Ex piloto da Qantas culpa exposição a vapores tóxicos, a causa de sua doença
* Ex piloto afimra sofrer de "síndrome aerotóxica"
* Afimra que vapores químicos venenosos vazaram na cabine
* Autoridades australianas estão investigando a acusação
Um ex piloto da maior companhia aérea australiana,(Qantas) afirma que ele sofreu paralisia durante um voo, devido a " síndrome aerotóxica" - exposição a vapores tóxicos das turbinas dos jatos, noticiou o Sunday Telegraph.
Os defensores da tese alegam que elementos químicos invadindo a cabine, causam sintomas tais como: tonturas, alucinação, perda de memória, fadiga e eventualmente ataques cardíacos e paralisia.
Os passageiros também correriam riscos, mas crê-se que quando algum passageiro apresenta os sintomas, os mesmos sejam confundidos com o jetlag, e assim poucos reclamam.
Um novo kit de teste sanguíneo está sendo desenvolvido nos EUA, visando detectar sinais de exposição de baixo nível, aos vapores tóxicos- um passo essencial para que se prove que a síndrome aerotóxica seja considerada uma doença genuína.
O ex piloto afirma que seus dedos perderam a mobilidade durante um voo, por causa dos vapores tóxicos/Foto: newscom.aus.
O congresso americano, também sancionou uma investigação sobre o tema. A investigação durou 1 ano e vai obrigar as companhias aéreas a instalar aparelhos de detecção de vapores tóxicos, em seus aviões.
O piloto que nao deseja ser identificado, foi desligado da Qantas em 2008, após apresentar sintomas tais como: perda de memória, dificuldade em concentrar-se, inflamação nos olhos, e ainda bronquite e problemas gástricos.
" Em meu último voo em 2006, meus dedos ficaram paralisados e eu não conseguia mover as mãos," afirmou ele.
" Nunca tinha ouvido falar sobre síndrome aerotóxica e nao sabia que corria riscos."
" O problema é que os pilotos vivem com medo constante de perder seus empregos caso mostrem sintomas e assim ninguém gosta de chamar a atenção para si."
A síndrome aerotóxica tem sido identificada como estando intimamente ligada a um produto químico presente no óleo dos motores; produto este chamado fosfato tricresyl- ou TCP. Trata-se de uma neurotoxina bem conhecida, utilizada em pesticidas e em agentes nervosos. Partículas de metais pesados, como níquel, cádmio e berílo, também, foram detectadas.
Representantes das companhias aéreas admitem que os vapores tóxicos podem adentrar a cabine, contudo, negam que eles estejam presente em quantidade suficiente para causar danos à saúde, e os sintomas da síndrome aerotóxica.
A Associação Australiana de Segurança na Aviação Civil (CASA), formou um grupo de estudos que terá como missão investigar a qualidade do ar na cabine dos aviões e investigar as alegações.
Um estudo encomendado pelo governo britânico, já era para ter tido suas conclusões publicadas três meses atrás e este atraso levanta suspeitas que estariam tentando esconder os resultados do público.
Fonte: newscom.aus - Nick Gardner, the Sunday Telegraph
Tradução: BGA/JACK
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