Os desafios da Republic Airways


Até mesmo o CEO da Republic Airways, Bryan Bedford, jamais pensou em sua companhia como sendo uma empresa aérea de verdade - até agora.

A Republic, uma das empresas aéreas regionais de maior sucesso nos EUA, durante a década passada, voava a rota dos outros por uma certa taxa, Ela fornece os serviços de tripulações e jatos regionais com capacidade entre 36 e 85 passageiros,à Delta, American, United, Continental e US Airways.

" Somos uma prestadora de serviços, trabalhando para todas as grandes cias aéreas."Diz Bedford .

Mas isto está mudando rapidamente por causa de dois grandes negócios: Em 13 de julho, um juiz federal de falências, aprovou a entrega da Frontier Airlines à Republic, por $108.8 milhões de dólares, exceto se a oferta for coberta. E no mês passado, a Republic concordou em pagar mais seis milhões de dólares na aquisição da Midwet Airlines, empresa baseada em Milwaukee. Os negócios tiram a Republic da posição de empresa regional que vende seus serviços às grandes cias aéreas. A Republic vai operar a Midwest e a Frontier, mantendo seus respetivos nomes e suas rotas que abrangem 56 cidades pelo país, nesta fase inicial.

E tem mais: Os negócios efetuados colocam a Republic numa posição de disputa em muitas rotas operadas pelas grandes companhias, tais como: Delta e United, empresas essas que contratam os serviços de jatos regionais da Republic. E ainda colocam a Republic numa competição com duas das mais bem administradas empresas “low fare“ do país, no caso a Southwest e a AirTrain em Milwaukee e Denver.

Vaugh Cordle, analista da AirlineForecasts, comenta:“ A boa notícia é que a Republic está comprando a Midwest, e em menor grau , a Frontier , quase de graça. A má notícia é que a AirTrain, a Southwest, United e outras vão cair encima deles."

Protegendo o Investimento

Bedford justifica os negócios realizados, dizendo que eles fazem com que a Republic, seja menos dependente das grandes empresas aéreas parceiras.

" A base de nosso modelo de negócios é a diversidade no faturamento," diz ele. " Se podemos obter faturamento de uma ampla variedade de fontes, não importa as condições da indústria como um todo, provavelmente faremos melhor."

Mas, proteger a posição financeira da Republic na Frontier e na Midwest, foi algo grande. A Republic sempre foi uma empresa parceira das duas e credora de ambas.

A Frontier que entrou em concordata em abril de 2008, cancelou seu contrato com a Republic, no outuno passado. Isto gerou uma reclamação por parte da Republic, nos tribunais e forçou a Republic a providenciar novas bases para aqueles aviões e tripulações.

Já a Midwesr, vem em um declínio rápido nos úitimos 18 meses, e seu colapso ameaçava deixar a Republic com mais aviões e tripulações ociosas, sem ter para onde voar.

A aquisição de ambas as empresas protege o serviço regional da Republic e vai gerar faturamento novo." O que eles tentam fazer faz sentido," diz Bob McAdoo, analista da Avondale Partners.

Aprendendo a administrar uma cia aérea

A estratégia da Republic não está isenta de riscos.Competir com as grandes em algumas rotas pode ser perigoso. As grandes subcontratam os serviços da Republic, por meio das subsidiárias Chautauqua Airlines e Shuttle América, além da própria Republic. Se houver competição acirrada, isto poderia fazer com que a Republic perca alguns dos contratos no futuro.

A Republic, como operadora da Frontier e da Midwest, terá que aprender a gerenciar todos os aspectos operacionais de uma companhia aérea, pela primeira vez. Como fornecedora de serviços às grandes, ela apenas voava os aviões e deixava as rotas, o marketing, vendas de passagens e operações de solo, por conta de seus parceiros.Como resultado, " prevejo de 3 a 6 meses de fraco desempenho" diz McAdoo.

A Republic terá que aprender em meio à uma competição intensa e feroz. Em Denver, onde fica o hub da Frontier, ela vai competir com a Southwest e com a United. Em Milwaukee, base da Midwest, ela vai enfrentar a AirTran e à pártir, de novembro, a Southwest. Bedford, está confiante. " Estamos confortáveis. Temos os recursos para competir e vencer naqueles mercados", diz ele.

Fonte: USA TODAY/Dan Reed
Tradução: JACK

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