China responsabiliza piloto por acidente de avião da Embraer, diz site

Acidente em 24 de agosto deixou 43 mortos. Piloto teria cometido 'erro muito básico', segundo a conclusão oficial.

As autoridades da Administração de Aviação Civil da China (CAAC, sigla em inglês) acusaram o piloto do avião da Embraer que se acidentou no último dia 24 no aeroporto da localidade de Yichun, no nordeste do país, causando 43 mortes, de ser o responsável pelo acidente.

Segundo o site "Sohu.com", um dos mais importantes do país, as conclusões oficiais da investigação do acidente ainda não foram publicadas, mas apontam diretamente para erros do capitão do aparelho, Qi Quanjun, que sobreviveu ao acidente.

O diretor de Aviação Civil da China, Li Jiaxiang, afirmou que as análises do cenário do acidente mostraram que o piloto cometeu um erro "muito básico".


"O avião fez ação de aterrissar quando ainda não tinha chegado ao início da pista do aeroporto. Ele não teve um julgamento básico sobre o processo de aterrissagem", segundo Li.

O piloto, de 40 anos, tinha 4.250 horas em voos comerciais, e antes fez parte das forças aéreas do Exército de Libertação Popular (ELP) chinês.

A imprensa divulgou que Qi Quanjun se retirou do ELP aos 33 anos para passar à aviação civil, onde fez testes para se tornar piloto dos aviões Boeing 737, sem conseguir a qualificação. Em seguida, conseguiu permissão para pilotar os Embraer E-190, de menor envergadura.

Destroços do avião fabricado pela Embraer que se acidentou na China. (Foto: Reuters)

Os registros mostram Qi começou a capitanear este tipo de aeronaves no dia 7 de abril de 2009.

No dia 24 de agosto, um E-190 da companhia chinesa Henan Airlines se acidentou perto da pista de aterrissagem do aeroporto Lindu, na localidade de Yichun, na província de Heilongjiang, e ficou envolvido em chamas com 96 pessoas a bordo, no primeiro grande acidente da aviação chinesa nos últimos seis anos.

O incidente colocou em xeque a qualificação dos pilotos da aviação comercial chinesa, depois que foi provado que cerca de 200 pilotos da Shenzhen Airlines, proprietária da Henan Airlines, mentiram em seus currículos sobre a experiência de voo acumulada.

Fontes: G1- Agências

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