Procurador recomenda condenação de dois franceses após tumulto em voo

Para Vicente Mandetta, eles colocaram em risco a viagem em dezembro. Ele também pede a absolvição de mais três acusados; uma é francesa.

Para procurador, não há provas contra casal de brasileiros

O procurador da República em São Paulo Vicente Solari de Moraes Rêgo Mandetta pediu a absolvição de uma francesa e dois brasileiros acusados de tumultuar um voo da TAM no dia 6 de dezembro do ano passado.

Na mesma manifestação, ele recomenda a condenação de outros dois franceses que também estavam na aeronave. Os crimes envolvidos são: atentado contra a segurança aérea, desacato e resistência à prisão.

O parecer de Mandetta saiu na sexta-feira (5). Agora, cabe ao juiz decidir o destino dos cinco acusados. De acordo com o parecer dele, não há provas contra a turista Emilie Pires Camus, de 54 anos, e os casal de brasileiros Lucielen Clarice da Cunha, de 24 anos, e Frederico Batista Ritchie Júnior, de 31.

Já o português naturalizado francês Antonio do Nascimento, de 63 anos, segundo o procurador, deveria ser condenado por atentado contra a segurança de voo. O mesmo crime seria imputado ao também francês Michel Ilinskas, 61, único a ter ainda condenação sugerida por desacato e resistência à prisão. Ele saiu do avião algemado. A cena foi filmada e colocada no Youtube (veja abaixo).


Denúncia

Os cinco foram denunciados pelo Ministério Público Federal em janeiro. O caso ocorreu em 6 de dezembro, dentro da aeronave da TAM que faria o voo Guarulhos-Paris. Na ocasião, a empresa informou que houve um problema técnico que estava atrasando a decolagem. Em entrevista, os três estrangeiros contaram que a demora foi de quase quatro horas e, por isso, houve tumulto e irritação entre os passageiros.

Llinskas, Nascimento, Emilie e o cônsul: a turista chora ao fazer apelo para deixar o Brasil

No entanto, assim como o casal de brasileiros, que falou pela primeira vez na semana passada, os franceses negam ter agredido qualquer integrante da tripulação ou ter invadido a cabine do piloto, como consta na denúncia feita pelo MPF. Os cinco acabaram presos por alguns dias em São Paulo e os três turistas continuam na capital paulista porque estão com o passaporte retido na Polícia Federal.

Fernando Abrahão, que defende Lucielen e Ritchie Júnior, considerou nesta segunda (8) “coerente” a posição do procurador. “Acho que ele se restringiu à parte legal dos fatos. Foi bastante correto”, afirmou ao G1. O advogado dos franceses não foi localizado para comentar o caso.

Fonte e fotos: Carolina Iskandarian (G1)

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