Disputa entre gigantes da indústria aeronáutica
A disputa entre a Airbus e a Boeing na OMC (Organização Mundial do Comércio) continua complicada, especialmente para a fabricante européia. Segundo o relatório parcial, que foi enviado para os Estados Unidos e a União Européia, OMC descobriu que os empréstimos governamentais à Airbus não violavam apenas as regras de subsídios, mas em inúmeros casos violavam uma proibição severa contra auxílios à exportação. No entanto, o relatório rejeitou uma série de questionamentos feitos pela Boeing.
O subsidio governamental a exportação de aeronaves volta à cena, após a disputa entre a Embraer e a Bombardier, porém, desta vez poderá afetar todo o setor, já que as regras poderão ser profundamente alteradas. O processo entre a Airbus e a Boeing tem cinco anos e segundo o relatório, mais de doze empréstimos realizados pelos governos europeus eram irregulares e afetavam os negócios da Boeing.
Sob as regras da OMC, alguns subsídios são proibidos e devem ser cancelados ou ajustados sem que uma reclamação precise provar que alguma empresa especifica foi prejudicada. No entanto, os chamados “subsídios acionáveis" são considerados mais difíceis de serem resolvidos pois envolvem uma série de análises sobre perdas do reclamante.
Pelo relatório, ao menos um de quatro empréstimos que tinham como objetivo ajudar a financiar o A380 foi considerado normal, mas os outros três foram considerados ilegais.
De acordo com artigo publicado pela agencia Reuters, alguns parlamentares norte-americanos que tiveram acesso ao relatório afirmaram que a OMC condenava os empréstimos europeus à Airbus, no entanto, fontes européias negaram qualquer resultado definitivo.
Sabe-se que os Estados Unidos ganhou o caso contra financiamento de pesquisas e desenvolvimento dado pela União Europeia à Airbus, e aos projetos de infraestrutura que na pratica são incentivos camuflados à Airbus. Porém, os americanos perderam a acusação que o uso em geral dos empréstimos europeus eram de um programa inválido de apoio.
O desfecho do caso ainda não e claro e a balança pode mudar rapidamente.
Fontes: Efe - aironline
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