Sofrimento dos passageiros vai até a próxima sexta

Avaliação interna da diretoria da Gol concluiu que voos só voltam ao normal na sexta-feira, informa a coluna Radar on-line

Passageiros esperam no aeroporto de Salvador, no final da tarde desta terça-feira (03/08) (AE)

A direção da companhia aérea Gol estima que os vôos da empresa só estarão 100% normalizados entre quinta-feira e sexta-feira. A avaliação, reservada, feita no final da tarde desta terça-feira, foi divulgada com exclusividade pelo colunista de VEJA, Lauro Jardim, na coluna Radar on-line.

O total de voos com atraso havia diminuido no início da tarde desta terça-feira. Dos 1754 voos domésticos programados, 324 (18,5%) estavam atrasados e 70 haviam sido cancelados (4%). A Gol, que tinha 618 voos programados, continua sendo a campeã dos atrasos. Entre 0 e 18 horas desta terça, 224 (36,2%) estão atrasados e 49 (7,9%) foram cancelados.

Nos voos internacionais, dos 121 que estão programados, 20 (16,5%) estão com atraso e 2 (1,7%) foram cancelados. A Gol também é responsável pela maioria dos voos internacionais com atraso. Dos 25 programados pela companhia, 10 (40%) estão atrasados e 1 (4%) foi cancelado.

A segunda-feira já havia sido de caos e stress para passageiros de todo o país. Até meia-noite, 614 (26%) do total de 2.360 voos domésticos programados tiveram atraso superior a 30 minutos e 140 foram cancelados. Entre os voos internacionais, 18,3% de 208 previstos atrasaram. A Gol foi responsável por 34% dos atrasos nos aeroportos brasileiros - 52,6% dos 818 voos domésticos programados saíram depois do horário.

Os atrasos começaram a ser desencadeados na sexta-feira, de acordo com a Gol, que teve de transferir alguns voos do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para Cumbica, em Guarulhos. As tripulações da companhia foram impedidas de seguir viagem após atingir o limite de horas de trabalho. O fim das férias escolares também deve ter contribuído para o problema.

Greve 

O problema pode se agravar na próxima semana, quando trabalhadores da Gol devem entrar em greve. A paralisação de 24 horas foi marcada para o dia 13. Os funcionários reivindicam melhores salários, plano de saúde, fim do excesso de jornada e assédio moral.

Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), Selma Balbino, o objetivo é protestar também contra a lenta fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Agência Nacional em Aviação Civil (Anac). "Não podemos esquecer que as multas aplicadas pelo MTE e ANAC são tão baixas, que acabam se tornando um incentivo ao desrespeito à legislação trabalhista e à regulamentação profissional."

As informações são do site da Infraero.

Fonte: VEJA

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