem é carinha nova, jovem, é complicado."

De modo geral, de acordo com especialistas consultados pelo G1, a maioria dos funcionários pede os direitos básicos, como aviso prévio, férias, 13º salário e fundo de garantia. No entanto, os aeronautas não são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Há uma lei própria, a lei do aeronauta, que prevê direitos ampliados, como horas de voo, tempo de aeronave no solo e adicional de periculosidade.

O desembargador Décio Sebastião Daidone informou que a maioria dos trabalhadores que entrou com ações após a decretação das falências das companhias aéreas ainda não recebeu seus direitos.

Carlos Duque Estrada, advogado trabalhista especialista na área de aviação, conta que há muitos ex-funcionários de companhias aéreas falidas que têm dificuldades para se manter. "A maioria na geração de hoje, quando vai ser comissária, já tem curso superior. Na época, o pessoal não fazia isso. Passa de determinada idade, o mercado rejeita. Quando foram demitidos, perderam muita coisa e muitos passam dificuldades por não ter conseguido outro emprego. Isso gerou um problema social gravíssimo."

Duque Estrada diz que as primeiras ações contra as três companhias aéreas foram protocoladas ainda no começo da década de 90, mas que a maioria dos processos entrou na Justiça perto do ano 2000.

Vasp

Também especializado em ações trabalhistas na área do direito aeronáutico, Ricardo Jubilut avalia que a situação dos trabalhadores da Vasp é a que está mais próxima de um "final feliz". "Houve uma ação do Ministério Público do Trabalho e nessa ação foram penhorados bem pessoais do Canhedo (Wagner Canhedo, um dos principais acionistas da Vasp). Houve ganho de causa e trabalhadores ficaram com uma fazenda como pagamento. Existe luz no fim do túnel para os ex-empregados da Vasp", diz ele.

Para concentrar todas as ações contra a Vasp, o TRT de São Paulo criou uma vara específica para os processos contra a empresa, apelidada de Vara Vasp. De acordo com o tribunal, há ações trabalhista contra a Vasp também no Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco e Maceió. Nesses estados, os empregados também optaram por prosseguir contra o grupo econômico Canhedo de Azevedo, já que a lei diz que o empregador pode ser responsabilizado.

O G1 procurou Wagner Canhedo. Por meio de sua assessoria de imprensa, ele afirmou que "ainda não é o momento de falar sobre esse assunto". A fazenda de Canhedo é estimada em R$ 615 milhões. Pertence à Agropecuária Vale do Araguaia, de Goiás, ligada ao Grupo Canhedo, que também é dono da empresa de ônibus Viplan, em Brasília.

De acordo com o desembargador do TRT de São Paulo, Décio Sebastião Daidone, foi realizado um leilão da fazenda, mas ninguém deu lance. Segundo ele, há interesse de grupos econômicos, mas como o Grupo Canhedo havia protocolado recursos, os interessados podem ter ficado "com medo". "As perspectivas são boas. Estamos aguardando a finalização do processo (julgamento dos recursos) para realizar um novo leilão."


"A partir do momento que conseguirmos leiloar o imóvel, todo o dinheiro será dividido proporcionalmente entre os trabalhadores com ações (na Vara Vasp). Evidentemente será um trabalho grande. Mas está mais próximo do que se imagina, não podem desanimar."

O administrador judicial da Vasp está atualmente apurando o valor dos bens e das dívidas da Vasp. No Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, é possível ver aviões que se deterioram no hangar que foi da Vasp e hoje pertence à Infraero. O G1 apurou que já ocorreram tentativas de vender as aeronaves, mas não houve interesse de compradores. Outros leilões devem ser realizados, mas não há previsão de data.

Transbrasil

Para o advogado Carlos Duque Estrada, 99% dos trabalhadores da Transbrasil ainda não receberam nada.

A esperança dos ex-trabalhadores da empresa, na avaliação do advogado, é atacar o espólio (patrimônio que será dividido entre familiares) do acionista majoritário, Omar Fontana, o falecido fundador da Transbrasil. "Estamos atacando o espólio. Nossa esperança é via espólio. Esses trabalhadores têm o direito de receber e ações trabalhistas têm preferência sobre tudo."

Outra esperança no caso da Transbrasil, aponta o trabalhista Jubilut, é uma decisão da Justiça paulista em relação à fornecedora multinacional General Eletric (GE), que fazia leasing de aeronaves e fornecia equipamentos.

A decisão diz que a nota promissória apresentada pela GE para pedir a falência já havia sido paga. Por conta disso, a GE foi condenada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a indenizar a Transbrasil em US$ 42 milhões, o dobro do valor da promissória. "Neste caso pode-se partir para cima disso para tentar receber alguma coisa”, avalia Jubilut.

Além da multa, GE também foi condenada a indenizar a Transbrasil a pagar os valores referentes aos prejuízos que a empresa teve com a falência. A GE já recorreu da decisão com recurso ao próprio tribunal.

De acordo com Cristiano Zanin Martins, um dos advogados da Transbrasil, mesmo que se confirme a decisão, a falência não será revertida. "Pelo tempo transcorrido, não há como reverter a situação. Mas a falência se deve a um ato ilegal. (...) Se hoje se tem dívida trabalhista é por conta de uma ação indevida."

A assessoria de imprensa da GE informou que apenas uma pequena parte da nota promissória havia sido paga pela Transbrasil. Antes de pedir a falência, a empresa informa ter tentado negociar, mas não houve sucesso. Informou ainda que esse é apenas um dos processos envolvendo a Transbrasil e a GE. Mais de 10 ações na Justiça dão vitória à GE, disse a assessoria.

O advogado Antônio Tavares Paes Júnior, que representa a GE, diz que várias decisões já reconheceram que as promissórias não foram pagas. "O valor devido pela Transbrasil e jamais pago, era de US$21 milhões com relação às notas promissórias. A decisão da ação declaratória, que ainda não é final, fixou o pagamento em o dobro do valor devido pela Transbrasil, US$ 42 milhões. Quanto a outra indenização eventual, estas terão valor de zero, pois na época em que a Transbrasil teve sua falência decretada, já estava falida de fato há muito tempo, ou seja, não há o que indenizar. Indenizar uma empresa falida por ter tido sua falência decretada?"

O TRT de São Paulo informou que as ações contra a Transbrasil e a Varig, diferentemente da Vasp, estão divididas entre as 90 varas trabalhistas.

Varig

As ações trabalhistas contra a Varig aguardam a confirmação do decreto da falência. Trabalhadores e acionistas questionam a falência sob a alegação de que o administrador judicial não podia pedir a falência. Procurado pelo G1, o administrador não quis conversar com a reportagem.

Muitos juízes divergem sobre se a Gol deve herdar as dívidas trabalhistas da Varig, já que comprou o lado mais lucrativo da companhia. "Alguns juízes acham que a Gol deveria herdar as dívidas, outros acham que não. Isso vai caminhar no sentido de haver jurisprudência vinculante. Processos têm muitas possibilidades, depende de cada procedimento", aponta o desembargador Décio Daidone.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já entendeu que não há sucessão de dívidas na compra de empresas em recuperação judicial, mas a decisão não é vinculante.


"Das três empresas falidas, a Varig é a situação mais difícil do ponto de vista do trabalhador por conta da decisão do Supremo", opina o advogado Duque Estrada.

O trabalhista Jubilut, porém, diz que ainda acredita que a Gol possa ser responsabilizada. "Pode-se questionar a Variglog, que hoje é da Gol, mas não precisa ser necessariamente sucessão de dívida. Mas se confirmada a falência é o pior cenário."

O advogado Otávio Bezerra Neves, que defende a Associação dos Pilotos da Varig, afirma que "o problema da decretação de falência” é que isso altera toda a distribuição de créditos que possam vir a ser arrecadados. Ele explicou que, se a Varig continuar em recuperação, o credor com preferência para receber créditos é o Aerus, fundo de previdência dos trabalhadores.

A Varig tem uma ação na Justiça, que está no Supremo Tribunal Federal, que cobra da União cerca de R$ 4 bilhões (valor estimado pelo Tribunal de Justiça do Rio) por perdas com o congelamento de tarifas nos anos 80 e 90.

Os trabalhadores têm esperança de receber esse dinheiro por meio do Aerus. Caso a falência seja confirmada, será iniciado um processo de levantamento de ativos e passivos. Os trabalhadores terão preferência, mas somente receberão até 150 salários mínimos (quase R$ 80 mil). O problema é que muitos trabalhadores têm muito mais do que isso para receber.


Fonte: G1/Mariana Oliveira - Fotos: Daigo Oliva/G1

Mexicana paralisa todos os voos à meia noite de hoje

Mexicana para de voar por tempo indeterminado.

Aviões da Mexicana, transferidos para o Goodyear Airport, próximo à Phoenix, Arizona, hoje/Foto:NY City Aviation

A Mexicana vai paralisar todos os voos, à partir, da meia noite, horário local, para que assim possa dedicar-se a uma reestruturação de seus custos operacionais, informou o depto de transportes mexicano.

A decisão era inevitável, já que a maior cia aérea mexicana está sem caixa para continuar suas operações de voo.

A companhia pediu concordata tanto no México como nos EUA, no dia 2 de agôsto, passado e dias depois parou de vender passagens e suspendeu alguns voos.

Na argumentação apresentada à Justiça, a cia alegou que foi duramente afetada pela recessão econômica global e pelo surto da Gripe Suína. Ela citou também, os altos custos dos combustíveis e dos encargos trabalhistas como fatores que ajudaram a piorar sua situação de caixa.

Executivos da cia aérea disseram que seriam necessários $100 milhões de dólares em caixa, para continuar as operações de voo. Em 21 de agôsto, um grupo financeiro chamado Tenedora, anunciou a compra de 95% de participação na holding que controla a Mexicana e as cias aéreas regionais Click e Mixicana Link.

A Mexicana voa para mais de 65 destinos nacionais e internacionais, incluindo EUA, Canadá, América Central, Amércia do Sul e Europa.A cia transportou 11.1 milhões de passageiros em 2009

Observação  da editoria do blog

O Phoenix Goodyear Airport (IATA: GYR - CAO: KGYR - FAA LID: GYR),era conhecido anteriormente como Goodyear Municipal Airport, e é um aeroporto público, localizado a 2 km ao sul do distrito financeiro da Goodyear,em Maricopa County, Arizona, EUA.

Este aeroporto não mantém operações comerciais, sendo apenas utilizado como local de guarda temporária de aviões. No local existem 2 empresas de treinamento de pilotos, sendo quem uam delas presta serviços à Lufthansa e a outra à British Airways.

Fonte: USA TODAY
Tradução e Edição: AIRKRANE BGA

Justiça decreta falência da Flex, antiga Varig

Com dívidas estimadas em R$ 7 bilhões, o grupo Varig foi o primeiro do país a pedir a recuperação judicial

A juíza Márcia Cunha de Carvalho, em exercício na 1ª Vara Empresarial do Rio, decretou a falência da antiga Varig, que atualmente operava com a bandeira Flex, e de duas outras empresas do grupo: Rio Sul Linhas Aéreas e Nordeste Linhas Aéreas.

A decisão foi tomada a partir de pedido do próprio administrador e gestor judicial da companhia. Ele informou ao Judiciário fluminense que as empresas - em recuperação judicial há cinco anos - não têm como pagar suas dívidas.

Para não causar a interrupção do tráfego aéreo e a desvalorização dos ativos, a juíza Márcia Cunha determinou que a antiga Varig continue operando, por duas semanas, os serviços de comunicação por meio de estações de rádio que orientam os pilotos nas decolagens e pousos. Depois desse prazo, a atividade, que estava seriamente ameaçada por atrasos nos pagamentos de salários dos operadores, será transferida para a empresa de aviação TRIP.

O Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II) chegou a ser consultado pela Justiça sobre a possibilidade de assumir a atividade. O órgão, porém, durante reunião realizada no Fórum do Rio, informou que não teria condições de realizar a tarefa, mesmo temporariamente, e que se o serviço fosse paralisado, o tráfego aéreo civil seria interrompido nas áreas afetadas.

"Como a empresa TRIP S/A tem interesse em assumir a prestação do serviço de comunicação, mas necessita de prazo para vencer trâmites internos (...), torna-se imperioso que as requerentes, mesmo após o decreto de falência, dêem continuação à prestação do serviço de comunicação, por duas semanas, até que formalizada a transferência da autorização do Cindacta II", escreveu a juíza na sentença.

O centro de treinamento de aeronautas, que é utilizado também por outras companhias, será mantido em funcionamento até a sua alienação judicial. O objetivo, segundo a juíza Márcia Cunha, é "não causar desvalorização dos ativos nem prejuízos a terceiros e ao público consumidor de transporte aéreo". Um perito já foi nomeado por ela para realizar a avaliação judicial da atividade.

Os demais estabelecimentos da antiga Varig não envolvidos no funcionamento das estações de rádio e do centro de treinamento serão lacrados, no prazo de 48 horas, por oficiais de justiça. A juíza fixou ainda prazo de 15 dias para que os credores que não estejam incluídos no quadro da recuperação judicial apresentem suas habilitações de crédito. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Bovespa serão comunicadas sobre o decreto de falência.

Em sua sentença, a juíza Márcia Cunha afirmou que, desde que o pedido de recuperação judicial do grupo Varig foi deferido, em 22 de junho de 2005, todos os esforços foram realizados para possibilitar não apenas a superação da grave crise, como também para preservar os interesses públicos. Os alvos eram, especialmente, a manutenção das atividades econômicas e a conseqüente preservação dos empregos.

"Para tal, foram efetuadas alienações de ativos (...), como a transferência de controle das sociedades VarigLog e VEM e alienação judicial da unidade produtiva, com a transferência da marca Varig e de diversas linhas de voo, nacionais e internacionais. Com isso, além da preservação de milhares de postos de trabalho, manteve-se a geração de riquezas produtivas, o que reflete, também, na manutenção de arrecadação de tributos nas três esferas da Federação", destacou.

A juíza atribuiu a "contingências políticas e econômicas", o fato de a antiga Varig não ter conseguido superar a grave crise financeira e patrimonial na qual estava mergulhada há algumas décadas.

Histórias

Com dívidas estimadas em R$ 7 bilhões, o grupo Varig foi o primeiro do país a pedir a recuperação judicial, em 17 de junho de 2005, quatro meses depois da promulgação da nova Lei de Falências. Na ocasião, o TJ do Rio designou uma comissão de juízes para cuidar do processo.

Após 13 meses de intensas negociações e procedimentos jurídicos, a parte sem dívidas da companhia e com a marca Varig foi vendida, em 20 de julho de 2006, para sua ex-subsidiária VarigLog pelo preço mínimo de US$ 24 milhões, mais obrigações, como a manutenção do programa de milhagens e passagens emitidas, dentre outras.

Também como parte do pagamento aos credores, a VarigLog emitiu duas debêntures com valor de face de R$ 50 milhões, cada uma, e validade de dez anos. Caso as debêntures fossem pagas à vista, o valor de cada uma delas cairia para R$ 41.481.000,00. No total, a proposta da vencedora do leilão contemplava a promessa de investimentos da ordem de US$ 485 milhões. Em março de 2007, a Nova Varig foi comprada pela Gol, que herdou as obrigações anteriormente firmadas.

A antiga Varig, que passou a se chamar Flex, seguiu em recuperação judicial. A empresa voltou a operar com apenas um avião, fazendo vôos para a própria Gol/Varig, por meio de acordos. Além desse contrato, a empresa completava sua receita com o centro de treinamento de pilotos, uma rádio e o aluguel de imóveis.

A maior esperança de sobrevivência da companhia repousava, porém, na ação que cobra da União cerca de R$ 4 bilhões por perdas com o congelamento de tarifas nos anos 80 e 90. A empresa ganhou a questão no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas a disputa judicial seguiu para o Supremo Tribunal Federal, onde ainda será julgada.

Fonte: Agência Estado

Operadora britânica Kiss Flights quebra e deixa milhares sem voos

Mais de 60 mil pessoas poderão ter seus planos de feriado cancelados ou arruinados após o colápso da operadora de viagens Kiss Flights.

A grande maioria das pessoas conseguirão seu dinheiro de volta - embora talvez demorem a receber o reembolso. Contudo, milhares de outros que fizeram reservas com companhia, talvez fiquem sem nada.

Aproximadamente 13 mil pessoas que fizeram reservas por meio da operadora, conseguirão voltar para casa normalmente, infomou a agência de aviação civil britânica, a Civil Aviation Authority.

A cia britânica que operava voos para a Grécia, Egito,Turquia e Ilhas Canárias, parou as atividades, após ontem, à noite, sua proprietária, a Flight Options cessar as vendas de bilhetes.

Passageiros com voos deixando o Reino Unido, antes das 18 horas, form informados que os voos seriam realizados normalmente.

Um porta-voz da CAA informou que em função da operadora ter quebrado bem no auge do verão, a CAA resolveu tomar medidas para que as pessoas que estejam fora do país possam voltar nas próximas 24 horas, minimizando-se assim o caos e protegendo os interesses dos passageiros.

A Kiss é o principal negócio da Flight Options ,a qual comprou a operadora, no ano passado. Trata-se do caso mais recente em que uma operadora de turismo britânica quebra.

Algo em torno de 1.200 pessoas disseram que seus planos de viagem terminaram em caos, pela quebra da operadora Sun4u , sem contar outras 16 mil pessoas que passaram pelo mesmo problema quando da quebra da Goldtrail, semanas atrás.

A Kiss atuava quase nad mesmas rotas da Goldtrail Holidays, e assim algumas pessoas terão tido seu plano de férias arruinados pela segunda vez.

Preve-se mais quebras de operadoras até o fim do ano.

O analista de turismo, Bob Atkinson, da Travelsupermarket, declarou: "Infelizmente, para algumas pessoas a história vai se repetir. No momento, ainda não sabemos quantos passageiros cosneguirão proteção sob o Plano Atol e estamos aguardando oritentação da CAA."

Os clientes da Kiss Flights que estejam, no momento, fora do Reino Unido, poderão contactar a CAA para maiores informações, pelo telefone             0044 161 444 5811      end_of_the_skype_highlighting.

Aqueles passageiros com reserva futura, desejando maiores informações sobre reembolsos previstos no Plano Atol, deverão acessar o website da CAA ou telefonar para o número             0844 571 7262      end_of_the_skype_highlighting.


Fonte: SKY NEWS
Tradução e edição: AIRKRANE BGA

Gigante aérea japonesa 'quebra' e anuncia programa de recuperação

Japan Airlines passará por reestruturação e terá nova administração. Graças a ajuda de fundo do governo, empresa continuará voando.



A companhia aérea japonesa Japan Airlines (JAL), a maior da Ásia, apresentou nesta terça-feira (19) pedido de concordata em um tribunal de Tóquio, de acordo com a lei local de reabilitação corporativa, informou a agência "Kyodo".

Segundo a Reuters, a companhia acumulava um total em dívidas de 2,3 trilhões de ienes ( US$ 25,4 bilhões) até o final de setembro.

A concordata é um recurso legal que empresas utilizam quando não conseguem mais pagar suas dívidas para continuar em atividade. O pedido de concordata durante o processo de falência permite manter a empresa em funcionamento. Na falência, todas as atividades da empresa são encerradas.

A companhia, de acordo com agências internacionais, continuará voando graças ao apoio de quase 1 trilhão de ienes (US$ 11 bilhões) do Enterprise Turnaround Initiative Corp of Japan (Etic), fundo apoiado por recursos do governo e voltado a resgatar empresas.


Aeronave da Japan Airlines decola do aeroporto Haneda em Tóquio nesta terça. (Foto: AFP)

A empresa, no entanto, deverá passar por uma profunda reestruturação, incluindo a formação de um novo conselho de administração. A Japan Airlines já foi socorrida pelo governo três vezes nos últimos dez anos.

A concordata da empresa é a sexta maior "quebra" da história do Japão após a Segunda Guerra Mundial, e a mais grave já registrada por uma companhia que não pertence ao setor financeiro.

O plano de reestruturação prevê que a JAL possa voltar aos números positivos no ano fiscal de 2011. Caso a estratégia não dê certo, os bens da companhia seriam postos à venda para garantir o ressarcimento de seus credores.

Está previsto que, por conta da quebra, as ações da JAL deixem de ser negociadas. Em apenas uma semana, os títulos perderam  90% de seu valor, até alcançar uma capitalização total de apenas US$ 150 milhões.

Influências

Para analistas, são muitas as razões que levaram a companhia à situação financeira em que se encontra. A administração da empresa tem frequentemente sido criticada: um diretor executivo deixou a companhia em 2005 depois de diversas falhas de segurança prejudicarem a imagem da JAL.

Além disso, a Japan Airlines enfrentou outros problemas relacionados à aviação mundial na última década, como o atentado de 11 de setembro de 2001, a gripe aviária, o aumento dos preços dos combustíveis e a crise financeira internacional. Na opinião do mercado, a ajuda do governo é a única razão pela qual ainda não foi à falência.

Demissões

Na semana passada, a empresa anunciou que cortaria cerca de 15.600 empregos, 30% do quadro de funcionários, para o pagamento de dívidas.

O corte de empregos, superior ao previsto anteriormente, deve acontecer até abril de 2013. Ele foi definido pelo fundo de investimento estatal responsável pelo plano de recuperação da JAL.

O Etic estima que a perda operacional da JAL chegará aos 265,1 bilhões de ienes.


Fontes: G1- TV Globo - Reuters - Efe - AFP

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