Air France informa a familiares que não há esperanças de sobreviventes no voo 447

Diretores da Air France informaram aos familiares franceses de ocupantes do voo 447 que não há esperanças de encontrar sobreviventes.


Integrantes da FAB checam helicóptero em Fernando de Noronha antes de retomar buscas por destroços do Airbus

"O que está claro é que não houve pouso. Não há possibilidade de os dispositivos de salvamento terem sido acionados", afirmou nesta quinta-feira Guillaume Denoix de Saint-Marc, acionado para ajudar no aconselhamento nas famílias de vítimas.

O diretor-geral da companhia aérea, Pierre-Henri Gourgeon, e o presidente da empresa, Jean-Cyril Spinetta, se reuniram com os familiares dos passageiros em um hotel próximo do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, na quarta-feira (3) para fazer o comunicado, segundo Saint-Marc.

Muitos familiares das 72 vítimas francesas do Airbus da Air France que caiu no oceano Atlântico permaneciam nos hotéis próximos ao aeroporto Charles de Gaulle com esperanças de receber notícias sobre os parentes.

A revista francesa "Le Point" publicou ontem em seu site na internet a informação de que entre as mensagens automáticas recebidas do voo 447 pela Air France haveria a indicação de que sensores externos do Airbus enfrentaram congelamento severo. Se congelaram, os sensores podem passar a informar dados errados ao computador de navegação, como altitude e inclinação do nariz.

O diretor-presidente da entidade de aviação civil Fly Training Center e chefe dos pilotos da Jet Set Brasil Táxi Aéreo, Luís Guilherme Andrade, 37, diz que uma falha estrutural grave pode ter derrubado o avião, embora creia que a causa jamais será descoberta.

Base em Fernando de Noronha concentrará serviço de perícia

Os destroços do Airbus da Air France e os possíveis corpos das vítimas da tragédia resgatados por embarcações da Marinha serão enviados ao arquipélago de Fernando de Noronha, onde foi montada uma espécie de base de triagem.

Uma equipe, formada por um legista, um auxiliar, um datiloscopista e um perito criminal, da
Secretaria da Defesa Social de Pernambuco, vai realizar uma pré-identificação de eventuais corpos encontrados.

No trabalho, o grupo decidirá se será possível fazer a identificação visual, por meio da arcada dentária, digitais ou DNA.

Após a coleta, o material será encaminhado a Recife para identificação científica.

De acordo com a Polícia Federal, se for necessário um exame de DNA, o corpo será enviado para o Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília.

A pedido do Ministério da Defesa, quatro peritos da PF foram enviados para Recife.

"O exame de DNA é o último recurso que se utiliza. Corpo pode ser identificado através de outros exames e até mesmo por uma tatuagem, uma joia ou qualquer outro objeto que possa ser reconhecido pelos familiares das vítimas", diz Francisco Sarmento, gerente da Polícia Científica de Pernambuco.

Na França, familiares de desaparecidos do voo doaram amostras de DNA para ajudar em possíveis identificações.

Os destroços também passarão por uma triagem em Fernando de Noronha. A decisão do que será feito com eles cabe ao governo francês, já vai liderar as investigações.

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