Operação que matou Bin Laden era planejada pelos EUA desde agosto

Após um tiroteio no domingo (1º), Bin Laden teria sido baleado na cabeça. Obama disse ter autorizado a execução na sexta-feira.

Obama conversa com equipe de segurança nacional (Foto: AP/Casa Branca)

O ataque das forças norte-americanas que resultou na morte de Osama bin Laden, líder da rede terrorista da al-Qaeda, no domingo (1º), estava sendo planejado desde agosto do ano passado, quando os americanos conseguiram uma pista segura sobre seu paradeiro, após mais de quatro anos de investigações.

A operação teria sido feita com helicópteros e durado cerca de 40 minutos, relataram funcionários do governo americano, sob condição de anonimato. Após um tiroteio, Bin Laden teria sido baleado na cabeça. Obama autorizou a execução na sexta-feira.

De acordo com os oficiais dos EUA, ao todo foram usados quatro helicópteros na operação, que aconteceu em uma fortaleza do líder terrorista na cidade de Abbotabad, próximo a Islamabad, capital do Paquistão. O ataque foi feito exclusivamente pelas forças americanas, segundo a chancelaria paquistantesa.

Oficiais dos Estados Unidos disseram que rastrearam Bin Laden até chegarem a sua localização.

O ataque teria sido realizado pela força de elite da marinha, a SEAL, que teria chegado até a Fortaleza nos helicópteros, dando início a um tiroteio. Na troca de tiros, Bin Laden teria sido baleado na cabeça, disseram oficiais do governo dos EUA, acrescentando que os militares americanos resistiram aos ataques dos oponentes.

Poucas horas após o anúncio do ataque pelo presidente dos EUA Barack Obama, autoridades paquistanesas e uma testemunha disseram que os guardas de Bin Laden abriram fogo a partir do telhado do edifício e, nessa hora, um dos helicópteros teria caído.

Bin Laden foi identificado por reconhecimento facial, afirmou um oficial, que se recusou a dizer se também foi feita análise de DNA.

Funcionários do governo americano também afirmaram que outros três homens e uma mulher teriam morrido no ataque.

Um dos homens seria um dos filhos do terrorista. Outros dois trabalhavam como mensageiros para Osama. Já a mulher teria sido morta ao ser usada como escudo humano por uma das vítimas. Ainda não havia confirmação oficial destas informações.

Funcionários disseram que a operação era tão secreta que nenhum funcionário estrangeiro foi informado com antecedência, apenas um pequeno grupo sabia a repeito do que se desenrolava a meio mundo de distância.

O esconderijo de Bin Laden ficava a 730 metros da academia militar Abbottabads Kakul, a principal do Paquistão.


Em foto divulgada nesta segunda-feira (2) pela Casa Branca, Barack Obama e Hillary Clinton participam de discussão sobre a operação que culminou na morte de Osama bin Laden (Foto: AP/Casa Branca)


Explosões

O som de pelo menos duas explosões teria abalado a região. Chamas eram visíveis após o ataque ao edifício. De acordo com uma testemunha, o ataque militar foi realizado no escuro.

"Ouvi um som de um trovão, seguido de uma forte disparada. De repente, os disparos foram interrompidos. Depois, houve um novo som de trovão e, em seguida, uma grande explosão", disse Mohammad Haroon Rasheed.

"De manhã, quando saímos para ver o que aconteceu, alguns destroços do helicóptero estavam caídos em um campo aberto."

Um oficial paquistanês na cidade disse que os combatentes abriram fogo no telhado contra os helicópteros com lança-granadas. Outro oficial disse que os quatro helicópteros decolaram da base aérea de Ghazi, no noroeste do Paquistão.

O local do esconderijo

A CIA, agência de espionagem dos Estados Unidos, divulgou imagens sobre a localização da casa de Osama Bin Laden em Abbotabad, um povoado próximo da capital paquistanesa, Islamabad, onde tropas especiais norte-americanas mataram o líder terrorista em uma operação no domingo (1).

Nas imagens, há também uma planta da divisão do local onde vivia Bin Laden com informações sobre a altura dos muros que cercavam a residência. A casa tinha apenas um portão principal e em uma área lateral era queimado o lixo da casa.




Fontes: G1 - Agências

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