O avião da Air France que desapareceu no último domingo (31) quando voava sobre o Atlântico enfrentou "tempestades muito intensas" que eram impossíveis de serem evitadas, informou hoje o serviço meteorológico AccuWeather.
Segundo o AccuWeather, as últimas informações indicam que o acidente do voo 447 ocorreu quando a aeronave entrava "em uma zona de desenvolvimento de tempestades elétricas", a cerca de 10.500 metros de altura.
As análises dos satélites e os dados das camadas superiores da atmosfera assinalam que as correntes da tempestade eram da ordem de 160 km por hora, apontou o estudo.
"O voo 447 pode ter sido como uma rocha a 800 km/h colidindo contra a superfície da água", diz o relatório.
O AccuWeather indicou que o avião da Air France enfrentou duas tempestades elétricas. A primeira delas teria ocorrido ao sul do cone principal e teria causado turbulências entre moderadas a sérias.
Poucos minutos depois, a aeronave entrou no cone principal da tempestade elétrica e recebeu o impacto de várias turbulências. Nesse momento, segundo o relatório, as correntes descendentes e ascendentes possivelmente atingiram o avião de cima e para baixo.
"Essas fortes turbulências possivelmente iniciaram a cadeia de fatos que, em última instância, levaram ao acidente", explica o serviço meteorológico. Segundo o relatório, é possível que sobre a parte principal da tempestade estivessem ocorrendo relâmpagos e um deles pode ter atingido o avião.
O AccuWeather determinou que com base na informação dos satélites, o voo da Air France "teve poucas possibilidades de driblar a tempestade". Nesse momento, a tempestade estava sendo registrada sobre uma zona de 640 km e se desenvolvia ao longo da rota do avião, diz o relatório.
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