O governo, insiste que não voltará atrás na reforma da previdência.
Como já era previsto, sindicatos em toda a França, nos mais diversos setores, entraram em greve nesta terça-feira paralisando grande parte dos transportes, voos nacionais e internacionais, escolas e serviços públicos. Cerca de 244 marchas e protestos foram convocados em todo o país.
As greves chegam como protesto à reforma da previdência, que aumentou de 60 para 62 anos a idade de aposentadoria no país.
A iniciativa do presidente conservador Nicolas Sarkozy tem sido alvo de críticas pela sociedade francesa. Pesquisas indicam que 69% da população aprovam as greves. O governo tem deixado claro que não vai recuar, mesmo sob pressão das paralisações e da opinião pública.
"Em função da nossa capacidade de manter os índices de mobilização, isto pode durar um certo tempo. Hoje haverá uma mobilização muito grande. É incompreensível que o governo não se mova frente às reclamações dos sindicatos", disse François Chereque, secretário-geral da CFDT, uma grande central sindical francesa.
No início da terça-feira o metrô parisiense funcionava sem grandes interrupções, mas no aeroporto de Roissy-Charles de Gaulle, 30% dos voos foram cancelados e em Orly já eram 50%, de acordo com o Departamento Geral de Aviação Civil (DGAC). Um terço dos serviços ferroviários está suspenso.
O governo espera que o Parlamento aprove de forma definitiva a reforma antes do final de outubro.
As três greves anteriores (7 e 23 de setembro e 2 de outubro) mobilizaram em cada ocasião de 2,5 milhões a 3 milhões de pessoas, segundo os sindicatos, e de 900 mil a 1,2 milhões, de acordo com a polícia.
DURAÇÃO
Os sindicatos ferroviários convocaram inicialmente uma greve de dois dias, ou seja, terça e quarta-feira, mas a paralisação tem caráter prorrogável e a partir do dia 13 as assembleias gerais decidirão a cada manhã se os trabalhadores continuam parados na jornada seguinte.
Com este sistema, de acordo com a vontade dos sindicatos mais radicais, a greve poderia ser prolongada, em setores-chave como os transportes e as refinarias, até pelo menos o sábado, quando deve haver mais manifestações.
Os efeitos da greve serão sentidos no trânsito das 85 cidades onde foram convocadas paralisações no transporte urbano.
A Confederação Geral do Trabalho (CGT) recomendou aos motoristas que encham seus tanques e prevê que no final desta semana deve haver problemas de escassez de combustível em algumas regiões.
O governo, embora insista que não voltará atrás na reforma da previdência, que hoje prossegue sua tramitação no Senado, se mantém alerta, visto q
Fontes: FOLHA - Agências
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