Novvas medidas de segurança já em vigor
A secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Janet Napolitano, anunciou neste sábado um aumento das medidas de segurança nos aeroportos do país após o atentado fracassado de sexta-feira, e disse que haverá atenção especial aos voos internacionais.
Em comunicado, Napolitano adverte que os passageiros que irão aos EUA procedentes de outros países podem enfrentar um aumento especial das medidas de segurança.
Segundo ela, "as medidas são preparadas para ser imprevisíveis e, portanto, os passageiros não devem esperar ver as mesmas em cada lugar".
Após o ataque de ontem, que a Casa Branca qualificou de tentativa de atentado terrorista, o Departamento de Segurança Nacional pôs imediatamente uma supervisão para todos os voos nacionais e internacionais, para assegurar a segurança dos passageiros.
"Também estamos trabalhando de perto com as autoridades federais, estatais e locais para iniciar medidas adicionais de segurança, assim como com nossos parceiros internacionais para melhorar a segurança nos aeroportos e nos voos", acrescenta o comunicado.
A secretária de segurança nacional recomenda que as pessoas "continuem com suas viagens de férias que planejaram e que, como sempre, estejam em alerta para seu entorno e comuniquem às autoridades qualquer comportamento ou atividade suspeita".
Devido à grande atividade dessas datas, é recomendado aos viajantes que vão se deslocar dentro ou fora do país que "reservem um tempo extra para o check in e o embarque".
Napolitano aproveitou o comunicado para agradecer pelo comportamento dos passageiros e da tripulação do voo, que "reagiram de maneira rápida e heroica" em um incidente "que poderia ter tido consequências trágicas".
Em paralelo, algumas companhias aéreas como a Air Canada iniciaram suas próprias medidas de controle para aumentar a segurança nos voos programados para estes dias.
Novas Regras
Quem viajou para ou pelos Estados Unidos neste sábado se deparou com novas medidas de segurança no check-in e a bordo dos voos, impostas pela Administração de Segurança de Transportes (TSA, Travel Security Administration, na sigla em inglês).
Neste sábado, as autoridades americanas elevaram o nível de alerta de segurança nos aeroportos do país porque na sexta-feira, um homem foi detido após acionar um explosivo num voo da Delta que partiu de Amsterdã para Detroit. Segundo a TAM, que opera voos do Brasil para Nova York, Miami e Orlando, o órgão americano que regula a segurança dos transportes nos EUA, subordinado ao Departamento de Segurança Interna (DHS, Department of Homeland Security) determinou que as companhias aéreas devem adotar até 30 de dezembro medidas adicionais de segurança, tanto em vôos rumo aos EUA como em voos internos naquele país.
Segundo informações fornecidas à agência de notícias AP por um funcionário da Infraero que não se identificou, os passageiros brasileiros deverão passar por uma inspeção adicional logo antes de embarcarem nos aviões, seguindo as normas que estão sendo impostas pelas autoridades americanas.
Desta forma, os passageiros ficam sujeitos a normas mais rígidas no embarque, que incluem a inspeção de 100% dos pertences de mão e dos sapatos dos passageiros no finger. Todos os passageiros também deverão ser submetidos à inspeção pelo bastão detector de metais. As companhias aéreas terão também que se assegurar que substâncias líquidas ou em gel e tubos de aerossol sejam transportados de acordo com os limites vigentes.
Mesmo a bordo, os passageiros passam a se submeter a normas mais rígidas de segurança que impedem que os passageiros levantem de suas poltronas quando faltar uma hora para chegar ao destino. Neste período, também não será permitido o acesso aos pertences de mão. Travesseiros, cobertores e/ou pertences pessoais que os passageiros costumavam manter no colo para o pouso também serão recolhidos pela tripulação.
Segundo a nota publicada pela TAM, a TSA proibiu também 'o uso de sistema de comunicação como telefone, internet, GPS e programação de TV ao vivo', não só antes do embarque, mas durante todas as fases do voo. O sistema de entretenimento pré-gravado oferecido pelas companhias aéreas continua permitido.
Enquanto durarem as novas regras, os passageiros não deverão poder acompanhar a trajetória do avião pelo mapa que é mostrado nos monitores a bordo, porque, enquanto o avião estiver sobrevoando o espaço aéreo americano, a tripulação não poderá informar aos passageiros sobre a trajetória do voo nem sobre sua posição sobre cidades norte-americanas.
Fontes: FOLHA - O Globo / Cristina Massari
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