Sindicato teme demissões na Embraer

Três anos depois de ter demitido 4.000 funcionários, a Embraer estaria planejando novos cortes, segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.


"Faz três semanas que estamos ouvindo rumores nas fábricas de que a empresa estaria planejando a demissão de mais de mil trabalhadores", diz o vice-presidente do sindicato, Herbert Claros da Silva.

Ele conta que a diretoria do sindicato conversou, no dia 26 de maio, com o departamento de Recursos Humanos da fabricante de aviões, que desmentiu os rumores. Porém, ele afirma que, quando o sindicato solicitou que o desmentido fosse feito por escrito, para que os trabalhadores pudessem ser tranquilizados, não houve resposta por parte da empresa. Procurada pela Folha, a Embraer negou veementemente a possibilidade de demissões e disse que o clima interno é de tranquilidade.

Com a intensificação dos rumores, nesta terça, o sindicato enviou ofício ao prefeito de São José, Eduardo Cury, e ao ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

"Em 2009 eles negaram até o último minuto e depois demitiram 20% da força de trabalho. A gente não confia mais", diz. "Quero que a Embraer fale com todas as letras que não vai haver demissões. Não podemos trabalhar com boatos."

O sindicato quer que o governo obtenha da fabricante a garantia de estabilidade no emprego para todos os trabalhadores e também defende a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução salarial. Hoje a jornada na Embraer é de 43 horas semanais.

Fonte: FOLHA DE S PAULO

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