Agência investiga causa de incidente aéreo que deixou 26 feridos nos EUA

FAA investiga incidente

A FAA (agência federal de avião americana) afirmou nesta segunda-feira que investiga o que exatamente causou a turbulência pela qual passou o Boeing 767-200 da Continental Airlines que ia do Rio de Janeiro e a Houston, no Texas. O incidente deixou ao menos 26 feridos e levou o piloto a fazer um pouso não programado em Miami, na Flórida.

A porta-voz da FAA, Kathleen Bergen, afirmou que a turbulência atingiu o avião quando este sobrevoava a região entre Porto Rico e as ilhas Turks e Caicos, ao norte da República Dominicana.

O Rio de Janeiro foi o ponto de partida do voo 447 da Air France que caiu sob condições ainda não descobertas no meio do oceano Atlântico, em 31 de maio passado. O acidente matou todos os 228 a bordo. Bergen alertou, contudo, que não há como fazer paralelos entre os acidentes e que a causa e a severidade da turbulência pela qual passou o avião da Continental estão sendo investigadas.

"Eu não tiraria nenhuma conclusão e comparação", afirmou.

O Comitê Nacional de Segurança no Transporte dos EUA afirmou que monitora a situação, mas que não está investigando o incidente.

O voo 128 havia partido do Rio com 168 passageiros e 11 tripulantes às 21h45 deste domingo (2) e deveria ter chegado a Houston, no Texas, às 6h desta segunda-feira. Cerca de uma hora depois de reportar a turbulência, segundo a FAA, o piloto teve que fazer um pouso não programado em Miami às 5h30 (6h30 no horário de Brasília).

O passageiro Fabio Ottolini, que vive em Houston, disse à agência de notícias Associated Press que o avião "caiu de repente" e que alguns tripulantes que estavam nos corredores foram jogados contra o teto da aeronave.

Rosana Nichols conversou por telefone com o filho Thiago Candido, 13, um dos passageiros. Ela afirmou ao jornal "Houston Chron" que Thiago contou que o voo estava calmo até que passou pela turbulência e pareceu cair --o que fez com que passageiros sem cinto caíssem das cadeiras.

Thiago relatou à mãe que uma mulher tinha um ferimento grave na cabeça e outra parecia ter machucado gravemente o pescoço.

Nichols afirmou que seu filho não usava o cinto na hora do incidente, mas não sentiu nada além de uma leve colisão na cabeça. "Ele estava rezando quando aconteceu", disse.

A Continental Airlines emitiu um comunicado nesta segunda-feira dizendo que o alerta para o uso do cinto de segurança estava aceso antes da turbulência.

Segundo o texto, 28 pessoas receberão tratamento médico a bordo da aeronave e sete foram levados a um hospital próximo. Bombeiros do condado de Miami-Dade informaram que 26 ficaram feridas, quatro delas em estado grave.

"Um dos passageiros disse que as turbulências duraram cerca de dez segundos, foi um momento de pânico er logo de muito alívio quando o avião reestabilizou", disse Elkin Sierra, porta-voz dos bombeiros.

Fonte: FOLHA

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