Franceses vão construir novo satélite meteorológico

Os novos satélites vão fornecer melhores aviso de fenómenos de precipitação extrema


Um consórcio liderado pela empresa francesa Thales Alenia Space ganhou o concurso para a construção de um novo satélite meteorológico. O concurso foi lançado pela Agência Espacial Europeia (ESA) e está avaliado em 1,3 mil milhões de euros.

O sistema Meteosat Third Generation (MTG) é composto por seis satélites, com o primeiro lançamento previsto para 2016. Os responsáveis do consórcios vencedor e da própria agência europeia salientam que, com o MTG, é esperada uma mudança radical na capacidade de previsão do tempo.

"Estes satélites devem melhorar dramaticamente a qualidade dos dados meteorológicos e estou convencido de que vamos ver a diferença nas previsões meteorológicas", afiançou Volker Liebig, responsável da ESA.

O MTG vai parecer-se mais como uma plataforma standard de telecomunicações. Além disso, as imagens vão ter uma resolução bem maior, capturando detalhes tão pequenos como se estivessem a uma distância de 500 metros. Para melhorar esta capacidade de recolha de informação, os novos satélites vão aumentar o tempo em que estão a olhar para a Terra.

Outra das inovações face às anteriores gerações de satélites meteorológicos prende-se com o envio das informações recolhidas para a Terra. Com os sistema de terceira geração, os dados vão chegar aos computadores centrais em apenas dois minutos e meio.

Além disso, os novos satélites vão fornecer melhores aviso de fenómenos de precipitação extrema. E terão uma capacidade reforçada para estudar a química da atmosfera terrestre, monitorizando o comportamento de gases como o dióxido de azoto e dióxido de enxofre.

Apesar do anúncio público do consórcio vencedor, a ESA reserva ainda uma última fase para negociar um preço final com o grupo de empresas liderado pela Thales Alenia Space, com o objectivo de concluir o acordo em Junho.

Caso as negociações não decorram de forma satisfatória, a Agência Espacial Europeia reserva-se o direito de abordar a Astrium, consórcio preterido no concurso.

Fonte: DN/Pt

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