Queda de avião na Indonésia não tem sobreviventes

Aeronave com cerca de 50 a bordo chocou-se contra montanha. Avião de fabricação russa estava desaparecido desde a véspera.

 

Roll-out do Superjet 100

As equipes de emergência disseram na tarde desta quinta-feira (10) que chegaram ao local onde se encontram os destroços do Superjet 100 da fabricante russa Sukhoi acidentado na véspera na Indonésia, mas encontraram apenas cadáveres e não havia sinais de vida, disse um porta-voz.

"Entramos no local (dos destroços). Não encontramos nada mais que cadáveres, mas não estamos em condições de dizer o número", declarou à imprensa Gagah Prakoso, porta-voz da Agência Nacional de Emergências.

 Questionado sobre as chances de encontrar sobreviventes entre os cerca de 50 passageiros, o porta-voz respondeu: "o avião se chocou contra a encosta da montanha em alta velocidade. Imagine o resultado. O avião está totalmente destruído".

Eles foram encontrados a cerca de 1.800 metros de altitude perto de Cijeruk, na região do Mont Salak, um vulcão que chega a 2.211 metros, informaram as equipes de emergência.


O Superjet 100, a esperança da aviação civil russa, fazia um voo de demonstração e desapareceu dos radares pouco antes das 15h00 local (5h de Brasília) de quarta-feira sobre o monte Salak.

 O Sukhoi levava 44 pessoas a bordo - oito membros da tripulação russa e 36 passageiros -, declarou o assessor da embaixada russa em Jacarta, Dmitry Solodov. A embaixada da França disse que havia um francês a bordo.

O representante na Indonésia da Sukhoi afirmou, no entanto, que havia 50 pessoas a bordo, entre elas oito membros da tripulação, pilotos e engenheiros russos, assim como membros do construtor aéreo.





  
 Destroços do Sukhoi Superjet 100 estão espalhados numa montanha em Bogor, Java Ocidental. (Foto: Força Aéra do Indonésia / AP Photo)

De acordo com a CNN, após os pilotos pedirem permissão para descer de 10 mil para 6 mil pés, os controladores de voo perderam contato.

O avião, segundo a emissora, sumiu dos radares quando atingia uma altitude de 6,2 mil pés.

O voo de demonstração, o segundo do dia, era parte de um tour por seis países asiáticos, como parte de uma campanha de publicidade que o fabricante realiza em vários países, clientes potenciais, como Paquistão, Mianmar, Laos e Vietnã.

O Superjet 100 foi o primeiro jato fabricado pela Sukhoi, uma fabricante de aviões militares. O avião de porte médio tem capacidade para 103 passageiros.

Está prevista a construção de 1.000 aeronaves do mesmo modelo.


Equipes de resgate encontram corpos de vítimas


As equipes de resgate da Indonésia encontraram nesta quinta-feira (10) vários corpos e nenhum sobrevivente entre os restos do avião russo acidentado ontem com 45 pessoas a bordo em uma região montanhosa nas proximidades de Jacarta.

"As equipes de resgate encontraram corpos ao lado dos restos do avião, mas nenhum sobrevivente", disse Tojah, porta-voz da Agência de Busca e Resgate.

As autoridades divulgaram uma lista que fixou em 45 o número de desaparecidos depois de descartar que outros cinco supostos passageiros estivessem no avião acidentado.

Segundo a agência Antara, as vítimas são em sua maioria indonésios representantes de várias companhias aéreas locais, entre eles, 14 são da companhia Sky Aviation que acabava de comprar 12 aparelhos SSJ 100 semelhantes ao acidentado por US$ 380,4 milhões.

Também estavam a bordo alguns jornalistas e oito russos representantes do fabricante Sukhoi.
As equipes de resgate chegaram ao local do acidente depois que os helicópteros que estavam realizando as tarefas de busca localizaram nesta manhã os restos da aeronave em uma encosta do monte Salak.
"Encontramos fragmentos do avião nas coordenadas nas quais ontem perdemos o contato", informou em entrevista coletiva o diretor da Agência de Busca e Resgate indonésia, Daryatmo.

O avião, do fabricante russo Sukhoi e modelo Superjet 100 (SSJ 100), perdeu o contato com os radares em um voo de exibição quando sobrevoava o vulcão Salak, próximo à cidade de Bogor, cerca de 60 km ao sul de Jacarta.

Pilotos russos desconheciam montanhas

O consultor de aviação Gerry Soejatman afirmou ao jornal The Jakarta Globe que o avião teria que voar a uma altura de 11 mil pés (3.352 metros) para manter uma distância de segurança com Salak, de 2.211 metros.
Soejatman afirmou que não é recomendável realizar voos de exibição nos arredores do vulcão e acrescentou que os pilotos, de nacionalidade russa, provavelmente desconheciam as regiões montanhosas da ilha de Java e seu clima variável.

O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, anunciou a abertura de uma investigação para determinar as causas do acidente.

— Espero que seja realizada uma investigação para conhecer a causa do acidente. O resgate das vítimas que possam estar vivas é nossa prioridade.

Dezenas de familiares dos passageiros se reuniram em um centro habilitado para cuidar da crise no aeroporto de Jacarta e em povoados próximos à região do acidente para conhecer as últimas novidades.
Enquanto isso, cerca de 600 profissionais das equipes de resgate, emergência, médicos e especialistas em identificação de pessoas se deslocaram ao local do acidente para colaborar nos trabalhos de busca.

O acidente aconteceu quando o avião realizava uma viagem pela Ásia organizada pelo fabricante russo para promover este novo modelo, que começou no Cazaquistão e que seria finalizada em meados deste mês no Laos e no Vietnã.

Durante a manhã de quarta-feira, o Superjet tinha realizado um primeiro voo de exibição nos arredores de Jacarta sem que fosse registrada nenhuma anomalia.

O SSJ-100, desenvolvido pela divisão de aviões civis da Sukhoi, tem uma capacidade máxima para 95 passageiros e um alcance de entre 3.000 e 4.500 km. A aeronave foi concebida para concorrer com semelhantes da fabricante canadense Bombardier e da brasileira Embraer.





Fontes: G1 - R7 - YOUTUBE - Agências

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