França busca ajuda internacional para novas buscas do voo 447

Cerca de mil fragmentos do Airbus A330 já foram examinadas.
Queda da aeronave no Atlântico matou 228 pessoas em 31 de maio.

A França deseja realizar uma busca internacional ampliada pelo restante dos destroços e as caixas-pretas do avião da Air France que caiu no oceano Atlântico após decolar do Rio de Janeiro com destino a Paris em 31 de maio, disse nesta segunda-feira (31) a principal autoridade de investigação de acidentes aéreos do país.

Cerca de mil fragmentos do Airbus A330, cuja queda matou todas as 228 pessoas a bordo, já foram examinadas, mas a maior parte do avião segue desaparecida e ainda não é possível afirmar com certeza o que causou o acidente, acrescentou a agência francesa responsável pela investigação de acidentes, BEA.

"Vamos ver como podemos otimizar nossa busca. Vamos expandi-la a outros países para conseguir a máxima dimensão internacional e aproveitar cada chance que temos para não perder novas pistas", disse a jornalistas Paul-Louis Arslanian, diretor da BEA.

A fabricante europeia de aeronaves Airbus deve ajudar a financiar a expansão das buscas, que pode custar dezenas de milhões de euros, disse ele, acrescentando que o anúncio das novas buscas pode ser feito a partir em setembro.

O Brasil participou das buscas iniciais pelos destroços e corpos e estaria também na próxima etapa, ao lado dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Alemanha, de acordo com Arslanian.

As autoridades estão mapeando uma região no oceano do tamanho da Suíça numa tentativa de recuperar as caixas-pretas e o restante da aeronave, que mergulhou 9.000 metros em quatro minutos até bater no mar em meio a uma tempestade tropical.

Após não terem conseguido localizar os sinais de rádios emitidos pelas caixas-pretas por estimados 30 dias, as equipes de busca passaram a operar com um navio de pesquisa francês equipado com sonares e um submarino, mas as peças continuam desaparecidas.

A terceira etapa de buscas ao voo AF447 envolveria enviar sonares ou robôs para locais relativamente inexplorados no fundo do mar, a até 4.000 metros de profundidade.

A Marinha e a Força Aérea do Brasil localizaram destroços do avião e 51 corpos que estavam na superfície da água, mas o restante do avião pode estar distante devido às fortes correntes marítimas.

"O trabalho é como cruzar a Suíça a pé, primeiro tentando ouvir o som de uma rebatida de críquete e agora procurando pelos destroços com uma lanterna na escuridão", disse Arslanian.

Especialistas acreditam que a causa do acidente tenha sido um problema nos sensores de velocidade, após o envio de mensagens automáticas de emergência antes da queda. Mas Arslanian disse que ainda é muito cedo para culpar as chamadas "sondas pitot".

A investigação completa pode levar mais de um ano, disse ele.

Fontes: G1- Efe - Reuters

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