Indenização é "irrelevante", diz presidente da Associação das Famílias das Vítimas do Voo 447

Parentes das vítimas ainda contam com a promessa de reínicio das buscas

O presidente da Associação das Famílias das Vítimas do Voo 447, Nelson Marinho, considerou irrelevante a punição que a Justiça do Estado do Rio de Janeiro determinou para a companhia aérea Air France, de pagar uma indenização no valor de R$ 1,2 milhão às famílias de quatro vítimas brasileiras. O acidente aconteceu no dia 31 de maio de 2009, quando o avião que ia do Rio de Janeiro para Paris caiu no oceano Atlântico.

- Muito embora não seja possível mensurar quanto vale uma vida, a companhia aérea vai pagar um valor que, depois de distribuído, será irrisório diante das custas que envolve todo o processo. Além do mais, o fabricante, Airbus, ficou de fora, sem ser incriminado. Depois desse acidente, já caíram outros seis aviões do mesmo tipo, o que prova que ele tem graves defeitos. Está evidente, pelo menos até aqui, que houve falhas de peças, como o radar e o computador de bordo.

Segundo Marinho, os parentes das vítimas do voo 447 contam com a promessa do governo francês de que as buscas serão reiniciadas em fevereiro do ano que vem, já que não foram encontrados destroços nas buscas anteriores, pois dizem acreditar que uma aeronave do porte do Airbus não pode sumir

- É inexplicável que uma aeronave do porte do Airbus tenha sumido sem deixar vestígios.

As buscas serão custeadas pela Air France e pela Airbus, segundo acordo já firmado com o governo francês.

A decisão de indenizar as vítimas brasileiras do voo 447 foi tomada pelo juiz Alberto Republicano de Macedo, da primeira vara cível do Fórum da Região Oceânica de Niterói, beneficiando os parentes de Luciana Clarkson Seba, que viajava com o marido, Paulo Valle, e com os sogros, Maria de Fátima e Francisco Mesquita Valle.

Relembre o caso

Falhas nos sensores que medem a velocidade da aeronave são apontadas como responsáveis pela queda do Airbus sobre o Atlântico, mas ainda não há um laudo definitivo. No último dia 25 de novembro, o governo francês informou que haverá mais uma fase de buscas pelos destroços, na quarta tentativa em localizar o que restou da aeronave no fundo do oceano.

A quarta fase de buscas no mar deve começar em fevereiro de 2011. Vestígios dos corpos de apenas 50 pessoas foram recuperados, assim como alguns pedaços da aeronave, insuficientes para esclarecer o que causou a queda.

As caixas pretas, que registraram as últimas conversas na cabine de comando do avião, peças chave para explicar o acidente catástrofe, são os equipamentos mais procurados pela equipe.

Comentário Airkrane

Na verdade, o avião não sumiu. Ele desintegrou e foram encontrados muitos destroços . Agora recuperar o avião inteiro não é necessário para se estabelecer as causas do acidente, além de ser impraticável , em função do relevo marinho e as profundidades envolvidas.

Muito embora, no passado, alguns modelos de avião tenham sofrido série de acidentes que posteriormente ficou compravado que em função de erros de projeto, isto não significa necessariamente que os aviões  Airbus sofram de problemas semelhantes.

A tecnologia da construção aeronáutica evoluiu muito nas últimas décadas e sem um estudo que comprove as alegações, é no mínimo temerário afirmar que os Airbus sofram de algum problema deste tipo.

Fontes: R7 - Agências

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