Segundo o Ministério dos Transportes, 51 pessoas sobreviveram à queda. Governo do antigo Zaire acusa empresa de subestimar número de vítimas.
A queda de um avião comercial matou 127 pessoas nesta sexta-feira (8) na República Democrática do Congo, e 51 pessoas sobreviveram, disse o Ministério dos Transportes do país em comunicado.
Um porta-voz do ministério, Gudile Bualya, acusou a empresa dona do avião, a Hewa Bora, de ter subestimado por baixo o número de pessoas a bordo.
Mais cedo, o executivo-chefe da empresa, Stavros Papaioannou, disse que havia 110 pessoas a bordo do Boeing 727, das quais 53 morreram e 57 sobreviveram. A empresa havia dito primeiro que havia 112, mas depois retificou a informação.
O avião caiu quando tentava pousar no aeroporto internacional de Kisangani, vindo de Kinshasa, capital do país, antigamente chamado de Zaire.
O acidente ocorreu em uma área de floresta, a cerca de 200 metros do aeroporto de Kisangani.
"O piloto tentou pousar, mas aparentemente eles não tocaram a pista de decolagem", disse Papaioannou.
Imagem divulgada pela empresa Hewa Bora mostra avião da empresa, em aeroporto da República Democrática do Congo (Foto: AFP)
Kisangani é a terceira cidade mais populosa do país, com mais de 680 mil habitantes. Ela é um importante centro comercial e porto fluvial, localizada em meio às florestas tropicais da República Democrática do Congo.
O tráfego aéreo chegou a ser interrompido após o acidente, mas já foi retomado. O tempo ruim continuava na região.
Devido à escassez de estradas e ferrovias, os transportes aéreos e fluviais são frequentemente a única opção de deslocamento em longa distância no país, que tem tamanha parecido com a Europa Ocidental.
De acordo com o site da Hewa Bora, a empresa tem dois Boeings 727, ambos configurados com 137 lugares na classe econômica e 12 na classe executiva. Eles são usados apenas para voos domésticos.
A Hewa Bora aparece em uma lista de empresas aéreas banidas de realizar voos dentro da União Europeia devido a preocupações de segurança, assim como todas as outras empresas de transporte certificadas da região central da África, que possuem um dos piores históricos de segurança no mundo.
É o segundo caso grave de acidente com a empresa em três anos. Em 2008, um DC-9 da empresa caiu sobre um subúrbio da cidade de Goma, matando 44 pessoas.
Em abril, 32 pessoas morreram na queda de um avião da Organização das Nações Unidas (ONU) que tentava pousar no aeroporto que serve Kinshasa, a capital. O avião era operado pela empresa georgiana Airzena.
Fontes: G1- Agências
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