O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, estava a bordo de um hidroavião nesta terça-feira (10) para apagar incêndios florestais na região central de Riazan, uma das mais afetadas do país.
Putin assumiu as funções de copiloto na cabine de um hidravião e dirigiu as operações de recolhimento de água no rio Oka até o lançamento sobre as áreas florestais que queimam na região.
As agências russas informaram que o chefe do governo russo realizou essa operação duas vezes e ajudou no transporte de 24 toneladas de água e combateram dois focos de incêndios.
Primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, assume como copiloto para ajudar no combate aos incêndios florestais que devastam o país há duas semanas/Alexey Nikolsky/10.08.2010/AFP
Desde que o fogo destruiu um povoado de 341 casas na região de Nizhny Novgorod, em 29 de julho, Putin multiplicou as viagens às regiões afetadas e reuniões de governo com o objetivo de frear o avanço do fogo, ajudar aos desabrigados e frear o descontentamento popular.
A oposição, ecologistas e analistas responsabilizam Putin, que completou ontem 11 anos no poder, de não adotar medidas para prevenir os incêndios florestais em um país com a maior superfície florestal do planeta (23%).
Essas organizações o acusam de passar a responsabilidade da proteção das florestas às regiões e as empresas madeireiras e também de dissolver a aviação florestal, além de eliminar a figura do guarda-florestal, ao aprovar em 2007 a nova lei florestal.
Pelas primeiras estimativas independentes, as perdas econômicas na Rússia pelos incêndios e a seca poderiam chegar a R$ 26 milhões (US$ 15 bilhões).
Para o diretor do Instituto de Desenvolvimento Sustentável, Vladimir Zakharov, só as despesas imediatas para atenuar as consequências da seca e os incêndios florestais podem ser maiores inclusive que as verbas destinadas para colocar fim na fuga de petróleo no golfo do México.
Desde o início do verão, na Rússia foram registrados 26.229 incêndios que arrasaram mais de 700 mil hectares, enquanto a seca destruiu mais de 10 milhões de hectares de plantações, 20% do total. O país enfrenta maior onda de calor em 130 anos
Fontes: R7- Efe
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