Mulher, de 72 anos, voa de parapente da Pedra da Gávea

Ela já fez rapel em prédios de Brasília e tirolesa na Cachoeira do Tororó.




RIO - Uma vovó irada deixou sua marca radical no Rio de Janeiro, voando de parapente, partindo da Pedra da Gávea. A mineira Geralda Ferreira de Araújo, de 72 anos, que atualmente mora em Brasília, diz que faltava essa aventura em seu currículo:

- Sempre nadei muito na praia e, em Brasília, atravessei o Lago Paranoá - diz Dona Geralda, que conta que toda vez que ela passava pelo lago dizia que ainda iria fazer a travessia dele.

Ela já fez rapel em prédios de Brasília e tirolesa na Cachoeira do Tororó, a 50 quilômetros da capital. Geralda garante que, em Goiás, saltou de uma cachoeira de 190 metros . Hoje, está aposentada do mercado de trabalho, mas no esporte ela está plenamente ativa:

- Já trabalhei em hospital, como auxiliar de enfermagem, e em teatro, quando fui atriz. Casei e tive filhos numa vida muito corrida.

As duas filhas de Geralda - Sônia, de 45, e Glória, de 44 - são fãs da coragem da mãe, assim como as duas netas: Thaiane e Tainá.

Thaiane, de 15, conta que, dos esportes que a avó pratica, gosta mais de mergulho:

- Ela é um exemplo para todos. Não tenho coragem de fazer o que ela faz.

Engana-se, no entanto, quem pensa que Geralda abre mão da família.

- Ela é como toda avó, mas ela é a melhor do mundo - determina Thaiane.

Participando de diversas competições de natação desde os 70 anos, ela já arrecadou nada menos que 136 medalhas e 10 troféus.


- Não tenho mais porque o tempo não deixa. Antigamente eu tinha vontade, mas tinha a família e o trabalho. Agora, é o esporte.

Na terra, na água e no ar: aventuras



Geralda também curte correr e pedalar. Já participou de rali, voou de asa-delta e faz rapel, a atividade de que mais gosta, com uma equipe de mais dez pessoas, todos mais jovens em idade. Ninguém, no entanto, bate essa senhora em disposição e sede de aventuras.

Geralda roda o Brasil atrás de experiências radicais. A filha tenta acompanhar o ritmo.

- Minha mãe sempre foi assim - conta Sônia.

O instrutor que a acompanhou em seu primeiro voo de parapente, Carlos Millan, de 52 anos, conta que a conheceu quando ela foi voar de asa-delta. Ele explica que o salto de parapente requer cuidados especiais, por causa do impacto, mas ela foi muito bem no voo.

- Passar essa emoção é a coisa mais gratificante. Ela é radical - conta Carlos.

Fontes: EXTRA - Pousada de Notícias

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