CGU vai investigar contrato dos Correios com a MTA

Ministro-chefe diz que todas os fatos novos serão investigados. Novas apurações foram instauradas nesta segunda-feira.

A Controladoria-Geral da União (CGU) determinou nesta segunda-feira (20) que sejam ampliadas as investigações abrangendo novas suspeitas de irregularidades envolvendo a Casa Civil, publicadas pela revista "Veja" deste final de semana. Segundo o ministro-chefe da Controladoria, Jorge Hage, a partir de agora os focos da fiscalização serão também os contratos com os Correios que teriam beneficiado a empresa Master Top Linhas Aéreas (MTA).

Nesta tarde, o presidente dos Correios, David José de Matos, afirmou que a estatal vai manter todos os contratos com a empresa, apesar das suspeitas de tráfico de influência e pagamento de propina envolvendo a empresa e funcionários da Casa Civil. Segundo ele, os contratos não têm irregularidades.

“Seja por meio de auditorias, a cargo da Secretaria Federal de Controle Interno, seja através de processos correcionais punitivos, por parte da nossa Corregedoria-Geral, ou, ainda, conforme o caso, envolvendo os dois braços da CGU em uma mesma investigação, tudo será rigorosamente apurado, como determinou o presidente Lula”, garantiu o ministro Jorge Hage nesta segunda-feira.

Segundo ministro, a CGU já começou as investigações junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para verificar a regularidade do processo de renovação da licença da MTA. O G1 tenta contato com a MTA há vários dias, sem sucesso.

A contratação do escritório de advocacia Trajano & Silva Advogados pela Empresa de Pesquisa Energética, sem licitação, também está sendo objeto de apuração pela CGU.

O advogado Márcio Luiz Silva, do escritório Trajano & Silva, negou irregularidades. "Eu quero que a CGU explique como se faz uma licitação para contratar um escritório que vai atender uma demanda com 24 horas de prazo. É um contrato emergencial. Isso está explícito no Diário Oficial", disse.

De acordo com o ministro, quando surgirem fatos que extrapolem o instrumental investigativo próprio da CGU, esses casos serão remetidos para a Polícia Federal e o Ministério Público, que possuem outros instrumentos de investigação.

Fonte: G1/Iara Lemos

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