Robô encontra no mar chassi de caixa-preta de voo da Air France

Durante mergulho de ontem, foi achado o chassi de uma caixa-preta

Imagem da primeira busca submarina pelos destroços do voo 447 mostra o chassi de uma das caixas-pretas/Johann Peschel/France Presse

O BEA (escritório francês que investiga a segurança na aviação civil) informou nesta quarta-feira que um robô submarino encontrou o chassi de uma caixa-preta que registrou os dados do voo 447 da Air France, que caiu no oceano Atlântico em 2009, durante o trajeto entre Rio e Paris. Os 228 ocupantes morreram.

Segundo o BEA, o chassi do FDR (Flight Data Recorder) do Airbus A330 estava no fundo do mar, ao lado de outros destroços da aeronave.

O módulo de memória do aparelho --Crash Survivable Memory Unit--, que contém os registros de todas as informações do voo, ainda não foi localizado. Ele deveria estar acoplado ao lado do chassi do aparelho.

A operação de resgate aos destroços do avião continua, e um novo mergulho do robô submarino Remora 6000 já começou pela manhã. Os investigadores esperam que as duas caixas-pretas (uma com os dados do voo e outra com o registro da conversa da cabine) possam determinar o que causou o acidente com o voo 447.

O primeiro mergulho em busca dos destroços do voo, localizados no começo deste mês, foi realizado na manhã de ontem e durou mais de 12 horas. O navio francês Ile de Sein, responsável pela operação de resgate, está na área do acidente na costa brasileira. De acordo com o BEA, 68 pessoas estão a bordo do navio, incluindo a tripulação.

Entre eles estão nove operadores do robô submarino, que irá recolher os destroços, outros técnicos da empresa americana Phoenix International, proprietária dos equipamentos, e membros do BEA.

Imagem divulgada pelo BEA mostra modelo do módulo de memória da caixa-preta do Airbus, que ainda não foi localizado/Divulgação/BEA

GRUPOS

Durante a viagem ao Brasil, a equipe de resgate se reuniu para analisar a organização da quinta fase de buscas, as especificações técnicas dos robôs e as medidas de segurança a bordo.

Sob a direção do BEA, dois grupos de trabalho foram formados. O primeiro continua analisando os dados e imagens da quarta fase de buscas, que localizou os destroços do Airbus A330. Segundo o BEA, a análise está focada nas partes da cauda do avião, onde podem estar as caixas-pretas do voo 447 da Air France.

O segundo grupo estuda os procedimentos operacionais destinados a recuperar as caixas-pretas, os computadores de bordo e as demais peças da aeronave.

No comunicado do BEA não foi citado se os corpos das vítimas da tragédia serão resgatados.

Na semana passada, a Aeronáutica afirmou que o governo francês iria buscar os corpos das vítimas, mas que ainda não havia informações sobre a possibilidade do resgate.

A Associação das Famílias das Vítimas do Voo 447 da Air France, porém, disse que durante reunião com o BEA ficou decidido que os corpos não seriam resgatados, o que provocou protestos por parte dos parentes.

Fonte: FOLHA DE S PAULO - Agências

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