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Aeronaves R99 (esquerda) e P95 são usadas pela Força Aérea nas buscas pelo Airbus (Foto: Carla Lyra)
Os supostos destroços do Airbus da Air France encontrados, nesta terça-feira (2), no Oceano Atlântico, podem ser levados de helicóptero para Fernando de Noronha. Como o arquipélago não tem condições de permitir que um grande navio seja atracado no local, pequenas embarcações podem ser usadas para levar o material para análise militar.
Uma poltrona de avião, pequenos pedaços brancos, uma boia laranja, um tambor, além de vestígios de óleo e querosene foram identificados pelos militares envolvidos nas buscas.
Segundo o comando da Força Aérea Brasileira (FAB) no arquipélago, dois helicópteros poderão ser usados para levar as peças encontradas no mar para Fernando de Noronha. Em virtude da distância e dificuldade de navegação no ponto das buscas, um dos navios da Marinha pode atracar em uma região mais próxima e transferir os supostos destroços para uma embarcação menor.
Às 17h, um Hércules da FAB pousou no arquipélago para levar combustível necessário para abastecer as aeronaves militares que vão participar da operação.
Três navios da Marinha já estão no local das buscas e serão usados para fazer o transporte.
Às 15h45 desta terça-feira, uma aeronave da FAB decolou de Fernando de Noronha. Quinze minutos antes, um helicóptero da Aeronáutica tinha pousado no arquipélago. Às 16h20, um avião Bandeirante chegou ao aeroporto para reabastecimento. Por conta da instabilidade meteorológica na região, apenas o helicóptero poderia permanecer no local.
Segundo o comando do Cindacta-3, a operação de resgate das peças vai içar os militares da Aeronáutica do mar. O destino das peças só será definido após a avaliação preliminar do tamanho delas.
Investigação
A Associação de Controladores de Tráfego Aéreo do Rio de Janeiro (ACTA-RJ) descartou, nesta terça-feira (2), qualquer possibilidade de o desaparecimento do Airbus da Air France ter sido provocado por possíveis falhas dos controladores de voo do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta-3), no Recife. Segundo Vinícius Araújo, assessor de imprensa da associação, a possibilidade de algum destes profissionais ser investigado é praticamente nula.
De acordo com ele, a participação dos controladores de voo na ocorrência com o Airbus seguiu todos os protocolos de segurança. "Se compararmos esse caso com as duas últimas grandes ocorrências aéreas [voo 1907 e voo 3054] no país, nos últimos dois anos, o trabalho dos controladores não teve reflexos nessa tragédia. Qualquer investigação neste sentido é desnecessária", disse Araújo.
O comando da Aeronáutica informou que os controladores de voo do Cindacta 3 que trabalhavam na hora do desaparecimento do Airbus não foram afastados das suas funções e continuam trabalhando normalmente.
Mais militares
A Aeronáutica enviou, nesta terça-feira, mais aviões e aumentou o efetivo de militares no trabalho das buscas pelo Airbus da Air France desaparecido no caminho entre Rio de Janeiro e Paris, na noite de domingo (31), com 228 pessoas a bordo, sendo 59 brasileiros. Até esta segunda-feira (1º), 100 militares se dividiam em frentes de ações em Natal, Recife e Fernando de Noronha.
As aeronaves que trabalhamnas buscas do voo AF 447 localizaram vestígios e pequenos destroços no oceano, mas ainda não há confirmação de que sejam do Airbus desaparecido. Uma aeronave pertencente à Marinha francesa chegou à base militar em Natal (RN).
Central de rádio do Destacamento de Controle de Espaço Aéreo acompanha buscas realizadas em Fernando de Noronha (Foto: Carla Lyra)
Nesta terça-feira, uma aeronave militar decolou de Fernando de Noronha para realização de varreduras com utilização do radar de abertura sintética. O avião identificou materiais metálicos e não metálicos flutuando no oceano, a cerca de 650 quilômetros a Nordeste de Fernando de Noronha.
Aeronave pertencente à Marinha francesa chega a base militar em Natal (RN), para ajudar nas buscas pelo Airbus da Air France desaparecido no oceano Atlântico enquanto seguia do Rio de Janeiro para Paris, na noite de domingo (31) com 228 pessoas a bordo - 59 delas brasileiras. (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
Segundo a Aeronáutica, ao menos 10 aeronaves estão disponíveis nas ações de busca e resgate. Outras aeronaves chegaram a Fernando de Noronha para levar peças de manutenção, combustível e mantimentos. O efetivo atual da corporação na ilha ainda não foi divulgado.
Imagem de satélite mostra o Oceano Atlântico, com a região de buscas ao Airbus, na manhã desta terça-feira (2). (Foto: AP)
Reforço da Marinha
A Marinha direcionou, no início da tarde desta terça-feira, cinco navios com equipamentos para resgate de sobreviventes para o local onde pilotos da Aeronáutica avistaram objetos que podem ser do Airbus 330-200.
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