O líder líbio Muammar Gaddafi, sobreviveu a um ataque aéreo da OTAN, lançado esta noite, contra a cidade de Trípoli. O ataque matou Saif al-Arab, o filho mais novo do ditador e e três de seus netos, informou um porta-voz do governo líbio.
Segundo, Mussa Ibrahim, Saif al-Arab, tinha 29 anos de idade e era um estudante que inclusive havia se formado na Alemanha.
Oficiais do governo líbio conduziram jornalistas estrangeiros à casa atingida pelo ataque aéreo, por pelos menos 3 mísseis. O teto caiu completamente, em partes da casa, deixando à mostra, pedações de vigas de aço e concreto.
o complexo está localizado em um bairro de classe alta de Trípoli.
Míssil que o governo líbio diz ser do ataque aéreo da coalizão é visto na casa de Saif Al-Arab Kadhafi, filho do líder líbio Muammar Kadhafi (Foto: Reuters)
"Força total"
O porta-voz do governo, Moussa Ibrahim, disse que a vila foi atacada "com força total".
- O líder e sua esposa estavam na casa com outros amigos e familiares. O líder está em boa saúde, não foi ferido. Isto foi uma operação direta para assassinar o líder deste país.
De acordo com o correspondente da BBC em Trípoli, Christain Fraser, ele estava em Trípoli para o que parecia ser uma reunião de família, em meio aos conflitos.
Fonte: Lin Noueihed / REUTERS - R7- CNN Tradução e edição: AIRKRANE
É o segundo dia de ataques contra o regime do ditador líbio. Oficial americano disse que zona de exclusão aérea foi imposta.
A coalizão composta por EUA, Reino Unido, França, Canadá e Itália retomou neste domingo (20) os ataques ao território líbio, segundo agências internacionais de notícias.
Aviões americanos realizaram ataques aéreos nesta manhã sobre tropas terrestres e defesas aéreas do ditador líbio, Muammar Kadhafi, informou o Pentágono em um comunicado. O objetivo da intervenção internacional é impedir que Kadhafi, há 42 anos no poder, volte a atacar opositores ao seu regime. A operação atende a uma resolução aprovada pela ONU que autoriza 'qualquer medida' para impedir o massacre de civis no país.
Em entrevistas a canais americanos, o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA disse que as forças aliadas conseguiram estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre o país. Segundo Mike Mullen, a operação está até agora sendo bem sucedida, embora ainda haja 'muito a fazer'.
De acordo com fontes médicas líbias, ao menos 64 pessoas foram mortas após o início dos ataques de sábado.
Em mais um discurso na manhã deste domingo, Kadhafi garantiu que não deixará a sua terra e que irá "libertá-la" das forças da coalizão, que iniciou ataques aéreos ao país neste sábado (19). "Liquidaremos qualquer traidor ou colaborador da coalizão", ameaçou Kadhafi em um pronunciamento pela TV estatal. O líder disse que não deixará o Ocidente roubar ou explorar o petróleo do país, e assegurou que "todo o povo líbio está armado e vencerá". O ditador ainda disse que prevê "uma longa guerra" contra os opositores.
Madrugada tensa
Disparos de artilharia antiaérea foram ouvidos na madrugada deste domingo em Trípoli, capital da Líbia, após um sábado de bombardeios. O fogo antiaéreo foi seguido de explosões e disparos de metralhadoras, e o céu ficou iluminado de tiros, segundo jornalistas das agências Reuters e da France Presse.
Ao menos um avião sobrevoou o setor da residência-quartel de Kadhafi, no bairro de Bab al Aziziya, no sul da capital, em meio aos disparos de artilharia e várias explosões.
A TV estatal afirmou que ataques aéreos aliados estavam ocorrendo em várias regiões da capital do país. Os ataques, segundo a nota, ocorreram nas cidades de Trípoli, Sirte (cidade natal de Kadhafi), Benghazi (sede dos rebeldes antigoverno), Misrata e Zuwarah.
'Campo de guerra'
No final da noite de sábado, Kadhafi disse que a Líbia iria responder militarmente e enfrentar o que ele chamou de uma "agressão colonialista e cruzada", horas depois do início dos ataques da coalizão.
Em um áudio divulgado na TV estatal, Kadhafi disse que o Mar Mediterrâneo e o norte da África se transformariam em um "verdadeiro campo de guerra". Ele prometeu atacar alvos "civis e militares" na região do Mediterrâneo e abrir os depósitos do governo para armar a população líbia.
O ditador também apelou a "africanos, árabes, latino-americanos e asiáticos" que apoiem o povo líbio contra o inimigo. Em comunicado, o governo líbio tratou os ataques de sábado como "agressão", considerou que houve descumprimento da resolução 1.073 da ONU e pediu uma sessão extraordinária do Conselho de Segurança.
Mísseis Tomahawk são lançados na noite deste sábado (19) do destróier americano USS Barry em direção à Tripoli. A câmera de visão noturna permite visualizar com detalhes o lançamento do projétil/Reuters
Estados Unidos disparam mísseis Tomahawk contra a Líbia, atingindo 20 alvos militares/AP
Avião Tornado da Força Aérea do Reino Unido se prepara para a decolagem rumo à Líbia/AP
Caças Mirage 2000 se preparam para atacar alvo líbios neste sábado (19)/AP
Governo britânico ordena o deslocamento caças Typhoon e Tornado para o Mar Mediterrâneo em preparação para um ataque militar contra a Líbia/Chris Radburn/PA Wire/AP
Militares carregam caça com míssil em em base de Saint Dizier, ao leste da França/AP
20 de março - Rebelde vê carro de forças leais a Kadhafi pegar fogo após ataque das forças de coalizão em estrada próxima a Benghazi/Goran Tomasevic/Reuters
Não podemos ficar inertes quando um tirano diz a seu povo que não há misericórdia, diz Obama
Obama discursa ao lado de Dilma em Brasília. Foto: Dida Sampaio/AE
Explosões, aparentemente causadas por um bombardeio na capital da Líbia, Trípoli, foram seguidas por rajadas sustentadas de artilharia antiaérea nas primeiras horas da manhã de domingo (noite de sábado no Brasil). A ação ocorre após o Pentágono ter confirmado que navios de guerra americanos e britânicos lançaram um ataque a cerca de 20 alvos do sistema integrado de defesa área da Líbia, a primeira etapa da operação internacional Odissey Dawn (Aurora da Odisseia).
Os disparos de artilharia antiaérea foram seguidos de gritos de "Deus é grande". O céu noturno foi iluminado pelo traçado dos disparos, segundo um correspondente da agência de notícias Reuters.
Céu de Trípoli nas primeiras horas da domingo é marcado por traços de artilharia antiaérea/Jerome Delay/AP
Os disparos aparentam ser uma resposta ao ataque realizado neste sábado por forças ocidentais. A ofensiva foi focada em bases de defesa aérea no oeste da Líbia, onde estão concentradas as forças do ditador líbio, Muammar Gaddafi.
Os alvos incluem bases de ataque de mísseis terra-ar e os sistemas de comunicação das Forças Aéreas. O primeiro ataque foi lançado às 16h e, no total, 112 mísseis foram lançados.
"A maior parte das forças do governo líbio fica nesta região. Foram escolhidas bases que representam ameaça direta ou estavam sendo usadas para atacar o povo líbio", disse o porta-voz do Pentágono, almirante Bill Gortney.
Segundo o porta-voz, mísseis de cruzeiro Tomahawk foram lançados de navios americanos no Mediterrâneo.
O objetivo primário era destruir a defesa de Gaddafi contra os aviões militares que entrarão nas próximas etapas da operação, que tem como objetivo final impor a zona de exclusão aérea no país. A medida foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), na noite de quinta-feira passada.
"Nossa missão é desenhar o espaço de batalha para que nossos parceiros possam executar [a operação]", resumiu.
Gortney diz ainda que as operações visam a evitar ataques das forças do governo contra os rebeldes da oposição e civis, "principalmente em Benghazi", reduto dos rebeldes líbios no leste do país.
O Pentágono diz que a avaliação dos resultados do ataque deve demorar, já que são necessárias entre seis e 12 horas para terem os primeiros dados.
Gortney ressaltou ainda que os EUA não mantêm aviões no país e, em nenhum momento, chegou a enviar forças terrestres ao país africano.
A declaração confirma o que um funcionário americano disse mais cedo à agência Reuters, de que o governo Obama quer limitar seu envolvimento, ao menos nas fases iniciais da crise e que as forças americanas devem focar os esforços na proteção das missões aéreas da França e outros países.
Gortney afirmou ainda que o comando da operação deve passar "nos próximos dias" para a Polônia.
O Pentágono disse ter apoio da comunidade internacional para a ação. Segundo a fonte consultada pela Reuters, participam da operação Itália, Reino Unido, Canadá e França.
Cerca de 25 navios, incluindo três submarinos armados com mísseis Tomahawk, estão estacionados no Mediterrâneo. Cinco aviões de vigilância também estão na área.
Horas antes, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, reforçou o apoio americano à intervenção internacional na Líbia e ressaltou que o objetivo é proteger a população. 'Nós temos todas as razões para temer que, se não fizermos nada, Gaddafi vai realizar atrocidades indescritíveis', disse.
POR AR
O destróier americano USS Barry lança míssel Tomahawk contra a Líbia, parte da operação Odyssey Dawn/Roderick Eubanks/U.S. Navy/Reuters
Mais cedo, um caça francês lançou neste sábado o primeiro ataque internacional contra as forças de Gaddafi, desde que a resolução do Conselho de Segurança sobre a intervenção foi aprovada, na noite de quinta-feira.
O alvo foi um veículo militar líbio, segundo o Ministério de Defesa francês. O porta-voz do ministério, Thierry Burkhard, disse que o ataque foi lançado às 16h45 GMT (13h45 em Brasília), quando o jato atirou contra o veículo militar.
Burkhard não deu mais detalhes sobre o local do ataque ou possíveis vítimas. Ele disse, contudo, que nenhum ataque contra os jatos franceses foi registrado.
O canal de TV árabe Al Jazeera, que cita fontes anônimas, diz que os aviões de guerra franceses já destruíram quatro tanques líbios, no sudoeste da cidade de Benghazi. O relato não foi confirmado.
REAÇÃO LÍBIA
O ditador da Líbia afirmou neste sábado que irá armar civis para defender o país do que ele chamou de agressão "colonial, de cruzada" por forças ocidentais.
"Agora é necessário abrir as lojas e armar todas as massas com todos os tipos de armas para defender a independência, unidade e honra da Líbia", afirmou Gaddafi em um discurso transmitido na televisão estatal horas após os ataques terem começado.
"Pedimos para os povos e cidadãos das nações árabes e islâmicas, América Latina, Ásia e África para apoiar o heroico povo líbio para confrontar essa agressão, que apenas aumenta a força, firmeza e unidade do povo líbio."
O ditador ainda afirmou que o Mediterrâneo o norte da África agora são um campo de batalha, e que os interesses dos países na região estarão em perigo a partir de agora, em uma suposta referência às nações que acordaram a intervenção militar.
"Esta é uma agressão imperialista cruzada capaz de desencadear uma guerra cruzada generalizada", disse Gaddafi, que ressaltou que a Líbia usará seu direito de autodefesa previsto pelo artigo 51 da Carta da ONU.
Ele ressaltou ainda que as operações aliadas são "injustificáveis" e "darão nascimento a uma guerra de religiões".
O breve discurso de Gaddafi foi transmitido de forma abrupta pela TV líbia, que havia anunciado o pronunciamento com antecedência. O canal interrompeu sua programação e transmitiu a mensagem de áudio, com uma imagem do palácio do ditador ao fundo --o prédio foi destruído pela aviação americana em 1986. Apenas depois do fim da mensagem o apresentador disse: "Esse era o líder, o senhor da Líbia".
O governo da Líbia pediu por uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), informaram neste domingo (noite de sábado no Brasil) as emissoras de TV árabes Al Jazeera e Al Arabiya.
"A Líbia, como um Estado independente e membro das Nações Unidas, pediu a celebração de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU após a agressão de França, Reino Unido e Estados Unidos contra si", afirmou o departamento de Relações Exteriores.
O comunicado considerada que o ataque realizado neste sábado pelos aliados é "uma agressão que ameaça a paz e a segurança internacionais" e assegurou que foram registradas mortes de civis e danos a hospitais na ofensiva ocidental.
"Esta agressão aérea e marítima teve como alvo várias regiões civis do oeste do país e deixou vítimas civis e danos a hospitais, aeroportos e estradas, entre outros alvos civis", diz o texto.
Segundo o regime líbio, essa agressão deixa sem efeito "a resolução 1.973 sobre a exclusão aérea".
Veja bombardeio que quase atingiu repórteres da Folha na Líbia
Um zumbido distante e a visão de um caça da Força Aérea líbia rasgando o céu anunciavam os ataques que estavam por vir. Primeiro, uma coluna de fumaça a cerca de 10 km de distância, provocando uma reação a esmo da artilharia antiaérea rebelde. Em seguida, o susto: a segunda bomba cai a menos de 100 metros de onde estavam os jornalistas da Folha Marcelo Ninio e Joel Silva, enviados especiais a Brega, na Líbia.
No vídeo acima, Joel, que chegou ao Brasil nesta quinta-feira (17), descreve a tensão vivida pela reportagem nos momentos de um dos ataques.
Ataques contra infraestrutura do governo líbio começam
US Navy
As forças militares americanas e britânicas, lançaram mísseis Tomahawk contra alvos chave da infraestrutura líbia, enquanto a aviação francesa atacou forças terrestres do governo líbio, leais à Gaddafi, na região de Bengazi.
Mais de 100 míssies Tomahawk, lançados de submarinos americanos e fragatas, deram início ao ataque, tendo como alvos primários, os sistemas de defesa antiaérea no entorno da capital líbia,Trípoli,. e em partes do litoral do país.
O Ministro de Defesa britânico, declarou que um submarino da classe Trafalgar, lançou vários mísseis Tomahawks, como parte de uma ação coordenada de ataques contra o sistema de defesa aéreo líbio.
O governo francês informou que oito caças Rafale, dois Mirage 2000D`s e dois Mirage 2000-5`s (na foto abaixo), estiveram envolvidos na ação militar de hoje. A França também empregou seis de seus aviões tanque C-135 e um E-3F AWACS, em apoio à missão militar.
EMA/French air force
Novas imagens foram divulgadas pelo Ministério de Defesa britânico, mostrando esquadrilhas da Força Aérea Real (RAF), preparando caças Panavia Tornado GR4, na base aérea de Marham, e Norfolk e Typhoons Eurofighter, nas bases em Coningsby e Lincolnshire.
Cpl Nik Howe/Crown Copyright
SAC Chris Davidson/Crown Copyright
Os EUA,Grã-Bretanha e França, estão entre as principais nações a disponibilizar forças militares objetivando restringir as ações do regime líbio, após o Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovar a Resolução 1973. Também fazem parte da coalização, o Canadá e a Itália. Vários países da Liga Árabe apoiam a ação.
Fonte: Craig Hoyle /Flightglobal - CNN Tradução e edição: AIRKRANE