Sem greve, aeroportos têm movimento tranquilo na véspera do Natal

Por enquanto tudo tranquilo nos aeroportos nesta véspera de natal

Dos 414 voos programados para até as 8h desta sexta-feira, véspera de Natal, nos aeroportos do país, 121 atrasaram mais de meia hora --22,7% do total-- e 16 foram cancelados (3%). A informação é da Infraero (estatal que administra os aeroportos brasileiros).

Na manhã da última quinta-feira (23), quando foi anunciada a suspensão da greve dos trabalhadores do setor aéreo, o índice de voos atrasados era de 30,1% e o de cancelados, 5,5%.

Entre os aeroportos mais movimentados na manhã de hoje está o de Guarulhos (Grande São Paulo). Dos 40 voos previstos, 12 (30%) estão com atrasos de mais de meia hora, mas nenhum foi cancelado.

Em Congonhas (zona sul de SP), dos 30 programados, 4 (13,3%) sofreram atrasos e seis (20%) foram cancelados.

No Galeão (Rio de Janeiro), dos 25 voos previstos, 4 (16%) estão atrasados e 6 (20%) foram cancelados. No Santos Dumont, também no Rio, dos 26 previstos, 1 (3,8%) voo está atrasado e dois cancelados (7,7%).

Já no aeroporto de Brasília, dos 17 voos previstos até as 8h de hoje, 5 (29,4%) sofreram atrasos e 1 (5,9%) foi cancelado.

PARALISAÇÃO

Ontem os aeroviários fizeram um protesto no Galeão. Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, o objetivo era fazer uma paralisação de 20% dos funcionários.

O protesto leva em conta a decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), diz Balbino, que obriga a manutenção de um efetivo de 80% dos trabalhadores do setor aéreo.

Uma outra decisão, da Justiça Federal do Distrito Federal, proibiu a organização de qualquer greve em todo o país até 10 de janeiro, sob pena de multa de R$ 3 milhões por dia no caso de descumprimento. Balbino disse que não havia sido notificada de qualquer decisão judicial.

GREVE

A ameaça de greve dos funcionários começou após impasse nas negociações do reajuste salarial. No início da negociação, as empresas queriam apenas repor a inflação --calculada em 6% pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)-- e oferecer ganhos reais somente a partir de abril. Os aeroviários (trabalhadores em terra) pediram reajuste de salários de 13% e um percentual ainda maior, de 30%, para os que recebem o piso. Os aeronautas aeronautas (pilotos e comissários) queriam aumento de 15%.

Após reunião na manhã de ontem, o sindicato patronal apresentou proposta de reajuste de 8% e desistiu, por enquanto, de mudar o dissídio (negociação de reajuste salarial) de dezembro para abril. A greve foi suspensa pelos funcionários, mas um acordo ainda não foi fechado.

Fonte: FOLHA

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