O Phantom Works, da Boeing, apresentou à imprensa, ontem, o Phantom Eye, um demonstrador não-tripulado, movido à hidrogênio e projetado para voar a 65 mil pés de altitude (19.800 metros), por cerca de quatro dias cada missão. A apresentação ocorreu em Saint Louis, Missouri, EUA.
Em setembro, o Phantom Eye será levado ao centro de pesquisas Dryden, pertencente à NASA, e localizado na base aérea de Edwards, na Califórnia , onde será submetido a uma série de testes de solo e de taxi, como preparação para seu primeiro voo no primeiro trimestre de 2011. Estima-se que o voo dure entre 4 e 8 horas.
" Ainda temos muito o que fazer," afirmou Drew Mallow, gerente do programa Phantom Eye. Ele mencionou que ainda são necesssários testes com as asas, algumas tarefas de integração de sistemas, afora testes estruturais.
O Phantom Works tem trabalhado duro para manter o projeto dentro dos prazos, informou Mallow. Segundo ele, isto mostra a habilidade da Boeing em gerar novas tecnologias e aplicá-las.
" Trata-se de um exemplo perfeito de como a Boeing pega uma idéia e a torna real. Define nossa habilidade de rapidamente, criarmos protótipos, e com este programa, vamos demonstrar isto," diz Darryl Davis, presidente do Phantom Works. " O Phantom Eye é o primeiro projeto da equipe e poderá abrir um novo mercado no ramo das comunicações e coleta de dados."
Dados da aeronave
O Phantom Eye, tem uma envergadura de 45.7 metros, e poderá desenvolver a velocidade de 150 nós (277 km/h), podendo carregar 205 quilos de carga. Ele é movido por dois motores de 4 cilindros de 2.3 litros, originalmente desenvolvido para equipar o Ford Ranger. Cada motor tem a potência de 111 kw (150 hp).
"O sistema de propulsão à hidrogênio, será a chave para o sucesso do Phantom Eye," afirmou Mallow. " O sistema é muito eficiente e oferece uma grande economia de combustível e seu subproduto é água; portanto, trata-se de um avião verde ( ecologicamente correto)."
O Phantom Eye em sua apresentação/Foto: Boeing
Os motores e o sistema de propulsão passaram por testes de componentes e uma câmara de altitude, declarou Bill Morby, gerente do programa de integração de sistemas de hidrogênio, destacando que o avião será capaz de manter a combustão a grandes altitudes, por longos períodos de tempo.
" Um dos problemas mais intrincados a resolver estava relacionado ao consumo de combustível com o novo turbo charger," disse Morby. " Não era algo difícil de resolver, contudo, trabalhar com os dados técnicos consumiu muito tempo, afora o tempo gasto com o balanceamento de pressão e com probelmas relacionados à capacidade de combustível."
Fonte: Flight International/Gayle Putrich - YOUTUBE - Boeing
Tradução: BGA/JACK
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