Astronauta brasileiro também vai atrás de campuseiros

Astronauta Marcos Pontes visitou a Campus Party

 Astronauta Marcos Pontes/Agência Estado

A presença do astronauta brasileiro Marcos Pontes nesta quinta-feira (20) na Campus Party não foi destinada apenas à sua palestra sobre robôs no espaço. O bauruense de 47 anos também foi ao evento para angariar possíveis candidatos para trabalhar na Agência Especial Brasileira (AEB).

“Temos pessoas formidáveis aqui. Hoje mesmo encontramos três garotos que estão trabalhando com engenharia aerospacial”, diz o ex-piloto.

Marcos Pontes, para quem não sabe, foi o primeiro brasileiro a ingressar numa missão espacial, em 2003, ao lado de russos e norte-americanos da Nasa. Hoje, ainda tem sonho de voar novamente, mas diz que a probabilidade é muito baixa.

Nesse período, trabalha para a Agência Espacial Brasileira dentro da Nasa. E vem todo mês ao Brasil buscar e auxiliar na formação de novos profissionais. “Minha intenção é motivar crianças e aprofundar o conhecimento dos jovens. Colaboro lá na USP de São Carlos para o programa de Engenharia Aeroespacial”, destaca.

Questionado sobre a campuseira de 22 anos que foi trabalhar na Nasa, Pontes disse que existem vários meios de seguir para a estação espacial, incluindo o trabalho para empresas terceirizadas – que contratam estrangeiros.


“Mesmo pela AEB é possível realizar intercâmbio. Mas o importante é aprender lá e voltar para ajudar no desenvolvimento aqui no Brasil”, lembra o astronauta. “A meta da AEB é ser totalmente independente em termos de tecnologia, desde os componentes à construção dos foguetes”.

Para ser um astronauta brasileiro como ele, Marcos Pontes – que virou astronauta ao passar na única vaga aberta em concurso federal – dá os toques.

Militar? Não. É um cargo civil.

Formação acadêmica? tem de ser em exatas ou biológicas. Pode ser desde engenheiro até médico, biólogo ou veterinário.


Pós-graduação? Mestrado conta pontos. Doutorado também. Se a tese for do ramo Aeroespacial, mais pontos ainda.

Experiência? Se trabalhou em agência como INPE ou AEB, mais pontos. Se souber paraquedismo, mais pontos ainda.

Físico? Não precisa ser atleta. Basta ter saúde normal sem fumar ou usar drogas.

Idade e gênero? Deve ter entre 25 e 45 anos, tanto faz se é homem ou mulher.

Mais alguma dica? Ter preparo emocional para saber trabalhar sob pressão em espaços minúsculos.

Fonte: Alexandre Mello / O ESTADO DE S PAULO

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