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Aeronave “Super Puma” realiza exercícios de pouso e decolagem na Operação “Atlântico II”

Adestramento de militares no mar, na terra e também no ar, é o que vem sendo praticado na Operação “Atlântico II”. 

Desta vez, foi a aeronave UH-14, “Super Puma”, o meio utilizado para o exercício de Qualificação e Requalificação de Pouso a Bordo (QRPB). Realizada no convés de voo (Convoo) do Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC) “Mattoso Maia”, a atividade aconteceu no entardecer da última segunda-feira (19).

Convoo do NDCC "Mattoso Maia" no momento do pouso. (Foto: Marinha do Brasil)

De acordo com o Oficial de lançamento e pouso do navio, Segundo-Tenente Pedro Paulo Wood da Cruz, que auxilia as aeronaves durante as manobras, exercícios como esse são pré-requisitos no currículo dos pilotos da Marinha. “Poucos militares têm o preparo para fazer essa manobra. De tempos em tempos eles precisam de um novo adestramento”. Ele acrescenta, que a dificuldade do pouso se deve ao pequeno espaço disponível nos convoos dos navios e ao balanço do mesmo, produzido pelo mar. Por segurança, faz-se necessário prender a aeronave ao convés, com cabos de aço ou correntes, e posicionar calços em suas rodas, para evitar que a mesma venha a deslizar com o movimento do navio.


Pôr do sol no convés de voo. (Foto: Marinha do Brasil)

Um exemplo de emprego real de uma aeronave embarcada é a evacuação de um ferido, tripulante de um navio mercante que tenha emitido um pedido de socorro, e precise ser conduzido rapidamente a um hospital em terra.

No caso do emprego militar do meio aéreo embarcado, a aeronave permite aumentar o horizonte visual, ou seja, efetuar uma varredura aérea do cenário, suprindo o comando da Força Naval com informações táticas de grande relevância.


Fonte: Marinha do Brasil, via cavok

Odebrecht faz acordo com EADS para criar empresa dedicada à área militar

Acordo é boa oportunidade para a Odebrecht

Perspectivas

Com a parceria, cujo valor de investimento não foi divulgado, empresas ganham força para disputar contratos das Forças Armadas, governos e indústrias nacionais; para a Odebrecht, acordo também é oportunidade para crescer no exterior

O projeto da Odebrecht para atuar amplamente no mercado nacional e internacional de equipamentos e serviços militares avançou consideravelmente:  o grupo brasileiro e o europeu EADS DS - Defence & Security, com sede na Alemanha, anunciaram em Munique a criação de uma joint venture destinada a operar com as Forças Armadas, governos e indústrias nacionais, além de contemplar o mercado exportador.

A nova empresa será instalada em São Paulo. É um acordo de gigantes - a Odebrecht é um dos três maiores grupos empresariais do País e a EADS DS é a segunda maior corporação do mundo no campo de defesa, produtos e serviços - a empresa faz parte do grupo EADS, que controla a fabricante de aviões Airbus.

Segundo o superintendente da Odebrecht Industrial, Roberto Simões, "a EADS DS é um parceiro com amplo interesse em transferência de tecnologia avançada". Para o ministro da Defesa, Nelson Jobim, "o acordo, mostra que a indústria nacional está disposta a ser um ator global - aliás, como preconizamos na Estratégia Nacional de Defesa".

A primeira área de atuação conjunta será no campo da integração de sistemas. Simões destacou as capacidades da Odebrecht em projeção geopolítica, marketing internacional e ações comerciais de grande porte. "De olho no futuro, é também uma plataforma de exportações", disse, lembrando que a EADS pretende ter uma forte atuação fora da Europa até 2020. O valor do investimento e o formato da nova marca serão definidos até 15 de julho.

Compromisso

O presidente da EADS DS, Stefan Zoller, afirmou que o negócio "é a comprovação de nosso compromisso com o Brasil". Os dois parceiros mantêm importantes contratos no Brasil no campo da Defesa. A EADS vai fornecer 51 helicópteros pesados para a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. Quase todos serão produzidos na fábrica da Helibrás, em Itajubá (MG). O contrato é de R$ 1,8 bilhão.

Esse negócio, entretanto, nada tem a ver com a joint venture. Trata-se de ramos diferentes do mesmo conglomerado europeu. O novo acordo empresarial envolve exclusivamente o braço de defesa e segurança - e não o de aeroespaço, todo independente.

A Odebrecht já é a parceira dos armadores franceses DCNS no programa Pro Sub, do qual resultarão um estaleiro, uma base naval, quatro submarinos Scorpéne, de propulsão diesel-elétrica, e um submarino nuclear - um contrato de 6,7 bilhões, cerca de R$ 16,7 bilhões.

O prazo do empreendimento é 2015, na Ilha da Madeira, em Itaguaí, no litoral fluminense. Ao lado das instalações da Nuclep, o braço industrial do complexo nuclear do Brasil, começou a obra da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, UFEM. Depois, virão as instalações industriais e a base de submarinos.

O presidente Lula visitará o local em agosto, após dois adiamentos. O pacote completo da infraestrutura vale 1,86 bilhão para a Construtora Norberto Odebrecht, majoritária no CBS (Consórcio Baía de Sepetiba), formado pela DCNS da França e pela Marinha do Brasil, que detém a "golden share" - o direito de veto. As áreas envolvidas somam 980 mil metros quadrados, dos quais 750 mil m² na lâmina de água do mar.


Fonte: O ESTADO / Roberto Godoy 

Justiça Militar inicia processo contra controladores de voo em Brasília

Militares denunciados por terem paralisado os serviços de controle do tráfego aéreo em março de 2007 começam a ser interrogados


A Justiça Militar iniciou nesta semana o processo contra 51 controladores de tráfego aéreo que, há três anos, participaram de uma paralisação levando ao caos aeroportos em todo o país.

Insatisfeitos com as condições de trabalho, controladores de tráfego aéreo se recusaram a monitorar os aviões que cruzavam os céus do Brasil.

No dia 30 de março de 2007, milhares de usuários de transporte aéreo se acotovelavam nos aeroportos sem poder embarcar nos voos. A suspensão de decolagens causou prejuízos incalculáveis a passageiros, companhias aéreas e à imagem do governo, que não soube administrar uma crise deflagrada por militares da Aeronáutica.

Denunciados pelo Ministério Público Militar (MPM) por prática de motim e por deixar de prestar o serviço de controle aéreo, prerrogativa exclusiva do governo federal, os militares começaram a ser interrogados e a se defender.

O objetivo final dos controladores envolvidos é tentar se livrar da expulsão da Aeronáutica e de penas de prisão que podem variar entre dois e oito anos.

O início do processo é uma boa oportunidade para a população saber o que de fato ocorreu nos meses que antecederam a crise e o governo tomar providências para que o “apagão aéreo” não volte a atrapalhar a vida dos cidadãos. O crescente tráfego aéreo e a realização de eventos esportivos de porte mundial, como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, reforçam a preocupação.

Indícios da crise que seria observada no primeiro semestre de 2007 foram notados logo após o acidente do Boeing da Gol com o Legacy em setembro de 2006, no qual 154 pessoas morreram. Sob a suspeita de terem responsabilidade na colisão aérea, controladores passaram a se queixar de uma jornada de trabalho supostamente extenuante e do sucateamento de equipamentos utilizados no monitoramento das aeronaves.

Como forma de protesto, nos feriados de 12 de outubro e 2 de novembro, controladores aéreos aumentaram o espaçamento entre os voos e provocaram atrasos e filas nos aeroportos. Em março, pouco antes da paralisação, uma carta apócrifa com reivindicações dos controladores circulou entre os centros de controles do espaço aéreo. Foi o estopim para as paralisações.

De acordo com a promotora do MPM que cuida do caso, Ione Cruz, o movimento não teve por finalidade melhorar as condições do tráfego aéreo, mas sim obter dividendos somente para os controladores. “Foi um motim. Eles infringiram o Código Penal. Quebraram a hierarquia de forma vil”, afirma. “São responsáveis pela maior crise da aviação civil”, diz.

Segundo Roberto Sobral, advogado de 30 dos acusados, sua estratégia será trancar a ação em curso com base na premissa de que a Aeronáutica sabia que haveria uma movimentação atípica. “O Comando poderia ter interferido e evitado toda aquele movimento. O que aconteceu foi a infiltração de agentes de confiança da Aeronáutica para causar tumultos e, depois, responsabilizar esses controladores que agora foram indiciados”, diz.

Quanto à paralisação, Sobral afirma que o melhor mesmo foi suspender as decolagens porque o grande contingente de pessoas atrapalharia no controle de tráfego aéreo, que exige concentração.

Em um aspecto, tanto a defesa como a acusação concordam: o processo deverá ser moroso. Isso porque cada um dos 51 indiciados deverá contar com o direito de arrolar cinco testemunhas, o que daria mais de 250 pessoas a ser ouvidas por quem conduz o processo.

Independentemente do resultado, as partes ainda podem recorrer ao Superior Tribunal Militar (STM) e, em última instância, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A promotora Ione Cruz ainda tenta incluir no processo 38 controladores de tráfego que haviam sido denunciados, mas excluídos pela Justiça Militar por considerar que não havia elementos suficientes contra eles. Em Manaus e em Curitiba também correm processos relativos a controladores que teriam aderido aos comandos supostamente originados em Brasília.

A crise em 2007 provocou discussões quanto ao modelo brasileiro de tráfego aéreo. No período, chegou-se a cogitar a possibilidade de desmilitarizar o serviço. A Casa Civil entrou na discussão.

A secretária-executiva, Erenice Guerra, pediu sugestões de controladores aéreos, agora indiciados, para alterar o sistema. Mas depois do apagão aéreo, Erenice não voltou a tratar do assunto com os controladores. Em alguns países europeus e nos Estados Unidos, existem dois sistemas de controle: um dedicado à aviação civil e outro para a defesa aérea.

O Comando da Aeronáutica defende o sistema atual. Afirma que países como França e Itália estão aderindo ao modelo integrado, adotado pelo Brasil.

A Aeronáutica afirma ainda que o sistema de controle aéreo brasileiro é seguro. “A Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci) nos colocou em segundo lugar no mundo com 95% de conformidade em procedimentos operacionais e de segurança, atrás do Canadá com uma diferença de apenas 1%”, diz.

A expectativa é que a crise do “apagão aéreo” e o processo envolvendo os 51 controladores sirva para eliminar gargalos daqui para a frente.

A Aeronáutica afirma ter aprendido com o caos. Adota procedimentos de recrutamento, treinamento e aperfeiçoamento de forma mais adequada, além de investir apropriadamente no espaço aéreo brasileiro. Que assim seja e permaneça.

Clique aqui e veja a cronologia dos acontecimentos.

Fonte: Época /Murilo Ramos - Foto: Divulgação

Queda de helicóptero no Pantanal mata quatro militares do Exército

Um helicóptero do Batalhão de Aviação do Exército em Campo Grande (BavEx) caiu na noite desta quarta-feira (10) durante operação na região do Baixo Pantanal, em Corumbá, Mato Grosso do Sul.

Helicóptero Fennec do Exército Brasileiro, similar ao que caiu em Mato Grosso do Sul/Juliano Damásio/AirFln

Quatro militares morreram no acidente. A aeronave, modelo Aérospatiale/Eurocopter AS550A2 Fennec (HA-1), prefixo EB1029, do 3º Batalhão de Aviação do Exército (BAvEx), caiu por volta das 21h50m na região do Pantanal da Nhecolândia.

O Exército descartou a possibilidade de ataque à aeronave, apesar do helicóptero articipar de uma operação em uma região de fronteira. Uma das hipóteses para o acidente é que a cauda da aeronave tenha batido em alguma árvore e com isso perdido a estabilidade e caído.

- Essa é uma probabilidade remotíssima, já que o local onde o exercício estava acontecendo é uma área particular e fazia um voo noturno, quase que localizado apenas ali na propriedade - analisa o comandante militar do Oeste, general Renato Joaquim Ferrarezi.

Os militares mortos/Exército via Alessandra de Souza

Os corpos dos quatro militares que morreram na queda chegaram a Campo Grande no fim da manhã desta quinta-feira. Ainda de acordo com Ferrarezi, o resgate dos corpos dos capitães André Luiz Almeida dos Santos e Vinícius Viglioni Salgado, que eram os pilotos da aeronave, do sargento Renan Moreira Orizo e do cabo Rodrigo da Silva Correa, que também faziam parte da tripulação, foi feito por uma equipe do Esquadrão Pelicano, da Força Aérea Brasileira, e após o desembarque no Base Aérea foram encaminhados para o Instituto Médico e Odontológico Legal (IMOL).

O general disse que o acidente com o helicóptero ocorreu a três quilômetros da cabeceira da pista da Fazenda São Paulino, onde desde segunda-feira, 88 militares do BAvEx fazem um exercício de adestramento chamado de Operação Caburé.

Ferrarezi diz que não se sabe se a queda da aeronave ocorreu durante procedimento de pouso ou de decolagem e que o acidente não foi visto pelos outros militares que participavam da operação.

- Eles escutaram apenas um grande estrondo - comenta, completando que após a queda o helicóptero pegou fogo.

O comandante militar do oeste disse que todos os militares que morreram no acidente tinham alto nível de adestramento e que aeronave, que tinham cerca de 30 anos de uso, era considerada nova e estava com sua manutenção em dia. Ele adianta que uma equipe da Comissão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do Exército já seguiu para o local do acidente e que dentro de 30 dias emitirá um relatório preliminar, em que apontará as causas da queda de helicóptero.

Segundo o major Felipe Rezende, que também participava da Operação Caburé, em nenhum momento durante o voo a tripulação do helicóptero fez pelo rádio qualquer tipo de menção a problemas com a aeronave. Ele comentou que apesar do Fennec não possuir uma caixa preta para registrar dados e conversas, as informações que os peritos coletarão da aeronave no local da queda devem ser suficientes para esclarecer o que provocou o acidente.

A aeronave estava sendo pilotada pelo capitão André Luiz dos Santos, tendo como co-piloto Vinícius Viglioni Salgado, ambos de Minas Gerais e que vieram para Mato Grosso do Sul depois que o Bavex instalou uma de suas unidades em Campo Grande, com o objetivo de reforçar a vigilância nas fronteiras com a Bolívia e o Paraguai. Renan Orizo era do interior de São Paulo e o cabo Rodrigo Corrêa, de Campo Grande.

Esse é o segundo acidente envolvendo helicóptero militar em Mato Grosso do Sul em pouco mais de um mês. No dia 5 de fevereiro, uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) modelo H1H, caiu sobre o estacionamento do Hospital Regional de Campo Grande, destruindo os carros de dois funcionários do hospital.

Os militares haviam acabado de decolar para levar soro antiofídico para uma idosa que havia sido picada por cobra no Pantanal, quando perdeu altitude, rodopiou e bateu com a hélice numa árvore e caiu. Não houve feridos e o helicóptero do Esquadrão Pelicano não chegou a pegar fogo. Uma outra aeronave do mesmo modelo foi acionado e levou o soro para a idosa, que foi trazida para o Hospital de Coxim, norte do Estado.

O comunicado do Exército sobre o acidente

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO

GABINETE DO COMANDANTE

O Comando do Exército lamenta profundamente informar a ocorrência de um acidente com uma aeronave Esquilo (FENNEC), do Destacamento do 3º Batalhão de Aviação do Exército (Dst Av Ex), sediado em Campo Grande/MS, ocorrido por volta das 21:50 horas, do dia 10 de março do corrente ano, na localidade de Nhecolândia, município de Corumbá/MS, provocando 04(quatro) vítimas fatais, 02 capitães, 01 sargento e 01 cabo.

As causas do acidente, que ocorreu durante a realização da OPERAÇÃO CABURÉ, exercício de adestramento dos pilotos e tripulações do Dst Av Ex, serão apuradas por meio de Inquérito Policial Militar (IPM) e de investigação aeronáutica, na forma do que está previsto no ordenamento jurídico vigente.

O Exército Brasileiro, consternado e imbuído do mais alto sentimento de solidariedade, está empenhado em prestar todo o apoio necessário às famílias dos militares vitimados pelo acidente.

Gen Bda CARLOS ALBERTO NEIVA BARCELLOS
Chefe do CCOMSEx

Fontes: TV Morena / Paulo Yafusso (O Globo)

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