Foguete criado para substituir ônibus espaciais faz 1º voo

Novo foguete Ares I foi projetado para ser a nova plataforma de acesso de astronautas à órbita terrestre


Lançamento foi sucesso absoluto, avalia direção do teste (Reuters/Scott Audette)

SÃO PAULO - O modelo de teste do foguete Ares I, o Ares I-X, foi lançado às 13h30 desta quarta-feira, 28. O Ares I é o veículo desenvolvido pela Nasa para substituir os ônibus espaciais na tarefa de levar astronautas à órbita da Terra. O teste de hoje não leva tripulação.

O voo com motor ligado durou dois minutos, e foi seguido pela separação, bem-sucedida, do primeiro estágio, a uma altitude de cerca de 40 km. Esse estágio caiu de volta no Oceano Atlântico, o estágio superior prosseguiu voando. Ele poderá atingir uma altitude máxima de 50 km antes de, também, mergulhar de volta rumo ao oceano.


Antes do esgotamento do motor, o foguete realizou uma série de movimentos para testar sua dinâmica e características de controle.

O Ares I foi criado como veículo para levar a cápsula Órion à órbita da Terra. Concebida para ser um ambiente versátil onde de quatro a seis astronautas poderiam viver e trabalhar, a Órion é a nave projetada para transportar astronautas para a órbita terrestre e, um dia, para a Lua ou Marte, após o fim do programa de ônibus espaciais.

Recentemente, no entanto, um comitê de especialistas disse ao presidente Barack Obama que o programa Constellation - composto pela cápsula, pelo foguete Ares I e por um modelo de transporte de carga, o Ares V - não tem verba suficiente para produzir os resultados esperados, e deve ser reformulado. Com isso, o destino do Ares I tornou-se incerto.

O Ares é crucial no Programa Constellation da Nasa, de retorno de missões tripuladas à Lua por volta de 2020. Mas, antes disso, já terá uma função mais "singela": levar astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Em 2010 a frota de ônibus espaciais será desativada. O problema é que o Ares só deve estar pronto entre 2015 e 2020. Assim, por pelo menos cinco anos os americanos vão depender, principalmente, de "caronas" em naves russas Soyuz para chegar ao complexo orbital.

Fonte: O Estado/Carlos Orsi - G1

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