Boeing: empresas devem comprar 29 mil aeronaves no mundo até 2028

Boeing projeta compra de até 650 aviões pelo Brasil em 20 anos

As companhias aéreas vão precisar de 29 mil novas aeronaves entre 2009 e 2028, o que demandaria investimentos globais de US$ 3,2 trilhões, conforme estimativa da Boeing. A fabricante norte-americana calcula que 40% destas compras servirão para substituir aviões antigos.

Em palestra na cidade de São Paulo, o vice-presidente de estratégia e mercado da Boeing Commercial Airplanes, Randy Tinseth, explicou que apenas 3% das entregas de 29 mil aeronaves contemplariam aviões de grande porte, segmento que deve movimentar em torno de US$ 220 bilhões.

Até 2028, a América Latina deverá consumir 1,64 mil aviões ou quase 6% da demanda mundial estimada para o período. Com isso, a frota latino-americana chegaria a 2,39 mil aeronaves em 20 anos, ante 1,07 mil no fechamento de 2008. O Brasil responderá por algo entre 30% e 40% destas compras, ou até 656 jatos.

O mercado de aviação civil da Boeing na América Latina abrange 78 companhias aéreas clientes e 564 aeronaves em serviço, para atender uma média de 311,5 mil passageiros em 2.780 voos diários. Segundo a empresa, há uma carteira com encomendas de mais 184 aviões para a região.

O volume esperado para a região corresponde a um valor de mercado de US$ 150 bilhões. Tinseth avalia que a indústria global de aviação já está esboçando melhora e a América Latina será um dos principais protagonistas na recuperação da indústria nos próximos anos, atrás da Ásia. O executivo espera que a receita por quilômetro-assento (RPK) na América Latina cresça, em média, 6,5% ao ano de 2009 até 2028, frente a uma expansão estimada em 3,8% para o Produto Interno Bruto (PIB) da região.

Em termos globais, o crescimento econômico anual deverá ser da ordem de 3,1% neste intervalo, enquanto a receita de passageiros em RPKs deverá subir 4,9% - abaixo, portanto, da média anual, superior a 5% vista desde 1978. A Boeing calcula que a frota de aeronaves avance, de 2009 a 2028, a uma taxa média de 3,2% anuais, com perspectivas de que o número de passageiros suba 4,1% ao ano. Com relação ao transporte de cargas, deve galgar 5,4% anuais, em média, até 2028.


Fontes: Boeing - AE

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