Anac aprova medida que limita tráfego aéreo em Guarulhos

Proposta restringe pousos e decolagens a 45 por hora; objetivo é aliviar fluxo de passageiros em horário de pico

RIO - Numa tentativa de evitar um novo caos aéreo no período de festas de final de ano e férias, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) decidiu restringir o tráfego aéreo no Aeroporto Internacional de Guarulhos (Cumbica) a 45 voos (pousos ou decolagens) por hora. A medida irá atingir os voos charter e fretamentos, que terão de ser remanejados para fora dos horários de pico (início da manhã e final da noite) e será válida de dezembro a março.

A proposta foi aprovada nesta terça-feira, 1º, à tarde em reunião da diretoria colegiada da Anac, no Rio, e entrará em vigor nos próximos dias, quando for publicada no Diário Oficial. Os voos regulares na alta temporada não serão afetados, já que eles já foram autorizados pela agência considerando o máximo de 45 pousos ou decolagens por hora.

Segundo a Anac, o objetivo é distribuir melhor o fluxo de passageiros nos terminais ao longo do dia e evitar que esses voos não-regulares interfiram no funcionamento do aeroporto. Os voos charter, embora sejam não-regulares, precisam da autorização da Anac porque são comercializados diretamente pelas companhias aéreas. Os fretamentos, comercializados pelas agências de viagem e oferecidos em pacotes turísticos, não precisam de autorização da agência, mas terão de se adequar a essa limitação.

A Anac está analisando 246 pedidos de voos charter, que já serão autorizados de acordo com essa restrição. Segundo a Anac, as agências de viagem com fretamentos previstos para os horários de pico deverão informar aos passageiros sobre a mudança na hora da decolagem.

O limite de 45 voos por hora em Guarulhos já é adotado atualmente para os voos regulares, mas só é atingido às 7h. De acordo com a Anac, os outros horários de maior movimentação são às 20h e 23h, com 42 poucos ou decolagens cada. A agência informou que não planeja restringir o número de voos em outros aeroportos do País.

Fonte: O ESTADO/Fabiana Cimieri

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