A Direção Geral da Aviação Civil (DGAC) francesa determinou na noite desta quinta-feira às companhias aéreas que anulem 5O% de seus voos para o aeroporto Roissy-Charles de Gaulle até às 13H00 local (10H00 Brasília) desta sexta-feira, véspera do Natal, devido à neve e à falta de produto para descongelar os equipamentos.
Passageiros andam pelo terminal de embarque do aeroporto Charles de Gaulle, em Roissy, próximo a Paris /REUTERS/Benoit Tessier
Em seu comunicado, a DGAC assinala que o serviço "Meteo-France prevê temperaturas negativas na manhã de sexta-feira, dia 24 de dezembro, e o aeroporto Roissy-Charles de Gaulle tem dificuldades para fornecer o líquido contra o congelamento dos aviões".
Diante disto, a DGAC "pede às companhias aéreas que reduzam em 50% seus programas de voo para o Roissy na sexta-feira, dia 24 de dezembro, até às 13H00".
O serviço de Aeroportos de Paris (ADP) previu que ao menos 60 voos que partem de Roissy na noite desta quinta-feira e madrugada de sexta sofrerão atraso nesta véspera de Natal.
Os voos sofrem "atrasos de várias horas devido ao descongelamento mais lento, longo e difícil em razão da neve muito pegajosa e pesada", disse uma porta-voz da ADP.
"Não descartamos o risco de que alguns passageiros passem a noite no aeroporto, mas faremos todo o possível para que um máximo de voos partam nas próximas horas. Temos consciência do que significa a véspera do Natal, de que as pessoas querem se reunir com suas famílias".
Ao menos 2 mil pessoas estavam bloqueadas na madrugada desta sexta-feira no Roissy devido à anulação dos voos, onde a Defesa Civil instalou camas de campanha, disse à AFP a ministra francesa dos Transportes e Ecologia, Nathalie Kosciusko-Morizet.
"Houve 58 voos anulados durante a tarde, principalmente devido ao descongelamento" dos aviões, que agora leva mais do dobro do tempo previsto devido à neve pesada e pegajosa.
Estes "58 voos representam de 6 mil a 7 mil passageiros", dos quais 2 mil "ainda estão nos terminais", destacou Kosciusko-Morizet após visitar o aeroporto de Roissy, o terceiro da Europa.
"Uma avaliação geral" da situação aponta que dos 6 a 7 mil passageiros que não conseguiram voar nesta quinta-feira, ao menos a metade também não conseguirá voar amanhã"
Fonte: FOLHA
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