Paralisação de controladores afeta aviação na Espanha

Caos aéreo na Espanha

Uma paralisação de controladores aéreos que reivindicam melhores salários interditou na sexta-feira o espaço aéreo em torno de Madri e das ilhas Baleares e Canárias, no início de um dos mais movimentados fins de semana do ano, disseram autoridades e empresas aéreas.

A estatal aeroportuária Aena e os controladores há meses travam uma disputa envolvendo salários e condições de trabalho. Os controladores não declararam greve oficialmente, mas vários deles se disseram doentes e começaram a abandonar seus postos por volta de 14h (hora de Brasília), segundo nota da Aena, que pede aos passageiros que evitem os aeroportos afetados.


"Acho que as pessoas já estão fartas", disse ao canal CNN+ Daniel Zamit, porta-voz da USCA, entidade que congrega os controladores. A USCA disse à Reuters que oficialmente não há greve.

Um passageiro que ficou retido num avião com escala em Palma, nas Canárias, disse à Rádio Nacional da Espanha que "o capitão veio dizer que o espaço aéreo espanhol fechou repentinamente, sem aviso prévio".


Militares assumem controle aéreo em Espanha

De acordo com o "site" do "El País", Zapatero esperou até à mudança de turno dos controladores aéreos (que teve lugar às 22h00, hora local) para saber se a greve terminava. Como a situação se manteve, o governo decidiu colocar os militares a controlar o espaço aéreo espanhol.

O Ministério da Defesa já anunciou três medidas urgentes com efeitos imediatos: em primeiro lugar, os efectivos militares vão ser transferidos para os aeroportos de Sevilha, Madrid, Barcelona e Canárias.

Em segundo, o Ministério da Defesa vai reforçar o pessoal civil e militar em outros 10 aeroportos. A terceira medida passa por enviar membros da Força Aérea para as torres de controlo de 10 aeroportos.

O "abandono maciço ou falta de controladores aéreos" começou às 17h00 (hora local) e levou ao encerramento de todo o espaço aéreo espanhol, informou a AENA - Aeroportos Espanhóis e Navegação Aérea, segundo o diário "El País".

A decisão do controladores ocorreu pouco tempo depois do Conselho de Ministros ter aprovado um decreto-Lei que regula a lei laboral. A nova lei impede que sejam incluídas nas horas de trabalho as baixas por doença.

Pelo menos 250 mil pessoas já foram afectadas pela greve dos controladores aéreos. Em consequência desta greve, os aviões que estavam próximos dos aeroportos ainda aterraram mas todos os outros tiveram que desviar a rota. Neste momento, nenhum avião pode levantar voo nos aeroportos espanhóis e todos os aviões que tenham como destino os aeroportos encerrados podem iniciar a viagem.

A greve afecta também as rotas que sobrevoam o espaço aéreo espanhol.

Fontes: Sonya Dowsett (Reuters) via O Globoe Ana Luísa Marqyue/Jornal de Negócios

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