Americanos propõem à Rússia expedição tripulada conjunta para Marte

Russos têm grande experiência em voos tripulados de longa duração.
Missão deve ser realizada por muitos países, diz representante da Nasa.

A Nasa, a agência espacial americana, propôs nesta quarta-feira (26) à Rússia realizar uma expedição tripulada conjunta a Marte, aproveitando a experiência acumulada na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

"Um voo pilotado a Marte deve estar a cargo de uma tripulação internacional, utilizando as conquistas científicas alcançadas no projeto da ISS", declarou o representante da Nasa na Rússia, Mark Bowman, citado pela agência oficial RIA Novosti.

Bowman afirmou que a possível expedição conjunta seria dirigida pela Nasa e pela agência espacial russa, Roscosmos, e contaria, além disso, com uma participação mais ativa da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e de outros países que colaboraram no projeto multilateral da ISS.

"Estou convencido de que a tripulação deve ser formada por representantes de muitos países", disse Bowman. Ele insistiu em que uma viagem a Marte requer esforços de vários países para ter sucesso. Mas a própria Nasa não acredita ser possível fazer uma jornada dessa antes de 2035.

O representante da agência ressaltou que, antes de empreender a viagem a Marte, é preciso completar o projeto da ISS e realizar novos voos tripulados à Lua, para acumular mais experiência e material científico e técnico.

Até agora, a Rússia planejava realizar por sua conta voos a Marte, com o objetivo de enviar naves automáticas em 2015 e tripuladas muitos anos depois, mas a crise mundial parece ter adiado os projetos.

No entanto, diretores da Roscosmos admitem ultimamente que um país não pode enfrentar sozinho o ambicioso projeto de um voo interplanetário, que requer experiência, tecnologia e financiamento de muitas nações.

A Rússia, que acumula grande experiência em voos tripulados de longa duração, já realiza junto com a ESA simulações de viagens a Marte para testar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos expedicionários em condições de isolamento tão longo.

Fontes: Efe - G1

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