Parentes de vítimas do voo 3054 fazem protesto no local onde ocorreu acidente, (Foto: Paulo Toledo Piza/ G1 )
Parentes de vítimas do acidente com o voo JJ 3054 da TAM fizeram neste sábado (17) um protesto no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. Há três anos, em 17 de julho de 2007, o avião saiu da pista e se chocou com o prédio da companhia aérea. Os manifestantes distribuíram panfletos no saguão do aeroporto e fizeram uma oração em homenagem à memória dos 199 mortos no acidente.
Há três anos, a aeronave que cumpria o voo de Porto Alegre a São Paulo saiu da pista do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, passou por cima da Avenida Washington Luís, uma das mais movimentadas da capital, e se chocou contra um prédio da mesma empresa aérea, localizado do outro lado da via.
O prédio da TAM, o posto de gasolina e as casas que ficavam no local atingido foram demolidos. Na área de aproximadamente 400 mil metros quadrados, que fica bem em frente à cabeceira da pista, ainda está vazia e fechada por tapumes azuis. Os tapumes foram enfeitados com fotos das vítimas fatais do acidente, flores e objetos pessoais.
Entre os parentes estava o aposentado Sídio Lima, de 58 anos. Em 17 de julho de 2007, ele perdia a filha Katiene no acidente. “É uma luta diária. Nunca esquecerei o que aconteceu”, disse, emocionado. “Mas a vida continua. Temos de levantar a cabeça e ir à luta”, completou.
Parentes das vítimas se reúnem neste fim de semana com representantes da Prefeitura para decidir o que será feito no local do acidente.
Sídio Lima, de 58 anos, distribui panfleto no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul (Foto: Paulo Toledo Piza/ G1)
Parentes das vítimas do voo 3054 da TAM criticaram o inquérito da Polícia Federal (PF) sobre a tragédia. Ao contrário da investigação da Polícia Civil de São Paulo, que indicou 11 culpados pelo acidente – todos ligados à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), à Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) ou à TAM –, a PF chegou à conclusão que a saída de pista ocorrida naquele 17 de julho de 2007 foi causada pelos dois pilotos da aeronave.
“Queremos que o Ministério Público Federal denuncie esses onze à Justiça”, afirmou Roberto Gomes, jornalista de 54 anos que perdeu o irmão Mário na tragédia. “A PF foi equivocada”, desabafou. Ele disse esperar que os trabalhos da procuradoria terminem ainda este ano.
Segundo o ex-secretário de Segurança e atual defensor da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054 (AfaviTAM), Ronaldo Marzagão, os pilotos também são vítimas. “A posição dos manetes do avião [apontado como uma das causas do acidente] não foi o começo, mas o fim da tragédia”, disse. “Foi uma tragédia anunciada”, lamentou.
Manifesto
Os familiares dos parentes das vítimas do acidente que matou 199 pessoas em 2007 entregaram a funcionários da companhia aérea TAM que trabalham no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, um manifesto que pede justiça e verdade, neste sábado (17), dia em que a tragédia completa três anos.
O manifesto foi lido por Luciana Mattias, que perdeu a mãe no acidente, em frente ao guichê de embarque da TAM. Cerca de 300 amigos e familiares das vítimas estiveram presentes no ato.
Parentes leram manifesto em frente a funcionários da TAM/Julia Chequer/R7
Depois, os manifestantes caminharam até o tapume estava o galpão da TAM no qual a aeronave bateu. Foram colocadas faixas e flores em homenagem às vítimas. Parentes se revezavam em cima de um palco montado no local para ler cartas e
Fonte: G1/Paulo Toledo Piza - R7/Julia Chequer
Compilação e edição: BGA
Nenhum comentário:
Postar um comentário