A companhia aérea e o sindicato que representa sua tripulação continuam nesta segunda-feira sem chegar a um acordo que resolva a disputa sobre salários e condições trabalhistas.
A greve chega ao terceiro dia - o de maior tráfego aéreo, após o fim de semana. A paralisação está prevista para terminar hoje e ser retomada no próximo sábado, por mais quatro dias.
Esperava-se que as operações da companhia aumentassem nesta segunda-feira devido ao maior número de voos programados do que durante o fim de semana. Tanto o sindicato Unite como a British asseguraram sair vitoriosos da greve que provocou o cancelamento de mais da metade dos 1.950 voos planejados durante o período de greve
Líderes sindicais pediram conversas com os diretores da British Airways no domingo para colocar fim na greve de tripulantes que levou ao cancelamento de centenas de voos da companhia aérea britânica e atrapalhou os planos de viagens de milhares de passageiros.
A United havia avisado que a greve geraria problemas de tráfego que durariam toda a semana. Os empregados planejaram retomá-la no sábado e mantê-la durante quatro dias, se a disputa não se resolver.
O acordo poderia custar à British mais de US$ 95 milhões, ou 63 milhões de libras, que o presidente da companhia, Willie Walsh, está tentando salvar através de mudanças nos salários e nas condições de trabalho.
A paralisação já provou ser uma fonte de embaraço ao premiê britânico Gordon Brown, já que envolve o sindicato Unite, o maior financiador individual de seu Partido Trabalhista.
O co-secretário-geral do Unite, Tony Woodley, disse em carta aos trabalhadores que espera que conversas com a diretoria da British Airways permita prevenir uma nova greve de quatro dias em reivindicação por melhores salários e por empregos que está planejada para o final deste mês.
O Unite afirma que recebeu adesão de 80% dos funcionários sindicalizados da companhia aérea para a greve, enquanto a empresa afirma que o apoio à paralisação não foi tão grande.
A British Airways, que havia anunciado que reduziria os voos mas ainda planejava manter mais de 60% das rotas, disse que o número de tripulantes que está trabalhando permitiu à companhia adicionar voos extras.
A British Airways anunciou que quase 98% de seus empregados se apresentaram para trabalhar no aeroporto de Gatwick e mais da metade no de Heathrow, o que permitiu retomar operações em uma série de voos concelados.
Contudo, o Unite anunciou que apenas 300 de seus 2.200 empregados de cabine se apresentaram aos seus postos de trabalho durante o fim de semana e acusou a empresa de contar empregados de voos de chegada para inflar as cifras.
Sindicatos oferecem diálogo para acabar greve na British Airways
Os tripulantes da companhia aérea britânica British Airways ofereceram nesta segunda-feira retomar as negociações com a empresa para tentar resolver uma disputa que pode prejudicar o governista Partido Trabalhista a semanas das eleições.
Os grevistas devem voltar ao trabalho na terça-feira depois de uma parada de três dias que interrompeu os voos partindo do aeroporto de Heathrow, principal aeroporto de Londres.
O assunto é uma dor de cabeça para o Partido Trabalhista do primeiro-ministro Gordon Brown porque envolve o sindicato Unite, que é o maior colaborador financeiro do partido.
O partido conservador, opositor de centro-direita, que lidera as urnas antes do que se espera ser uma eleição muito concorrida, qualificou o governo de "fraco" e disse que depende de seus financiadores do sindicato.
Os sindicatos planejam uma segunda greve de quatro dias a partir do próximo sábado, limitando os voos antes da alta temporada da Páscoa, em uma disputa contra os planos de corte nos custos e nas contratações.
A British Airways disse que o impacto da greve foi limitado e ainda não havia estimativa de quanto o movimento custaria para a companhia.
"Durante o fim de semana mais de 75 por cento dos voos em todo o mundo partiram com pontualidade, e centenas partiram antecipadamente", disse em comunicado.
A disputa surgiu porque a companhia, que tem 12 mil tripulantes, pretende cortar 65,5 milhões de libras anuais (95 milhões de dólares) para compensar a queda na demanda, a instabilidade no preço dos combustíveis e uma maior concorrência das empresas aéreas de baixo custo.
Fonte: O Globo
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