O Governo espanhol avalia em reunião extraordinária uma eventual declaração do estado de alarme pela greve dos controladores de voo, que causou o fechamento do espaço aéreo do país e levou o caos aos aeroportos, com dezenas de milhares de pessoas afetadas.
A reunião, presidida pelo chefe do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero, começou às 9h da hora local (6h de Brasília) e nela se analisam todos os dados compilados durante a noite acerca da evolução da situação nos aeroportos, que permanecerão fora de operação até pelo menos as 10h (de Brasília).
Se o Executivo decidir declarar o estado de alarme, será a primeira vez que uma situação dessas características acontece na Espanha democrática.
A atitude dos controladores, que abandonaram seus postos de trabalho sem prévio aviso no fim da tarde de sexta-feira, causou o fechamento de todo o espaço aéreo espanhol, exceto a Andaluzia, no sul.
O Governo decretou que a Aeronáutica passasse a exercer a direção do controle da navegação aérea.
Segundo o primeiro vice-presidente do Governo, Alfredo Pérez Rubalcaba, se os controladores não reassumirem seus postos poderão ser acusados de um delito suscetível de pena de prisão.
Rubalcaba também assegurou que o Governo está decidido a atuar com todos os instrumentos à sua disposição "para impedir que um conjunto de trabalhadores defendam alguns de seus privilégios perturbando gravemente a vida nacional".
Segundo fontes da AENA, o organismo gerente aeroportuário, 330 mil pessoas sofrem com a greve dos controladores, que ocorre no início de um "feriadão" na Espanha, com milhares de deslocamentos.
No aeroporto de Madri, metade dos controladores do turno da manhã acudiram a seus postos mas "se negam a trabalhar", segundo fontes da AENA, que detalharam que o espaço aéreo de Madri, Barcelona, Ilhas Canárias e Ilhas Baleares está fechado até as 13h do horário local.
Fontes: Terra - Efe
Nenhum comentário:
Postar um comentário