A Embraer ainda detem estabilidade em sua produção de jatos executivos e em sua carteira de pedidos, apesar da revelação que o CEO da fabricante, Frederico Curado, teria dito em 2009 que a carteira de pedidos se esgotaria em 2011 ou 2012,´´ deixando a Embraer na difícil situação de não ter aviões a produzir.´´
Esta conversa franca e aberta, anotada pelo então embaixador americano no Brasil, Clifford Sobel e que teria ocorrida no consulado americano em São Paulo, em 19 de fevereiro de 2009, foi revelada em postagem recente no Wikileaks, pintando um quadro negro para o futuro da companhia.
´´Segundo Curado, a crise financeira global teria estancado completamente as vendas da Embraer.´´ escreveu Sobel em um cabo enviado ao Departamento de Estado. Sobel ainda disse que Curado teria dito que ´´ a crise iria perdurar por três ou quatro anos e causando uma grande depreciação de ativos a nível global.´´
Em outra oportunidade, Sobel enviou outro cabo ,informando que Curado teria dito que alguns clientes haviam cancelado contratos´´mesmo perdendo depósitos equivalentes a 40% do valor do avião.´´
Reação da Embraer
Sem mencionar Sobel, Curado, em um e-mail enviado à Flight Daily News, informou que a crise financeira ´´teve forte impacto na indústria da aviação e que a Embraer não seria a exceção´´. Observou ainda que embora a carteira de pedidos tenha caído do pico de US$ 20.5 bilhões, durante o segundo semestre de 2008, para US$ 15.5 bilhões, no segundo trimestre de 2009,a ´´ tendência negativa´´ teria sido revertida no terceiro trimestre de 2010, com a carteira chegando a US$ 15.6 bilhões.
Com um portfólio que hoje abrange sete modelos de jatos executivos, a Embraer tem aumentado sua participação no mercado de jatos executivos, mesmo durante os piores momentos, com uma participação de 17.2% no quesito volume, no terceiro trimestre de 2010, afirmou o vice-presidente para a aviação executiva, Claúdio Camelier. Isto se deve largamente às entregas do Phenom 100, que ja atingiram 67 unidades ,até setembro. A maior quantidade por parte de um fabricante.
A Embraer declarou ainda que com as novas perspectivas que se abrem no mercado do Oriente Médio, mesmo que venha a sofrer uma queda em sua carteira, isto não colocará a empresa em risco. A tendência seria de recuperação.logo adiante.
Fonte: John Croft/Flight Daily News
Tradução: JACK /Airkrane
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