Não há garantia que as caixas-pretas serão encontradas
Pedaço do avião da Air France resgatado no oceano Atlântico; 228 estavam no voo 447/09.jun.2009/Marinha do Brasil
A França anunciou nesta quinta-feira que as caixas-pretas do voo 447 da Air France que caiu em 1º de junho de 2009 no oceano Atlântico estão em uma zona do "tamanho de Paris, onde o relevo submarino se assemelha à Cordilheira dos Andes". O acidente ocorreu durante percurso entre as cidades do Rio e Paris matando 228 pessoas.
Os especialistas da Marinha francesa puderam determinar uma área com uma incerteza de três milhas náuticas, ou cinco quilômetros, anunciou o general Christian Baptiste, porta-voz adjunto do ministério francês da Defesa.
"Isto não significa que vamos encontrar as caixas-pretas, porque elas já não emitem sinal e porque a zona em que se encontram é muito acidentada", explicou imediatamente. "Não há certeza de encontrar as caixas-pretas", insistiu.
O general Baptiste ainda acrescentou que "a zona em foram localizadas corresponde à superfície de Paris, onde é preciso encontrar objetos do tamanho de uma caixa de sapatos com um relevo submarino que corresponde à Cordilheira dos Andes."
Mas, para ele, é um avanço, já que permite permite concentrar as buscas não mais em milhares de quilômetros, e sim em uma centena de quilômetros. A zona de busca a 3.000 metros de profundidade é muito mais restrita que a área inicial, que passou de 17.000 km2 a 1.500 km2.
Dois navios de resgate sofisticados, utilizando submarinos em miniatura, estão vasculhando a área para tentar localizar as caixas-pretas do avião Airbus A330.
Os equipamentos, que contêm as informações técnicas e as últimas conversas da tripulação, emite sinal de 30 a 42 dias. Apesar disso, o BEA tinha decidido prolongar a terceira fase de busca das caixas-pretas até o próximo dia 25.
Até o momento, o BEA considera que o mau funcionamento das sondas Pitot (sensores de velocidade) do avião é um dos fatores do acidente, mas as caixas-pretas são essenciais para determinar as causas.
Fontes: FOLHA - AFP

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