Avião Air Tractor (AT 402), lança água para extinção de incêndio. Mato Grosso vai alugar sete aeronaves deste tipo e uma oitava com o dobro da capacidade de carga para combater queimadas. (Foto: Divulgação/Defesa Civil MT)
Com o começo da época seca, fogo na mata deve aumentar. Estado comprou agente que cria barreira para avanço de incêndios.
Com a chegada do “verão amazônico”, época mais seca na região, a incidência de queimadas deve voltar a aumentar. Este ano, para conter a destruição da floresta pelo fogo, Mato Grosso vai experimentar um produto químico que detém o avanço das queimadas.
Desenvolvido no Brasil, o Licet-F é dispersado sobre a floresta com aeronaves. As altas temperaturas do fogo desencadeiam uma reação química que faz com que o produto capture o oxigênio do ar, apagando as chamas. Ao mesmo tempo, cria uma camada que atua como isolante térmico, fazendo com que a vegetação resista mais tempo ao fogo.
O produto, portanto, é pensado para criar barreiras em florestas que ainda não estão queimando. “Para jogar direto em cima do fogo, é melhor usar só água, que é mais barata”, explica o major bombeiro Agnaldo Pereira, superintendente da Defesa Civil no estado.
Para enfrentar o período de queimadas, o estado de Mato Grosso abriu licitação para oito aviões especiais para apagar incêndios florestais. Sete deles terão capacidade para transportar 1.500 litros de líquido e um oitavo terá o dobro disso. Eles ficarão de prontidão nas cidades de Cuiabá, Sinop e Água Boa.
Segundo Pereira, são pontos estratégicos que permitirão chegar a qualquer lugar do estado com rapidez. O major afirma que todo o aparato estará pronto até meados de julho.
Com uma carga de água com Licet-F, esses aviões poderão criar uma barreira de até 200 metros de extensão na floresta, explica o major. A pedido da Defesa Civil mato-grossense, o produto teve acrescido corante vermelho, para que seja possível ver do ar onde já foi aplicado.
Pereira garante que a barreira química é ecológica. Ela já foi testada em incêndio na Chapada Diamantina. O desafio na Amazônia, no entanto, é mais complicado: como a copa da floresta tropical é muito alta e fechada, pode ser que o Licet-F não chegue em quantidade suficiente às partes mais próximas do solo, por onde o fogo se alastra.
Fonte: G1
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