Upgrade do cockpit do C-130H: Chegada a hora da decisão

Painel decidirá futuro do programa AMP

Um painel de altos funcionários do Departamento de Defesa (DOD), vai reunir-se, em 2 de Outubro para decidir se deseja cancelar o programa da Boeing, que prevê a modernização de aviônica (AMP) dos Lockheed Martin C-130Hs apesar do programa ter consumido $1.4 bilhão de dólares em desenvolvimento, ao longo dos últimos oito anos.



A sobrevivência do programa AMP, será decidida pelo grupo consultivo de operações ( DAWG), co-presidido pelo vice-secretário de defesa, William Lynn e pelo vice chefe do estado maior conjunto, General James Cartwright.

A reunião do DAWG, acontece, menos de três semanas, após a Força Aérea americana propor o encerramento do programa, visando economia de verbas. A USAF solicitou $ 210 milhões de dólares para investir no programa AMP, no ano fiscal de 2010, que iniciou-se em 1º de outubro.

O painel presidido por Lynn, tem várias opções. O grupo poderia seguir a recomendação da USAF e cancelar o programa, ou então recusar a proposta e autorizar que o programa continue e que sejam iniciados os trabalhos de upgrade, em uma cadência bem lenta, como inicialmente planejado.

O grupo também poderia adotar algum tipo de solução de compromiso, continuando o programa a um custo menor. Tal acordo poderia incluir a retirada de algumas funcionalidades do sistema AMP, ou ainda, deixar de fora da modernização, uma das trê variantes do C-130H, disse Mike Harris, vice-presidente de programas de modernização de armas da Boeing.



A USAF lançou o programa AMP por duas razões: a atualização faria com que os aviões C-130H, estivessem em conformidade com uma futura norma referente a aeronaves que operam em aeroportos civis. A suite do C-130 AMP, também fornece um padrão de layout do cockpit e um pacote de aviônicos para três versões da aeronave: 2.0; 2.5 e 3.0.

O programa tem tido uma história acidentada. A inflação de custos em 2005, desencadeou uma revisão obrigatória por parte do DoD, que decidiu pela reestruturação do programa, retificando várias anomalias.

A reestruturação tirou do programa, 166 C-130s, utilizados em operações regulares e por forças especiais. Assim, a Boeing acabou recebendo um pedido de fornecimento de kits AMP visando a atualização de 221 C-130H2s , H2.5s e H3s.

Devido ao alto custo do programa e também em função de um pedido menor, o preço por unidade, dos kits instalados, disparou. A Boeing comprometeu-se a reduzir o preço de cada kit, de $12.3milhões de dólares para $7 milhões de dólares, a preço de hoje, quando se chegar à fase plena de produção, dentro de 5 anos. Harris, informou que a Boeing está pronta para a missão. A empresa cortou 40% dos engenheiros ligados ao programa, objetivando cortar custos.

A ameaça de encerramento do programa, mesmo com o tempo e o dinheiro consumidos, é algo que assusta a Boeing. Harris,ressalta que o programa foi entregue dentro do orçamento, e dentro do prazo, após as correções feitas em 2005. Se o programa for encerrado, a USAF não vai ganhar nada com o seu investimento de $ 1,4 bilhão de dólares, gastos para desenvolver plenamente o software para as três variantes do C-130H.

Fonte: FG
Tradução: BGA

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