Cindacta 3 coordena operação de busca a destroços de Airbus


Mapas orientam buscas aos destroços de Airbus da Air France (Foto: Fabíola Blah)

Militares do Cindacta 3 orientam operação de busca e resgate de destroços de avião (Foto: Fabíola Blah)

30 militares se revezam no trabalho de planejamento e execução de tarefas. Nos monitores, mapas mostram a área onde destroços foram localizados.

A coordenação de toda a operação de busca e resgate dos destroços e possíveis sobreviventes do vôo 447 acontece no Cindacta 3 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em Recife. Trinta militares têm se revezado dia e noite, na sala do Salvaero, no trabalho de planejamento e execução de tarefas.

“O Salvaero é um órgão do Cindacta que, no contexto da organização, tem por responsabilidade todos esses trabalhos que nós estamos efetuando na busca da aeronave da Air France”, explica o coronel-aviador Luís Gonzaga Leão Ferreira, comandante do Cindacta 3.

Nos monitores do Salvaero, gráficos e mapas mostram a área onde os destroços foram localizados, 150 quilômetros a noroeste do arquipélago de São Pedro e São Paulo, onde a procura foi intensificada desde o aparecimento dos primeiros objetos.

Esta noite, o R-99 da FAB vai fazer novo sobrevoo, na tentativa de localizar mais destroços e possíveis sobreviventes.“Nós vamos continuar dando prosseguimento às buscas, uma vez que já temos alguns pontos de localização de objetos e destroços da aeronave. Estamos colocando esses posicionamentos em mapa e isso permitirá que a gente possa ter uma otimização dos trabalhos de busca”, diz o comandante.

Com o avião norte-americano que se junta à equipe brasileira na operação, durante a madrugada, chega a 11 o número de aeronaves envolvidas nos trabalhos de busca. Nesta quarta (03), um avião francês virá de Dakar, no Senegal, para reforçar o grupo.

De acordo com os militares, o mais difícil da operação é o tamanho da área de busca. Até o momento, as equipes já cobriram um perímetro de 10 mil quilômetros quadrados, que pode parecer muito, mas é pequeno em relação ao tamanho do Atlântico.

“Por isso é importante o maior número possível de aeronaves envolvidas nesse trabalho, para que o nosso espectro de busca continue crescendo”, diz o tenente-coronel Henry Munhoz, assessor de imprensa da Aeronáutica.

À medida que forem recolhidos pela Marinha, os destroços serão levados inicialmente para Fernando de Noronha. “Estamos dependendo da Marinha em relação a esse trabalho, porque são eles que vão recolher os objetos. A princípio, eles vão ser trazidos para Fernando de Noronha. Dependendo da possibilidade, podem chegar ao Recife por aeronave”, informa o coronel Leão.

A caixa-preta, dispositivo que registra as conversas entre os tripulantes e dados técnicos do voo, não está no foco principal das buscas. “Estamos conduzindo o nosso trabalho para levantar a localização dos destroços e de um eventual sobrevivente. A caixa preta é primordial para o processo de investigação, mas não é nossa prioridade no momento”, afirma o comandante do Cindacta 3.

Depois que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou que Pernambuco vai ficar responsável pelo recolhimento e pela identificação dos corpos das vítimas, a Secretaria de Defesa Social do estado informou que chega a Fernando de Noronha, nesta quarta-feira, uma equipe formada por médico legista, perito criminal e datiloscopista.

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