Avião da companhia estava perto da área onde voo 447 desapareceu e não confirma condições ruins
LONDRES - Um dos aviões da companhia aérea alemã Lufthansa, que estava perto da área onde o Airbus da Air France desapareceu, na noite de domingo, afirmou que não havia condições meteorológicas ruins no momento do acidente. A informação foi divulgada pela rede britânica BBC, nesta quinta-feira, citando a empresa alemã. O voo 447 da companhia francesa desapareceu no trajeto Rio-Paris com 228 pessoas a bordo.
O relato da Lufthansa diverge de outras informações divulgadas anteriormente por meteorologistas. Na segunda-feira, o professor de Engenharia Aeronáutica da USP em São Carlos (SP), James Waterhouse, apontou em entrevista à Agência Estado que o mau tempo deve ter sido o responsável pelo desaparecimento do Airbus.
Um porta-voz da Lufthansa afirmou que três pilotos do voo LA507 consultados pela companhia declararam que não haviam notado nada de anormal, inclusive sobre as condições meteorológicas durante o trajeto.
O avião da Lufthansa, um Boeing 747-400 com cerca de 300 passageiros a bordo, decolou no domingo (31) às 18h36 de São Paulo e aterrissou às 5h57 (horário de Brasília) da segunda-feira (1) em Frankfurt.
Dois aviões da Lufthansa passaram nas imediações da zona do voo Rio-Paris meia hora antes do desaparecimento do Airbus da Air France desaparecer dos monitores dos radares, segundo o site da BBC, que cita a agência meteorológica das Nações Unidas.
Segundo o professor, os problemas meteorológicos podem ter provocado falhas estruturais na aeronave, a ponto de desestabilizá-la. "A região onde o avião fez sua última comunicação apresentava uma área de turbulências violentas e até eventualmente formação de granizo. Nessa região por onde o avião passou havia diversas nuvens e em cada uma delas o potencial de energia era tão grande quanto uma pequena bomba atômica, um pouco menor do que a que destruiu Hiroshima", afirmou então o pesquisador.
Em seu site na internet, o jornal francês Le Monde afirmou, citando fontes ligadas à investigação, que o avião estava na velocidade "errada", o que teria em parte sido responsável pelo acidente. Não foi informado se esta seria acima ou abaixo do recomendado.
Já o Le Figaro relata, em seu site, que os especialistas notaram que os destroços do avião estão aparecendo em uma região muito dispersa, até a mais de 300 quilômetros de distância uns dos outros. Por isso, segundo essas fontes, os especialistas trabalham com a hipótese de que a aeronave tenha se desintegrado ainda em uma elevada altitude. O Figaro aponta que isso pode ter ocorrido pela zona de convergência intertropical pela qual a aeronave passou, ou mesmo por um atentado terrorista.
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