Os custos de desenvolvimento já ultrapassam a previsão inicial em cinco bilhões de euros e o programa está três anos atrasado
O grupo aerospacial europeu EADS, que controla a Airbus, vai suspender o desenvolvimento do avião militar A400M caso não haja acordo, até segunda feira, com os parceiros governamentais quanto ao financiamento extra do projeto, noticia hoje a imprensa espanhola.
O jornal Cinco Dias cita fontes sindicais, segundo as quais o presidente executivo da Airbus, Tom Enders, afirmou esta posição quarta feira numa visita à fábrica da empresa em Getafe, perto de Madrid.
A notícia dá conta de que Enders terá dito que o presidente da EADS (Empresa Aeronáutica Europeia de Defesa e do Espaço), Louis Galllois, escreveu aos parceiros governamentais preocupado com a possível atraso no desenvolvimento deste projeto, caso não se atinja acordo para suportar os gastos, que ultrapassaram largamente o orçamento inicial.
Os governos que apoiam o desenvolvimento do inovador A400M são a Alemanha, França, Grã-Bretanha, Bélgica, Luxemburgo e Turquia.
O programa para desenvolver o novo aparelho e produzir 180 aviões de transporte baseou-se num orçamento de 20 bilhões de euros. Mas os custos de desenvolvimento já ultrapassam a previsão inicial em cinco bilhões de euros e o programa está três anos atrasado
Os países já concordaram em avançar mais 2 bilhõesde euros e a EADS mais 800 milhões. Se concordarem com a proposta francesa de avançar mais 1,5 bilhão de euros, ficará ainda um "buraco" de 1 bilhão de dólares.
Fonte: Agência Lusa
Texto sofreu edição para adaptação ao BRPT
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